domingo, 4 de março de 2012

BAIXADA URGENTE

APESAR DO CHORORÔ, CAXIAS
ARRECADOU  R$ 1,548 BILHÃO

Finalmente foi desvendado o segredo em torno da anunciada crise financeira que paralisou a Prefeitura no início do ano passado, quando o prefeito anunciou a existência de um rombo de R$ 300 milhões, como conseqüência de descalabros orçamentários do governo anterior (W. Reis). O secretário Municipal de Fazenda, Raslan Abbas, compareceu à audiência publica na Câmara de Vereadores, como previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, confirmando que a arrecadação do município superou as mais otimistas projeções.
De acordo com o secretário, a receita prevista para 2011 era de R$ 1.484.546,00 e o valor total arrecadado foi de R$ 1.548.696,00.
“As expectativas da receita no ano passado foram superadas principalmente devido ao aumento na arrecadação do ISS, que melhorou com a aplicação do nosso programa de Nota Fiscal Eletrônica”, disse Raslan, que destacou a importância deste crescimento.
Sobre um futuro próximo, Raslan Abbas disse que Duque de Caxias precisa buscar alternativas para substituir o que recebe com arrecadação da Reduc e das indústrias de derivados de petróleo da cidade.
"Logo teremos o Complexo Industrial de Itaboraí, que vai rivalizar com o nosso, e o petróleo reduzirá de importância nas próximas décadas, apesar da sobrevida que ganhou com o pré-sal”, ressaltou.
Segundo o secretário, a aplicação da receita do município em educação e saúde está acima dos limites mínimos constitucionais. “Tem municípios do Estado que penam para alcançar esse mínimo obrigatório. Para a educação, os municípios são obrigados a dedicar pelo menos 25% da receita e 60% do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Caxias aplica de sua receita 41,93% na educação e 80,48% do FUNDEB. Na saúde, o mínimo é 15% das receitas próprias. Nosso município aplica 27,29% na área”, enumerou Raslan

GOVERNO DOARÁ R$ 400
MILHÕES PARA BARCAS S/A

O Ministério Público do Estado decidiu investigar a planilha de custos em que a Agetransp (agência do Estado que deveria fiscalizar as concessionárias de serviços públicos) baseou a proposta de reajuste de 60% nas tarifas da empresa Barcas S/A, que, nesse sábado, passou de R$ 2,80 para R$4,50. Como este ano temos eleições dos dois lados da Baia de Guanabara, a Secretaria de Transportes, que deixou abandonados os bondes de Santa Tereza como afirmou o próprio governador, propôs que o Estado pague um subsídio, isto é, uma parte da tarifa será paga pelo Governo, que nega aumento aos servidores da Educação, Saúde, PM, Bombeiros e Policiais Civis, entre outras categorias alegando falta de dinheiro por conta da suspensão dos royalties do petróleo.
Um estudo divulgado pela própria Agetransp afirma que a Barcas S/A, por conta do contrato que firmou, espontaneamente, com o Governo do Estado, acumulara um prejuízo de cerca de R$ 350 milhões. Ocorre que a empresa Barcas S/A é cliente do famoso escritório de advocacia da Primeira Dama, Adriana Ancelmo Cabral, que, com toda a certeza, não deixaria seu cliente firmar um contrato que lhe fosse lesivo, como deve agir todo advogado, mesmo que não seja casado com o Governador do Estado.
Assim, nada mais justo, do ponto de vista dos conselheiros da Agetransp, que não andam de barcas, pois tem direito a transporte em carro oficial, que o Governo do Estado cubra esse suposto prejuízo. E isso será feito, de uma só vez, com o repasse de R$ 400 milhões já reservados no Orçamento deste ano.
O argumento fajuto de que, assim, o reajuste das tarifas não pesaria tanto no bolso do usuário se fosse subsidiado, segue o mesmo padrão do Governo de Rosinha Garotinho, que usou recursos do SUS para criar os restaurantes populares, alegando que, melhorando a alimentação do trabalhador, o Estado está cuidando, ao mesmo tempo, da sua saúde. Os poucos restaurantes que ainda existem, funcionam como uma repartição pública, de segunda a sexta-feira, só no horário do almoço Para o Governo, pobre não precisa comer aos sábados, domingos e feriados, muito menos durante o carnaval.
A confissão de que o Governo vai doar R$ 400 milhões para Barcas S/A, foi publicada na edição do Globo de quinta-feira, num artigo assinado pelo serelepe Secretário de Transportes do Estado, Julio Lopes, sob o título "Subsídios nas barcas".

SERVIDORES TERCEIRIZADOS
NÃO RECEBEM INDENIZAÇÃO

Cerca de 400 servidores terceirizados da Secretaria de Saúde, que trabalhavam no Hospital Moacyr do Carmo, foram demitidos em janeiro, assinaram o Aviso Prévio, mas continuam sem receber suas indenizações. Contratados pela Prefeitura através da empresa Hope, eles foram demitidos depois que o município entregou a uma OSCIP, a Salute Solutions, a administração do Hospital. Nos termos da lei das OSCIP, o município pode firmar contrato com uma organização, dando a ela plenos poderes de gestão, repassando, inclusive, as verbas do Orçamento destinadas à unidade privatizada.
O drama dos empregados da Hope já fora vivido no final de 2011 pelos empregados da Lapa, outra empresa que prestava serviços terceirizados a diversas unidades de saúde do município, inclusive ao Hospital Moacyr do Carmo, igualmente privatizadas.
Na quara-feira (29), um grupo de desempregados da Hope fechou a Rua Silva Fernandes, em frente à garagem da Prefeitura e passagem obrigatória para os veículos que se dirigem à Rodovia Washington Luis, para protestar contra o atraso no pagamento das verbas indenizatórias, mas não conseguiram falar com nenhum funcionário da Secretaria de Saúde com poderes para decidir sobre o assunto. Na sexta (02), o grupo voltou a protestar, fechando novamente a Rua Silva Fernandes, mesmo com a presença de guardas municipais, cujo comando ocupa o antigo CPD da Prefeitura, ao lado da garagem.
A situação da Prefeitura, no caso dos terceirizados, ficou mais complicada depois que o Ministério Público do Trabalho conseguiu uma medida liminar perante a Justiça do Trabalho em Nova Iguaçu, dando um prazo de 12 meses para que a Prefeitura rescindisse todos os contratos com empresas terceirizados e convocasse os concursados. Essa omissão da Secretaria de Saúde pode custar uma pesada multa, que integra a liminar.

RÁPIDAS

• Esta segunda-feira (5) promete muitas emoções no campo político do Rio de Janeiro. Além do Psol questionar junto ao Tribunal de Justiça a liminar concedida pelo juiz Mauro Nicolau Júnior, da 48º Vara Cível da capital, impedindo a ida de representantes do partido, sob pena de multa, às manifestações contra o abusivo aumento de 61% nas tarifas da empresa Barcas S/A, o Conselho Disciplinar do Corpo de Bombeiros deve anunciar a expulsão do cabo bombeiro Benevenuto Daciolo, líder da campanha salarial da categoria.
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• Em ambos os casos, há flagrante violação da Constituição, que, além de garantir o direito de livre expressão, inclusive dos militares, ainda isenta os partidos políticos de licença prévia para as suas manifestações ou reuniões. No caso do cabo Daciolo, o Conselho negou à defesa o acesso à degravação das declarações do cabo, gravadas pela Polícia da Bahia com autorização da Justiça local.
• Além de instruir o processo com uma edição editada das conversas do cabo bombeiro (cuja autenticidade pode ser legalmente contestada), divulgada pelo Jornal Nacional e cuja isenção em relação ao Governo do Estado é publicamente questionada, o Conselho Disciplinar negou a prorrogação do prazo para defesa, tendo em vista que o processo disciplinar foi instaurado durante o Carnaval.
• Se o Ministério Público Estadual estiver, realmente, interessado em investigar o reajuste de 61% nas tarifas das barcas pode começar por solicitar o estudo feito pela Universidade Federal de Santa Catariana, a pedido da Agetransp. Nele, a nova tarifa seria de R$ 3,18. Ocorre que, se o Governo seguisse essa orientação, não teria como explicar a doação dos R$ 400 milhões a título de subsídio para "baratear" o valor das passagens.
• De acordo com o material divulgado pela Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Duque de Caxias sobre a prestação de contas de 2011, houve queda nos investimentos devido à necessidade de cobrir a antecipação dos royalties da Reduc e o pagamento de débitos de INSS e PASEP da gestão anterior. Ainda segundo a Secretaria de Fazenda, 80% dos impostos arrecadados pela Prefeitura vem da Reduc.
• "E, para cobrir a antecipação dos royalties, boa parte deste valor acaba ficando retido. São cerca de R$ 30 milhões por ano em cima do valor arrecadado que a prefeitura deixa de contar. E ainda tem o débito do INSS e do PASEP, da gestão anterior, que também é descontado de nossa receita. Tudo isso faz falta. As perdas chegam a 52%”, explicou o secretário.
• Raslan também falou sobre o aumento na arrecadação da Taxa de Prestação de Serviços e do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) – em relação ao ano de 2009, primeiro da atual gestão, que subiram acima do dobro do valor. Mesmo assim, a capacidade de investimento da Prefeitura ainda é reduzida.
• Para Raslan, as dificuldades financeiras da atual gestão se agravaram com a crise que se abateu sobre todo o mundo em 2009. “Os royalties federal e do estado, os Fundos de Participação dos Municípios (FPM) e a CIDE (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) tiveram reduções significativas naquele ano”, afirmou.
• Segundo o secretário, a aplicação da receita do município em educação e saúde está acima dos limites mínimos constitucionais. Para a Educação, os municípios são obrigados a dedicar pelo menos 25% da receita e 60% do FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Caxias aplica de sua receita 41,93% na Educação e 80,48% do FUNDEB.
• Na saúde, o mínimo é 15% das receitas próprias. "Nosso município aplica 27,29% na área”, enumerou o secretário de Fazenda. Raslan Abbas, que é professor de odontologia, defendeu que o Hospital Moacyr do Carmo deva ser regionalizado, pelo volume de atendimentos de pacientes de outras cidades devido à sua excelente localização geográfica e de fácil acesso para os moradores de Magé, São João de Meriti, Belford Roxo, Nova Iguaçu e Mesquita e até da Capital. Com a regionalização, o custo operacional seria dividido entre o Estado e os municípios da região metropolitana.
• Para exemplificar, Raslan Abbas revelou que a construção do Hospital Moacyr do Carmo, no governo anterior, custou algo em torno de R$ 50 milhões. "Apenas com sua manutenção nestes três anos da atual gestão, sem contar com os salários dos funcionários, ele já custou R$ 350 milhões”, garantiu o secretário.
• Apesar dos bonitos números exibidos pelo secretário Raslan Abbas, ele não escapou de uma saia justa. Foi quando o vereador Nivan de Almeida perguntou para onde está indo o dinheiro do SUS e da própria Prefeitura investido no sistema de Saúde, que continua precário.
• Sem saber o que dizer, Raslan Abbas foi absolutamente sincero ao responder simplesmente: Não sei!
• E, mais uma vez, o rolo compressor do Governo tentou impedir que a população se manifestasse. Conforme prevê a Lei Complementar nª 101, de 4 de maio de 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal, os gestores devem manter o máximo de transparência na execução da lei orçamentária de cada unidade administrativa, o que inclui governos estaduais e prefeituras.
• Depois que o Secretário de Fazenda "vendeu seu peixe", a sessão foi bruscamente encerrada pelo vereador Moacyr da Ambulância, que integra a bancada do Governo e presidia os trabalhos, sob o argumento de que o Secretário tinha outros compromissos e precisava se ausentar.
• No final da última quarta-feira (29), um internauta, assinante de um celular da "OI", tentou, por várias vezes, realizar uma ligação para outro assinante da mesma operadora, obtendo como resposta a clássica mensagem “o aparelho está fora de área ou desligado”. Pouco minutos depois, descobriu que sua linha não realizava ligações, apenas recebia.
• Começou então uma via crúcis do assinante. Primeiro, tentou várias vezes, no mesmo dia, falar com a "OI' pelo *144, recebendo números de protocolo repassados por uma atendente virtual, porém, sem conseguir, no entanto falar com uma atendente de carne e osso, mesmo depois de interminável espera.
• Por fim,, entrou em contato, via email, relatando o problema, porém, sem resposta nas 24 horas seguintes.
• No dia seguinte (1º de março), ligando de um aparelho fixo para o atendimento da operadora (número 1057), descobriu, através de mensagem eletrônica, que sua linha estava automaticamente bloqueadas porque havia tentado fazer sucessivas ligações para um mesmo número. E o pior: que o desbloqueio só seria feito no dia seguinte.
• Em uma nova tentativa de falar com uma atendente pelo mesmo 1057, foi informado por ela que realmente o bloqueio havia sido feito pelo "sistema" e que teria que aguardar mais ou menos 18 horas para o serviço ser restabelecido. O assinante só obteve a liberação da linha alguns minutos depois após manifestar sua indignação com a prestadora e ameaçar cancelar a assinatura.
• Violando o Estatuto do Consumidor, as empresas estão automatizando o Serviço de Atendimento ao Consumidor, que passou a ser feito pelo sistema de secretária eletrônica na base do "Aperte o 1 se estiver me ouvindo!", "Aperte o 2 se houver chiado na transmissão" e por aí vai...
• Protegidas por uma Anatel ocupada por pelegos ligados ao PT e a outros partidos da base aliada, a Agência Nacional de Telecomunicações segue um "Padrão Lula de Governar": o consumidor é o último da fila. É a mesma receita aplicada pelo governador Sérgio Cabral na Agetransp, que deveria fiscalizar as Barcas, a Supervia e o Metrô, mas que se limita, burocraticamente, a recomendar um reajuste de 61% nas tarifas das barcas..
• Como as respostas são pré gravadas, o consumido se torna indefeso perante as empresas, que abusam do seu poder econômico (e político) para aumentarem seus lucros (secretária eletrônica não recebe salário, não paga INSS, nem faz greve de fome).
• Até quando, Presidenta. Dilma Rousseff, o governo vai proteger os maus empresários em detrimento do povão, que a Senhora prometeu defender durante a campanha eleitoral e no seu discursos de posse?

SUPERVIA PROMETE CRIAR
BICILETÁRIOS EM CAXIAS
A Supervia, concessionária dos ramais suburbanos da extinta Rede Ferroviária Federal, deverá encaminhar à Secretaria de Cultura de Duque de Caxias até quarta-feira (7), uma proposta para a implantação de bicicletários em todas as estações localizadas no município, o a exemplo do que existe em outras cidades, como a paulista São Vicente (foto), o que eliminaria as despesas de viagens dos moradores dos bairros mais distantes até as estações. Para concluir o projeto, o Diretor Comercial da empresa, Carlos Targs, visitou semana passada, acompanhado do Superintendente de Turismo do município, Daniel Eugênio, as estações entre Duque de Caxias e Parada Angélica, parando em todas e verificando o espaço disponível em cada uma para abrigar as bicicletas dos passageiros dos trens. 
O diretor da Supervia ficou impressionado com o número de bicicletas estacionadas num bicicletário comunitário, que existe há décadas ao lado da estação de Saracuruna e, mais surpreso ainda, ao ser informado por Daniel Eugênio que aquele bairro do Segundo Distrito tem um dos maiores índices de bicicletas por habitantes do município, rivalizando com Xerém, onde o uso dos veículos de duas rodas é uma longa tradição, dada a distancia entre os vários núcleos populacionais espalhados pelo quarto distrito e a má conservação das estadas vicinais, o que torna impossível o uso de automóveis, salvo os do tipo 4 x 4, os mais caros do País.

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