BAIXADA URGENTE

DUPLICAÇÃO DA AV. KENNEDY
FECHOU SANATÓRIO DE CAXIAS

Tradicional clínica de tratamento psiquiátrico da Baixada, o Sanatório Duque de Caxias, em S. Bento, fechou as portas em outubro último. Fonte próxima ao ex-deputado Silvério do Espírito Santo, um dos donos do estabelecimento fundado há mais de 30 anos, justificou o fechamento sob dois pretextos: a tabela defasada do SUS e a desapropriação pela Prefeitura, no governo passado, de uma parte da área do sanatório para permitir a duplicação da Av. Presidente Kennedy. Nem o fato do ex-deputado ser um dos fundadores do MDB, mais tarde transformado em PMDB, que hoje controla do Ministério da Saúde, mudou o panorama de crise endêmica na área da Saúde.
O sanatório e o ex-deputado respondem ainda a um processo movido pelo Ministério Público Federal por improbidade administrativa, em decorrência de um contrato firmado entre o sanatório e a Prefeitura em 2004, pelo qual receberia R$ 10 mil por mês sem dar nada em contrapartida. Como o contrato foi prorrogado, o MP denunciou, além do prefeito Zito e do seu ex-Secretário de Saúde, Iveraldo Pessoa, o ex-prefeito Washington Reis e o ex-secretário de saúde Oscar Berro. A Ação se encontra na Justiça Federal em São João de Meriti e o Cartório está com dificuldades para citar o ex-secretário de saúde, Oscar Berro, por fatal de informações sobre o seu real domicílio.

PROJETO DE ODONTOPEDIATRIA NA
BAIXADA FAZ SUCESSO NA EUROPA

Com apenas um ano de vida, o projeto “Sorria Bairro-Escola”, uma parceria da Unigranrio e a Prefeitura de Nova Iguaçu, apresenta números significativos na redução de cáries, entre as crianças da rede de ensino daquele município. “Reduzimos, neste tempo, a cárie dentária em mais de 90% dos pacientes, principalmente nos bebês. Oferecemos assistência odontopediátrica a alunos das creches da prefeitura de Nova Iguaçu, com apoio da empresa Denysply, responsável pelo material utilizado durante a campanha de prevenção”, relata Paulo Renato Martins Vaz, ex-aluno do mestrado em Odontologia, pela Unigranrio, que concluiu esse curso na área de Odontopediatria, sob a coordenação do professor José Massao, em 2008.
Cáries em creches municipais atingem 40% das crianças entre 2 e 5 anos. As 609 crianças - na faixa etária de 2 a 5 anos - de 14 creches municipais de Nova Iguaçu foram devidamente examinadas, nestes locais, sempre sob a ótica preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “O que chamou a nossa atenção foi que conseguimos identificar a prevalência de cárie precoce em 38% dessas crianças. Muitas delas saíam das creches para as escolas, aos 5 anos de idade, com quase cinco vezes mais cárie, em apenas três anos” analisa Paulo Vaz. Paulo Vaz apresentou os resultados dessa inusitada parceria publico/privada em recente Congresso realizado em Portugal, onde seu projeto foi aprovado pela comissão organizadora do XVII Congresso da ordem dos Médicos Dentistas, realizado no Europarque, em Santa Maria da Feira, um ano após o início das pesquisas, na Baixada Fluminense.

RÁPIDAS

• Será instalada nesta segunda-feira (2) na Alerj uma CPI para investigar as denúncias, feitas pela Polícia Federal, contra membros do Tribunal de Contas do Estado, que estariam facilitando, mediante propina, a vida de prefeitos do Estado do Rio. Para quem não sabe, o TCE é o órgão encarregado de verificar a prestação de contas de prefeitos e Câmaras de Vereadores e seus membros são indicados pela própria Assembléia.
• O problema é que a escolha é feita em parceria da Mesa da Alerj e o ocupante do Palácio Guanabara. Geralmente o escolhido é um ex-deputado ou ex-Secretário e o cargo, vitalício, é uma espécie de recompensa por bons serviços prestados ao Governo, qualquer governo. Assim, esses conselheiros levam para o TCE usos e costumes da Alerj. Se existe “bolsa educação” fraudulenta na Alerj, não surpreende que o TCE fornecesse atestados de bons antecedentes para prefeitos que não tinham um passando tão cristalino.
• O fechamento do Hospital Duque de Caxias, além dos transtornos para os pacientes e seus parentes, revela o pouco caso com que as autoridades tratam de assunto tão importante, que pode decretar a morte de um paciente pela falta de atendimento. O “Duque” surgiu de uma campanha do então deputado federal Getúlio de Moura, que fundou uma Associação de moradores da cidade e conseguira a doação de alguns lotes dos proprietários do Parque Senhor do Bonfim.
• Durante 15 anos, o combativo deputado iguaçuano carreou para a Associação de Caridade Hospital Duque de Caxias todas as verbas federais a que tinha direito como integrante do velho PSD.
• Na campanha eleitoral de 1966, o Dr. Moacyr do Carmo assumiu o compromisso de concluir as obras e colocar o hospital para funcionar. O hospital foi inaugurado em agosto de 1968, como prometido. No mesmo períoo, o saudoso médico ainda construiu a sede própria do Hospital Infantil Ismélia da Silveira, que em 66 funcionava num sobrado da Av. Nilo Paçanha, no salário onde ants funcionava um bilhar.
• Além de construir o Infantil e concluir o “Duque”, o Dr. Moacyr do Carmo, com a ajuda de figuras como Ruyter Poubel, Nelson Cintra, Waldir Medeiros, Dr. Ricardo Augusto Vianna, Zulmar Baptista de Almeida, Ubiratan Coroa, Laury Villar, José da Silva Barros, o popular Zuca, além do apoio da Câmara de Vereadores, conseguiu construir o Centro de Saúde e mais 7 postos de saúde nos distritos, além de 50 escolas estaduais, a maior rede de serviços na área de saúde e educação do Estado construída em apenas um mandato.
• No Governo passado, foi prometido um novo hospital, festivamente inaugurado pelo Presidente Lula e o governador Sérgio Cabral, que anunciaram investimentos de mais de R$ 100 milhões na construção de um dos mais modernos hospitais do País, com padrão de atendimento igual ou superior ao do Sírio e Libanês, onde há poucos dias esteve internado o vice-presidente José Alencar.
• Ates de assumir o cargo, Zito confirmou o que denunciara na campanha eleitoral: o hospital era uma fraude grosseira. Até hoje, equipamentos importantes estão do lado de fora do hospital enquanto os pacientes ficam sem atendimento.
• A Prefeitura realizou em 2007 um concurso para a contratação de pessoal, mas boa parte dos que foram chamados para trabalhar estão vinculados a cooperativas ou ONGs, que alugam mão de obra e ainda não receberam os salários de setembro
• Decorridos dois meses da posse do novo prefeito, o perfil do “Moacyr do Carmo” não mudou e a situação tende a se agravar partir desta segunda-feira (2), quando o “Duque” será desativado e ficará de portas fechadas por pelo menos 6 meses.
• Quem não tem plano de saúde (o grosso da população dos próprios servidores que descontam para o IPMDC) terá que enfrentar filas no Moacyr do Carmo e no Adão Pereira Nunes (Hospital de Saracuruna), pois as UPAs 24 Horas também sofrem do raquitismo que impede o funcionamento normal dos hospitais no Estado do Rio: o desvio de verbas da saúde (até para a compra de asfalto) e o pouco caso com o pessoal da saúde, inclusive os médicos.
• Uma figura conhecida nos meios políticos e que se apresentava como futuro presidente do IPMDC demorou mas descobriu porque foi vetado para o cargo. É que no segundo Governo Zito, ocupando cargo de chefia, colocou na “geladeira” uma funcionária que lhe era subordinada. O tempo passou e, hoje, funcionária goza da amizade e do apoio de Zito. Só por isso, ele não será presidente do IPMDC nos próximos 8 anos, no mínimo.
• O mal estar entre a cúpula da Grande Rio e o prefeito tem nome e sobrenome: o delegado Zaqueu Teixeira. É que o Secretário Municipal de Segurança andou dando uma dura nos caça-níqueis, nas “lan houses” e nos cassinos que se espalhavam pela cidade. E Zito ficou sabendo desse “mal estar” através de um duro telefonema e não gostou do que ouviu do interlocutor. Vem represália por aí!
• O vereador Mazinho, que passou o Carnaval fora do Rio, recebeu diversos telefonemas de seus assessores diretos na quarta-feira, recomendando que voltasse imediatamente diante do “incêndio” provocando pelo Carnaval que o presidente da Câmara patrocinara em diversos bairros.
• As notícias em diversos blogs sobre o ocorrido na Praça da Apoteose e na Praça da Laureano provocaram embaraços para o prefeito e na relação entre os dois.
• O Colégio Pedro II de Duque de Caxias, primeira unidade daquela instituição implantada na Baixada, promove nesta segunda (2), às 10h, sua aula inaugural. A solenidade acontecerá no Teatro Raul Cortez, na Praça do Pacificador, no Centro, para cerca de 300 convidados, entre alunos e pais.
• A vinda da unidade para Caxias aconteceu por iniciativa da deputada federal Andréia Zito, que ela pediu ao ministro da Educação, Fernando Haddad, a instalação do Pedro II na cidade, pois acredita que a instituição será um instrumento de melhoria na qualidade do ensino.

DESCASO E RISCO DE VIDA

Seguindo a moda da construção de puxadinhos, a Prefeitura está erguendo um terceiro pavimento no prédio da esquina da Av. Presidente Vargas com a Praça Governador Roberto Silveira, onde funcionou por muitos anos a Secretaria de Educação. O problema é o descaso dos responsáveis pela obra com relação à vida dos operários, que andam sobre o telhado sem qualquer tipo de proteção, inclusive para os pedestres, havendo o risco da queda de material de construção e até ferramentas. É um risco tão desnecessário quando condenável, principalmente por envolver o Poder Público.