quinta-feira, 5 de março de 2009

BAIXADA URGENTE

ANISTIA PARA JANGO É UMA
HOMENAGEM OU DEBOCHE ?


Num governo comandado por um cidadão que se orgulha de ser semi-analfabeto, apoiado por figuras ridículas, para não dizer outra coisa, como José Sarney, Renan Calheiros e Fernando
Collor, soa como um grande deboche o anúncio de que, depois de 10 anos de luta, a família do ex-Presidente João Goulart receberá uma indenização com a concessão de anistia política ao ex-Ministro do Trabalho, que foi vice-presidente de Jânio Quadros e impedido de assumir o cargo por uma quartelada. Desde que Getúlio Varas o nomeou Ministro do Trabalho, João Goulart passou à categoria de inimigo público Nº 1 das classes conservadoras. O comício da Central do Brasil, (foto), que os militares apontaram como o estopim da crise, foi apenas mais um pretexto.
Agora, quando o presidente da República é um ex-dirigente sindical, anistiado e pensionista do Governo, leva mais de seis anos para conceder a anistia política ao ex-presidente e, na divulgação do “perdão”, faz questão de frisar que a família receberá uma pensão de R$ 5.425, além do pagamento de retroativos referentes ao período de setembro de 1999 a novembro de 2008 - que somam R$ 643.947,50 – o anúncio soa como deboche. Talvez os assessores do Palácio do Planalto queiram apenas demonstrar que as indenizações milionárias de Ziraldo & Cia., de mais de R$ 1 milhão e que tanta celeuma levantaram, também eram justas. Pena que Da. Tereza Goulart não esteja viva para devolver a ignominiosa decisão do Governo.(Foto: Arquivo/CPDOC/FGV)

CULTURA DA BAIXADA SEGUE
SOB O DOMíNIO DAS TREVAS

A velha Inquisição voltou a comandar a política cultural na Baixada. Depois de fechar o Teatro Municipal Armando Melo, a Secretaria de Cultura “esqueceu” de programar alguma atividade para o Teatro Raul Cortes nesta quinta-feira, “Dia Nacional da Música Clássica”. E a Secretária de Cultura de Duque de Caxias não está sozinha nessa cruzada obscurantista. Ela segue um padrão governamental para quem Cultura é um inominável palavrão. Daí o despejo do Museu Arqueológico da Baixada, por determinação da Prefeitura de São João de Meriti, e o fechamento do jornal “Correio da Lavoura” diante do calote da Prefeitura de Nova Iguaçu, comandada por um ex-Cara Pintada, que deve estar comemorando a volta Delle ao proscênio da política nacional.
No caso particular de Duque de Caxias, desde a inauguração da Biblioteca Municipal Governador Leonel Brizola enfileiram-se os atos contra a Cultura na terra de Lima e Silva. Os computadores da biblioteca, inaugurada em 2003, nunca funcionaram ,nem foram ligados à banda larga para acesso a outras bibliotecas. Também ficou sem resposta o atentado a tiros contra a biblioteca, em dezembro de 2005, bem como os devidos reparos nas vidraças. Um ônibus da Secretaria foi apreendido pela Polícia Rodoviária Federal a caminho de Ouro Preto, por falta de documentos. O ônibus levava um grupo de estudantes das escolas municipais para uma visita à cidade mineira que liderou a campanha pela Independência do Brasil. Agora, o Teatro Raul Cortes, que tem um palco reversível justamente para a apresentação de concertos, como já fez no ano passado com uma orquestra gospel, fica entregue às moscas por pura incompetência de quem comanda a Secretaria de Cultura. (Foto: Arquivo/Blog)

RÁPIDAS

• Enquanto a vida cultural do município está a matroca, a turma do ex-prefeito Washington Reis, mantida em seus cargos, continua dando as cartas e jogando de mão na Secretaria de Cultura. Enquanto isso aumenta a insatisfação entre os antigos amigos de Zito, que gastaram muita sola de sapato para garantir a sua vitória no primeiro turno.
Antes do Carnaval, Zito reuniu alguns secretários e reclamou da manutenção de figuras carimbadas da antiga administração, que foram mantidas pelos novos secretários. Como o prazo de experiência termina dia 31, já tem gente arrumando as gavetas, pois pode perder o cargo num piscar de olhos de Zito.
• Nunca é demais lembrar que o advogado Jonas Gondin só permanecer 15 dias no cargo de Secretário de Governo, em 1997, no primeiro mandato de Zito. Ele saiu por incompatibilidade com a Assessora Especial Adriene do Carmo. No atual governo, houve mudança de secretário até antes da posse.
• A primeira escola técnica federal de Duque de Caxias foi inaugurada nesta quinta-feira (5), na Av. República do Paraguai, no bairro Sarapuí, pela deputada federal Andréia Zito, pelo presidente da FUNDEC - Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico e Social de Duque de Caxias, Pedro Paulo, e pelo Secretário de Educação Profissional e Tecnológica (SETEC), Eliezer Pacheco.
• A criação da escola foi um projeto da deputada Andréia Zito e o campus Duque de Caxias oferece 902 vagas de nível médio e superior nas áreas de operação de processos industriais (petróleo e gás, polímeros), segurança do trabalho, instalação e manutenção de computadores e curso superior em Química.
• A parceria entre o deputado Alexandre Cardoso e a FEDUC subiu no telhado. Por conta dessa parceria, o atual Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado conseguiu verbas para a implantação dos CIDs – Centros de Inclusão Digital. Pela parceria, os cursos de informática ministrados nos CIDs seriam avaliados e referendados pela FEUDUC. O problema para milhares de alunos que freqüentam os CIDs é saber quem vai fornecer o certificado de conclusão do curso.
• Irritado pelo fato da ANAC haver autorizado novas linhas com partida e chegada do Santos Dumont, o governador resolveu pressionar o Ministério da Defesa com a piegas desculpa de que o primeiro aeroporto internacional do Rio de Janeiro está com a sua licença ambiental vencida. Se
o governador insistir em peitar o Ministro Jobim, com quem Minc vai trocar figurinhas em Brasília?
O Ministério Público resolveu entrar na briga e investigar se o ruído dos aviões subindo e descendo no Santos Dumont atende as normas sobre o assunto. Com tanto assunto merecendo a atenção do MP, como por exemplo, a falta de prestação de contas da FEUDUC, vem a Procuradoria de Justiça do Estado entrar nessa dividida?
• Outra ameaça do governador é com relação ao aumento do ICMS do querosene usado pelos aviões. Pois foi justamente esse reajuste, aplicado por Garotinho, que levou as maiores empresas de aviação que operam no Brasil a transferirem suas bases para S. Paulo, cujos aeroportos estão congestionados e provocando atrasos nos vôos.
• Sérgio Cabral não defende os interesses do Rio de Janeiro, mas os interesses oligopolistas da Gol e da TAM, que temem a concorrência da minúscula Azul, que só opera com aviões fabricados pela Embraer, inclusive nos EE. UU. Deveria ser motivo de orgulho um estrangeiro, mesmo nascido em S. Paulo, prestigiar a indústria aeronáutica brasileira, ao invés de ser motivo de piadas infames por parte do governador.
• Você entregaria a sua defesa a um bacharel que foi reprovado no Exame de Ordem da OAB? Pois um juiz federal concedeu liminar numa ação proposta por seis bacharéis que não conseguiram aprovação no referido exame. Vamos supor que um grupo de motoristas resolva entrar na Justiça para ver reconhecido o direito de dirigirem seus veículos mesmo não tendo habilitação? E se um empresário resolver pilotar o seu próprio avião, mesmo sem entender nada de aviação?
• A Assembleia Legislativa e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico vão unir esforços para evitar que a crise econômica mundial afete os municípios da região Sul fluminense. Para tanto, pretendem acelerar as obras do Arco Metropolitano e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) previstas para o Rio, discutir com as empresas, mais especificamente com a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a revisão de demissões de trabalhadores e rever a política tributária para pôr fim à falta de simetria e competitividade entre municípios.
• Picciani anunciou que uma comissão de parlamentares, liderada pelo deputado Nelson Gonçalves (PMDB), vai a Brasília para um encontro com os ministros da Secretaria Geral da Presidência da República, Luiz Dulci, e do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, para tentar reverter as demissões.
• O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, lembrou que a região Sul Fluminense é a que tem maior concentração de empresas de transformação, notadamente nos segmentos automotivo e de siderurgia, os mais afetados pela crise em virtude da desaceleração econômica, queda nos preços das comoditties internacionais e retração do crédito.
• Picciani lembrou que é preciso corrigir as distorções na chamada Lei Rosinha (Lei 4.533/05), que trata da concessão de incentivos fiscais e financiamentos para o desenvolvimento social e econômico de 31 municípios fluminenses. As empresas que se instalaram ou expandiram seus negócios nessas regiões passaram a pagar apenas 2% de ICMS nos próximos 25 anos.
• O curioso é que essa lei foi aprovada quando Sergio Cabral era presidente da Assembléia Legislativa e ninguém do PMDB discutiu os resultados da sua aplicação. Afinal, por que só 60 empresas foram beneficiadas por essa renúncia fiscal? E por que Sérgio Cabral, por retaliação, ameaça aumentar o ICMS do querosene de aviação?
• Foi preciso que a CSN e outras empresas demitissem empregados para que a Alerj percebesse que o projeto de incentivos fiscais tinha alcance limitado, mais se parecendo a uma ação entre amigos a dano do Erário?
• Quem vai pagar por tanta insensatez de nossos deputados, mais preocupados com Bolsa Educação para servidores da Alerj do que com os interesses maiores e legítimos do Estado do Rio?

SECRETÁRIO NEGA O CAOS NA SAÚDE

Nas entrevistas que concedeu esta semana, a propósito do agravamento da crise na saúde, o Secretário Sergio Cortes insistiu em negar que faltem médicos e pessoal de apoio nas UPAs 24 Horas, mesmo quando, ao vivo, ele assistia os depoimentos de pessoas que aguardavam, há horas nas filas, para serem atendidas. Ele chegou a visitar surpresa na noite de quarta-feira a algumas UPAs, como a do Parque Lafaiete, em Duque de Caxias, que teve uma grande procura em função do fechamento do Hospital Duque de Caxias por falta de segurança para paciente e profissionais da Saúde, conforme cartaz afixado no local pela Prefeitura. Sergio Cortes ficou surpreso quando pacientes reclamavam que estava na fila da UPA há horas, sem saber se seriam atendidos. Apesar de tudo, o Governo do Estado iniste em instalar mais 20 UPAs, que custam, de aluguel, mais de R$ 800 mil por mês, dinheiro retirado do SUS e que falta para a manutenção dos hospitais do Estado, como é o caso do Adão Pereira Nunes, onde uma família promete processar o Estado em virtude da morte de uma criança por falta de atendimento.

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