domingo, 28 de junho de 2009

BAIXADA URGENTE

ZITO PODE DEIXAR JOSÉ
SERRA SEM PALANQUE


Os meios políticos estão convencidos que, por traz do comportamento até certo ponto frouxo do prefeito Zito em relação às agressões de Sérgio Cabral, existe um plano para deixar o governador José Serra sem palanque no Estado do Rio. As suspeitas vem desde a posse, quando Zito prometeu virar a Prefeitura de ponta a cabeça para investigar todas as trapalhadas do governo do seu antecessor e protegido de Sérgio Cabral. A timidez de Zito diante do governador ficou mais clara com o episódio da barração do vice-prefeito Jorge Amorelli e de três vereadoras - inclusive a vice-presidente da Câmara - no relançamento do projeto do Museu da Ciência e da Vida, no prédio do antigo Fórum. Mais recentemente, Zito ouviu, calado, o discurso em que o prefeito do município Rio, Eduardo Paes, ex-secretário geral do PSDB fluminense, anunciou a instalação de um novo lixão da Comlurb na Baixada, citando a Cidade dos Meninos, no segundo distrito, Nova Iguaçu e Seropédica como os locais preferidos. A decisão de Zito haver de desistido dos anunciados inquéritos contra o antigo prefeito, seu ex-vice, e mantido no Governo conhecidas figuras do PDT, do PT e do PSB, que apoiavam Washington Reis, são outras pistas do atual espírito pacifista do prefeito em relação ao Governo do Estado.
Neste fim de semana, um freqüentador assíduo de Jardim Primavera revelou que Zito tem mantido contatos com o vice-governador Pezão e o presidente da Alerj, Jorge Picciani, inclusive com visitas deles a Duque de Caxias, em que estariam negociando um “pacto de não agressão” com o governador em troca de obras a serem patrocinadas pelo Estado e Brasília. Com a ida de Garotinho para o PR, agora só restam o PSDB e o DEM, entre os grandes partidos, em condições de lançar um candidato a goveranador capaz de atrapalhar o continuísmo no Palácio Guanabara. Como César Maia está mal na fita e o PSDB não tem nome de expressão para disputar o Palácio Guanabara, tudo indica que José Serra, se revolver enfrentar a ministra Dilma Roussef, ficará sem palanque no Estado do Rio em 2010.

FORRÓ VOLTA MAS - PASMEM -

COM GRUPOS DE PAGODE

Por essa, ninguém esperava. Os projetos Forró na Feira e Feira de Artesanato voltam no próximo fim de semana, agora no terreno onde ficava o setor de cargas da extinta Estrada de Ferro Leopoldina, ao lado da estação de Caxias. A novidade surpreendente e a entrada de grupos de pagode, que se apresentarão às sextas-feiras. A inclusão do pagode foi uma exigência do Subsecretário de Cultura, o João Carlos da Grande Rio, daí a confusão que se formou na cidade, com dois cartazes sendo colocados no local pela Prefeitura. O primeiro cartaz, anunciava a reinauguração do Forró no sábado, dia 4, mas o programa foi modificado e caberá a um grupo de pagode, ligado à escola de samba tricolor de Caxias, o privilégio de abrir o novo espaço destinado ao forró.
O Forró foi criado no primeiro Governo Zito para homenagear os nordestinos que ajudaram Duque de Caxias a crescer a partir dos anos 50. Como um dos fugitivos da seca em Pernambuco, Zito viera para Duque de Caxias ainda menino e o projeto foi lançado para reunir aos domingos quem deixara suas casas e famílias no Nordeste para tentar a vida numa cidade grande. Posteriormente, a Câmara aprovou projeto de lei do então vereador Laury Villar oficializando o “Forró na Feira”, que logo atraiu a atenção dos nordestinos e dos fãs do ritmo nordestino no Grande Rio, que tinham a oportunidade de matar a saudade do xaxado e do zabumba, além de comer uma boa carne de sol com manteiga de garrafa. Em janeiro último, a pretexto de fazer obras na Praça Roberto Silveira, o pernambucano Zito suspendeu o projeto, que volta neste fim de semana, mas bastante desfigurado. A inauguração, se não houver mudança de última hora, será na sexta-feira, às 18 horas.

RÁPIDAS
• Dunga, esse é o cara!
• Hoje, 29 de junho, é dia consagrado pela Igreja Católica ao apóstolo Pedro, fundador da Igreja, que negara conhecer Jesus por três vezes antes que o galo cantasse, como Jesus havia predito. Como a traição é uma tradição na política brasileira, o governador José Serra que trate de se precaver contra uma traição dos tucanos fluminenses, que estão longe do governo depois da derrota do vice-governador Luiz Carlos Correa da Rocha na sucessão de Marcello Alencar. E o vice tucano era a ex-prefeita de Magé, Narriman Zito.
• Outra pista que leva a crer na existência de um acordo secreto entre Zito e Sérgio Cabral é a permanência da Delta como prestadora de serviços na coleta de lixo, agora dividida com a Locanty. A empresa veio para a cidade pelas mãos do ex-prefeito Washington Reis, a quem ajudou na campanha de 2004, e, durante os governos de Garotinho e Rosinha, conquistou obras de grande porte do Governo o Estado, inclusive uma ponte sobre o rio Paraíba, em Campos, que ruiu ainda na fase de construção.
• Aos 94 anos, morreu neste sábado, em casa em S. Paulo, o jurista Goffredo da Silva Telles.
Professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, ele foi o autor da “Carta aos Brasileiros”, documento decisivo no processo de abertura política no Brasil. Ele foi enterrado neste domingo no Cemitério da Consolação, na capital paulista.
• Segundo denúncia do jornal “O Dia”, pelo menos dez viaturas do 15º BPM estiveram no sítio Eva Nunes, em Duque de Caxias, durante as tardes de domingo nos últimos dois meses. A informação consta em relatório da Polícia Militar que já está nas mãos do comandante da unidade, tenente-coronel Luís Antônio Corso. A área do sítio seria controlado pela facção criminosa Comando Vermelho. Pelo menos um carro oficial do 15º Batalhão — um Gol com giroscópio — foi filmado dia 21 fazendo acrobacias, como cavalos de pau, num evento que acontece no local aos domingos.
• A Comissão de Política Urbana da Assembleia Legislativa vai se transformar em agência imobiliária. A partir desta segunda-feira (29) ela vai inaugurar, um serviço para orientar e cadastrar a população do Estado do Rio de Janeiro no Programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo federal. A comissão vai dispor de uma sala com capacidade para receber 400 pessoas por dia, um veículo adaptado para circular por todo o estado, um serviço de ligações gratuitas (0800-282-8891) e um site
(
www.alerj.rj.gov.br/habitacao).
• De acordo com o presidente da comissão, deputado Alessandro Calazans (PMN), o objetivo é cadastrar mais de 30 mil moradores fluminenses com renda de, no máximo, 10 salários mínimos, até dezembro de 2009. O programa habitacional prevê a construção de um milhão de moradias, sendo 400 mil só no estado do Rio.
• O prefeito de Maricá, Washington Quaquá, resolveu importar a colônia de descendentes de índios Guarani, que montaram um acampamento na praia de Camboinhas, área nobre de Niterói. Enquanto os descendentes de Araribóia se recusam a abrigar os Guaranis, o prefeito de Marica pretende gastar R$ 6 milhões na criação de uma aldeia que ocupará uma área de 470 mil metros quadrados.
• Como os índios são aculturados, eles já não vivem mais da caça e pesca e dependerão da infraestrutura do município, como emprego, escolas, água, esgotos, postos de saúde e até bolsa família. Será que acabarão como atração turística daquela cidade litorânea?
• Os deputados levaram a melhor na queda de braço com o todo poderoso presidente da Cedae, Wagner Victer, A Alerj continuará a fiscalizar a estatal. Alvo de muitos debates, por não trazer a previsão dos orçamentos fiscais e de seguridade social da Cedae e da Imprensa Oficial na lei orçamentária (LOA), o texto foi aprovado com a garantia de transformação do Programa de Dispêndios Globais (PDG) das duas empresas – que traz a relação das origens e aplicações dos recursos e demonstração de fluxo de caixa – em anexo da LOA, que o Governo enviará à Alerj em setembro.
• Inicialmente, o PDG seria firmado por decreto do governador. “Conseguimos aprovar emendas que resgatam a prerrogativa de fiscalização do Legislativo e mantêm a possibilidade de alterações no PDG, o que inicialmente não estava previsto”, explicou o presidente da Comissão de Orçamento da Casa, deputado Edson Albertassi (PMDB).
• A CPI da Assembleia que investiga denúncias de corrupção contra conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) vai apurar como anda o inquérito policial sobre as denúncias de quais funcionários do tribunal teriam oferecido “serviços” dentro do TCE a prefeituras e câmaras de vereadores.
• Em reunião quinta-feira (25/06), a CPI anunciou que o inquérito sobre o assunto aberto na 4ª Delegacia de Polícia foi transferido para a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco), após um pedido do Ministério Público Estadual. De acordo com a presidente da CPI, deputada Cidinha Campos (PDT), a ocorrência foi registrada pelo então presidente do TCE, o conselheiro José Gomes Graciosa, um dos investigados pela Alerj. “Acredito que a delegada Evanora Gomes de Moraes, que era da 4ª DP, tenha sido influenciada no caminho das investigações”, afirmou a pedetista.
• Cidinha acredita que a delegada, que disse ter entrevistado Graciosa, junto com a secretária dele, Maria Verônica Madureira, foi induzida a ter que levar em conta, no inquérito, o nome de pessoas que não eram citadas em um e-mail anônimo enviado ao TCE em 2005, deixando de lado outros nomes mais relevantes.
• “Quando o conselheiro esteve na delegacia, ele confessou ter suspeitas de quem poderia estar armando estes esquemas de favorecimento. Com isto, passaram a ser investigadas pessoas e empresas que sequer constavam nas denúncias do e-mail”, explicou a parlamentar. Embora o caso tenha sido levado à DP após o recebimento de uma mensagem pelo correio eletrônico, o inquérito não levou em consideração o que era dito nas denúncias.
• Segundo a delegada, alguns nomes de prováveis envolvidos na fraude foram ditos por Graciosa e Maria Verônica – é o caso de Leonardo Soder e Marco Túlio Vieira de Aguiar. “Não pude dar andamento ao processo por falta de tempo para concluir as investigações. Na 4ª DP eu tinha cinco mil inquéritos para cuidar”, explicou Evanora.
• A deputada Cidinha Campos disse que Soder e a empresa Instituto Niteroiense de Administração Pública (Inap), não constavam do e-mail. “É óbvio que uma delegada pode ser influenciada ao erro por um presidente do TCE. As denúncias contidas no e-mail é que deveriam ser investigadas, porque, se não déssemos crédito às denúncias, o Disque Denúncia, ótimo instrumento de investigações, não poderia existir”, destacou a parlamentar.
• Segundo informações recebidas pela CPI, o delegado responsável pelo inquérito na Draco, Milton Olivier, foi rapidamente transferido para uma unidade distante, assim que começou a convocar as pessoas para depor sobre a ocorrência. “Se as pessoas conseguem interferência no andamento dos trabalhos até daqui da Casa, imagina na Polícia”, ressaltou Cidinha.

GOVERNADOR CASSA EX-MINISTRO
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Apesar de exibir diploma universitário de jornalista, o goveranador Sérgio Cabral vem demonstrando que o curso que fez não ajuda em nada a sua administração. O jornal “O Municipal”, em sua edição de sexta-feira, denunciou que o governador cassou um ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. No afã de inaugurar as obras do mergulhão ao lado da estação ferroviária de Duque de Caxias, o governo andou colocando placas indicativas da nova travessia entre os dois lados da cidade. Ocorre que o mergulhão liga as Avenidas Presidente Vargas e Plínio Casado, mas, nas placas indicativas, o ex-ministro foi grafado como Plínio CASSADO. Como diria o Boris Casoy: é uma vergonha!

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