BAIXADA URGENTE

RETRATO DO BRASIL DE LULA
“O clima está tão pesado que não se consegue vender a alma ao Diabo, porque tem gente oferecendo de graça”
Senador Wellington Salgado (PMDB-MG) antes da eleição de Michel Temmer e José Sarney esta semana.

O DESTINO DE UMA BIBLIOTECA
Segundo o portal da Câmara, o acervo da biblioteca que está sendo desativada teria cerca de 12 mil livros, boa parte relacionada à história do município e da Baixada, que passaria a integrar o Instituto Histórico Vereador Thomé Siqueira Barreto, que funciona no subsolo do Legislativo. O restante será entregue à Biblioteca Municipal Governador Leonel Brizola, que continua sem internet banda larga. A extinta biblioteca foi inaugurada em 7 de outubro de 1970 com o nome de Biblioteca José do Patrocínio, época em que a única biblioteca pública da cidade era a “Euclides da Cunha”, da Escola Regional de Meriti, que dispunha de seis mil títulos. Em outubro de 1997, a Câmara mudou o nome para Sala de Leitura Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, médico que administrou a cidade por duas vezes.
Ao longo de mais de três décadas, é visível o descaso de nossa elite política e a degradação do espaço destinado à biblioteca. O livro “Esboço Histórico-Geográfico do Município de Duque de Caxias”, de Dalva Lazzaroni, lançado em 1978, revelava que a biblioteca possuía “mais de 30.000 volumes, além de revistas, periódicos, salas especiais para professores, cegos e discoteca”. Acrescenta a autora que havia ainda na sede do Legislativo municipal a Biblioteca Infantil José Laje de Barros, uma homenagem ao ex-vereador conhecido pelo apelido de “Birola”. Essa segunda biblioteca tinha mais de quatro mil volumes específicos de literatura infanto-juvenil e no local também funcionava uma escolinha de arte para o público mirim.
É fácil concluir que, em 30 anos, a biblioteca da Câmara, ao invés de acompanhar o crescimento econômico do município, andou para trás e, hoje, seu acervo está reduzido a 12 mil volumes. Será que algum dia iremos saber em que buraco negro foram parar nada menos que 22 mil livros?

A SAÚDE PEDE SOCORRO URGENTE

No último fim de semana, quem procurou o Hospital Moacyr do Carmo teve que voltar da porta e procurar outro hospital, pois faltaram clínicos em diversas especialidades. No próximo dia 15, termina o prazo de validade do concurso promovido pela Prefeitura exatamente para preencher os cargos que seriam criados com a construção e inauguração do novo hospital. Para o caso das faltas ao plantão, há diversas explicações, mas a principal é a falta de pagamento. Contratados às vésperas das eleições, os funcionários do hospital ainda não viram a cor do dinheiro, isto é, estão trabalhando há cinco meses sem perspectivas de pagamento, principalmente pelo fato de a maioria dos servidores terem sido contratados por uma empresa terceirizada, que se apresentava como cooperativa de trabalhadores da saúde.
O novo Governo tem, portanto, dois problemas em relação à Saúde: pagar a quem está trabalhando desde a desastrada inauguração do novo hospital, que teve a participação do governador Sérgio Cabral e do Presidente Lula, e prorrogar a validade do concurso, convocando imediatamente os aprovados, cerca de 500, para melhorar, efetivamente, o atendimento ao público.
Convocar um novo concurso, a esta altura, demandaria no mínimo três meses e ainda provocaria uma enxurrada de ações na Justiça, o que seria uma maneira simplista de empurrar com a barriga os problemas do mau atendimento na rede pública de Saúde, como ocorreu semana passada no Hospital de Saracuruna, que recusou atendimento a uma mulher que sofrera uma queda por falta de ortopedista.
O desleixo de empresários que não se preocupam com a Dengue e a proliferação de mosquitos é um fator de agravamento da crise na Saúde

RÁPIDAS

• As Polícias Civil e Militar realizaram no final da tarde e início da noite desta quinta-feira um Choque de Ordem na Segurança Pública, na Av. Brigadeiro Lima e Silva, entrada e saída de Duque de Caxias, visando principalmente as motos, muitas trafegando sem placa. Nos últimos meses, tem crescido o índice de roubos praticados por dupla sem motos, geralmente roubadas, sem placas e até clonadas.
• Um dos donos do “Bar do Zeca”, conhecido como Adriano Cebola e candidato derrotado a vereador nas ultimas eleições, usou e abusou das suas ligações com o ex-prefeito Washington Reis para infernizar a vida dos vizinhos. Agora, acabou o milho e acabou a pipoca.
• Música no “Bar do Zeca”, só a chamada música de elevador, sem funqueiros e quejandos agredindo os tímpanos de quem não gosta desse tipo de música, ou quer apenas uma boa noite de sono.
• No embalo do choque de ordem, a Prefeitura autuou o “Espaço 25”, uma boate que funciona na Rua Professor José de Souza Herdy, próximo ao “Bar do Zeca”.
• Com a mudança no comando do Vasco da Gama, o “Duque de Caxias”, uma parceria de Washington Reis e Eurico Miranda, ficou órfão. Com menos de cinco mil lugares, o “Marrentão” teve que ser aposentado precocemente e os quase R$ 5 milhões gastos pelo DER/RJ na construção do mini-estádio viraram poeira.
• Jogo oficial agora só no campo do “Tigres”, lá mesmo em Xerém, que tem uma sede espetacular, com uma estrutura de causar inveja até aos grandes times do Rio.
• Os auditores do Tribunal de Contas estão cortando um dobrado para levantar todas as trapalhadas do Governo passado, principalmente nos contratos milionários para a construção de campos de grama sintética. Nunca na história deste País um prefeito aprontou tanto em tão pouco tempo. Maluf perde de goleada!!!
• Dos 13 campos contratados por Washington Reis, só quatro foram concluídos e entregues, mas a nova direção da Secretaria de Esporte e Lazer encontrou diversas irregularidades e mandou refazer o trabalho.
• O desemprego continua crescendo, apesar do ufanismo de Lula. No último sábado, a “Casa & Vídeo“ fechou a loja que funcionava no Shopping da AFE. Além da queda no consumo que afeta toda a economia, a empresa ainda enfrenta graves denúncias da Polícia e da Receita Federal, que apreenderam toneladas de produtos importados de forma irregular.
• Zito tem até o final do ano para abrir licitação para os serviços funerários no município. O contrato da Funerária Duque de Caxias foi prorrogado até 2010 com base na nova lei federal sobre licitações e concessões de serviços públicos, de 2007.
• É altamente recomendável que a Procuradoria Geral do Município comece a estudar o problema para dar transparência à nova licitação. Afinal, os mortos também merecem descansar em paz em sua última morada.
• Outros abacaxis para a Procuradoria do Município descascar neste início de Governo são as concessões de linhas de ônibus, declaradas caducas pela Justiça, e a regularização do chamado transporte alternativo, que tantas mortes já provocou no Grande Rio.

BOTEQUIM VAI PAGAR MULTA SE
A ZORRA NO “25” CONTINUAR
Boa parte dos moradores do bairro 25 de Agosto, um dos IPTUs mais caros da Baixada, poderá dormir mais tranqüila. A Justiça atendeu ao pedido do Ministério Público e proibiu o Bar do Zeca, na Rua Professor José de Souza Herdy, de continuar provocando a “zorra” nos fins de semana, com caixas de som de alta potência infernizando a vida de quem precisa dormir à noite. O MP havia pedido uma multa diária de R$ 5 mil, mas o juiz reduziu a pena para apenas um mil por dia. Manteve, porém, a proibição do uso de caixas de som, fixas ou em carros de propaganda, em volume acima dos 85 decibéis.
Aa decisão, preliminar, foi tomada com base na Ação Civil Pública proposta pelo MP por crime ambiental, além de outras infrações. A ação resultou de um Inquérito Civil Público iniciado em 2005, em que os donos do Bar do Zeca firmaram um Termo de Ajuste de Conduta, comprometendo-se a manter o estabelecimento dentro das normas vigentes com relação à ocupação das calçadas e até das faixas de rolamentos da rua José de Souza Herdy, impedindo a livre circulação de veículos e pedestres. Como o TAC não foi cumprido, o MP ajuizou a Ação e a primeira condenação já saiu.