domingo, 23 de junho de 2013

BAIXADA URGENTE

O POVO NAS RUAS  NÃO
QUER SÓ BOLSA ESMOLA


A 15 meses das eleições, o povo acaba de enviar dois recados ao Governo, aí entendido o que se convencionou chamar de Três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. O primeiro recado foi a pesquisa divulgada no início da semana passada, confirmado a queda de oito pontos percentuais na avalição positiva do Governo Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa encomendada ao IBOPE pela Confederação Nacional da Indústria – CNI – o percentual dos que avaliavam o atual governo como ótimo ou bom caiu de 63%, na pesquisa de março, para 55%. É um indicativo de que não foi só o preço do tomate e dos transportes que influíram na queda de confiança do povo na atuação do Governo. A pesquisa foi feita antes das manifestações de rua que tomaram conta das capitais e até das cidades médias, levando às ruas cerca de 3 milhões de brasileiros indignados com a política do analgésico para curar fratura exposta, como é o caso da bolsa família para combater a miséria, ao invés de uma política de investimento tendo como prioridades a infraestrutura de transporte,  educação, saúde e de proteção ao meio ambiente.
Dentre os desastres cometidos pelo Governo podemos citar o anúncio da redução das tarifas de energia elétrica, com o pagamento de R$ 2,8 bilhões de subsídios  ás distribuidoras no mesmo instante em que a Aneel autoriza o reajuste dessas mesmas tarifas, ou o prefeito Fernando Haddad, abandonado pelo PT e pelo Governo Federal, anunciando a redução das tarifas de ônibus, mas avisando que irá cortar investimentos em Saúde e Educação, confessando publicamente que o governo paulistano subsidia as empresas de ônibus e que a tarifa paga na roleta é uma tarifa simbólica. Temos ainda o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugurando um moderno hospital na Palestina, fruto da doação de US$ 4 milhões de dólares do Governo Brasileiro, dinheiro saído dos cofres do Ministério que ele dirige, mas que não tem dinheiro para a compra de insumos básicos, como fio de sutura para cirurgias nos hospitais públicos do país.
O recado das ruas, de onde os partidos foram expulsos, como ocorreu com o PT em São Paulo, foi claro: está na hora do Governo descer do palanque e governar PARA TODOS. Uma grande rede varejista, controlada por capitais franceses, acaba de anunciar a adesão ao programa “Minha Casa Melhor”, no qual o Governo promete investir R$ 18,7 bilhões em financiamento a juros de 5% ao ano (a taxa Selic está em 8% a.a.) para a compra de eletrodomésticos pelos beneficiários do programa” Minha Casa, Minha Vida”.
E as faixas de protesto, como as de condenação da PEC 37, que proíbe o Ministério Público de investigar crimes de grande repercussão, como foi o caso do “Mensalão”, atinge também o Congresso Nacional e as Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores, pródigas em leis casuístas, contrárias à Constituição, ou criando vantagens para determinadas categorias de servidores, como a que permitiu a um simples guarda municipal, cujos vencimentos não vão além do salário mínimo,  aposentar –se como Secretário da Prefeitura, ou a aprovação de projeto estabelecendo procedimentos a serem seguidos por psicólogos e outros profissionais da saúde para a cura de indivíduos cuja opção sexual não siga o padrão homem x mulher.
E o Judiciário não foi poupado, pela lentidão em julgar os acusados de corrupção, como é o caso do “Mensalão”, envolvendo as principais figuras do Governo Lula, às vésperas de se transformar na maior pizza da vida política do País. Não podemos esquecer o caso de um senador de Brasília, que renunciou ao mando para não ser cassado, condenado por desvio de recursos na construção da sede do Tribunal da Justiça do Trabalho em S. Paulo, mas que continua livre, lépido e fagueiro dando as cartas na política do Distrito Federal, num processo que também envolveu um integrante do próprio TRT-SP, que estava cumprindo pena de prisão em sua nababesca mansão num dos bairros mais valorizados da capital paulista.
Se pretende disputar, com chances, a reeleição em outubro de 2014, a presidente Dilma Rousseff terá de “lançar ao mar” peças importantes do seu governo de coalizão, a começar pelos “mais chegados” e que desvirtuaram a Lei dos Portos e a lei dos royalties do petróleo. Ou que revogaram a Lei das Licitações para favorecer as empreiteiras envolvidas na construção e reconstrução de estádios para a Copa do Mundo...

ALEXANDRE PADILHA INAUGURA
CENTRO MÉDICO NA PALESTINA


O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, inaugurou no início do de maio (2) um centro médico na cidade palestina de Dura, no sul da Cisjordânia, construído com recursos doados pelo governo brasileiro.  De acordo com Padilha, dos US$ 10 milhões doados pelo Brasil para a Autoridade Palestina, US$ 4 milhões são provenientes do ministério da Saúde e estão sendo investidos em centros de reabilitação e de tratamento materno-infantil. "Consideramos a contribuição à saúde como parte dos esforços pela paz nesta região", acrescentou o ministro.
"Foi uma cerimônia bastante emocionante", disse Padilha ao portal Terra ao final de uma visita de três dias a Israel e Palestina. "Os palestinos em Dura ficaram muito agradecidos pela nossa contribuição, que faz parte da colaboração do Brasil para ajudar na construção do Estado Palestino", afirmou ao portal Terra.
O médico Nazih Abed, que dirige o novo centro médico de Dura, fez questão de agradecer "ao governo e a todo o povo brasileiro".
"Com a doação do Brasil conseguimos construir um centro médico que prestará serviços à população do sul do distrito de Hebron e isso facilitará a vida de cerca de 200 mil pessoas, que antes tinham que viajar 35 km até a cidade de Hebron e esperar por muito tempo em filas para obter atendimento", disse o médico palestino ao Terra. "Agora poderemos oferecer atendimento e vacinação para uma grande população em condições muito melhores. Temos 22 médicos e 40 enfermeiros no novo centro", acrescentou.
Segundo o ministro Padilha, a visita ao Oriente Médio foi muito proveitosa. "Em Israel estabelecemos dois canais muito importantes de colaboração", disse, "na área da produção de remédios e na área de treinamento de equipes médicas que irão atuar em eventos de massa, principalmente na Copa do Mundo e nas Olimpíadas".

MÉDICOS NÃO ACEITAM A CULPA
PELO CAOS NA SAÚDE NO PAÍS

Enquanto o ministro Alexandre Padilha inaugura hospital na Cisjordânia, construído com a ajuda de R$ 10 milhões de dólares do Governo brasileiro, sendo US$ 4 milhões do orçamento do próprio Ministério da Saúde comandado pelo PMDB, os médicos de todo o país decidiram denunciar as péssimas condições em que funcional hospitais e postos de saúde, ondem falta materiais fundamentais para cirurgias, com fio de aço.
Vídeos estão sendo divulgados nas redes sociais, revelando as condições precárias em que o Governo está sucateando a saúde no País, forçando a adesão a planos de saúde cada vez mais caros, que só atendem à chamada classe alta, que pode ser tratada nas luxuosas suítes dos hospitais da rede D’Or ou do Sírio-Libanês, o preferido de 10 entre 10 famosos, como o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff
Enquanto isso, circula nas redes sociais, inclusive no You Tube, vídeos mostrando o caos na Saúde no País e os médicos saem do anonimato dos corredores dos hospitais públicos sucateados para denunciar a falta de estrutura e até de insumos básicos para cirurgias.
Em Duque de Caxias, por exemplo, só agora a prefeitura está concluindo as instalações do 3º pavimento, enquanto o 4º andar continua em alvenaria, embora a prefeitura não saiba quando recebeu a construtora Delta, contratada pelo Governo do Estado para erguer o hospital, inaugurado pelo ex-presidente Lula em setembro de 2004, com promessa de um atendimento de qualidade superior ao oferecido pelo Sírio-Libanês.
Segundo a propaganda feita pelo ex-prefeito Washington Reis na campanha eleitoral de 2004, quando tentou a reeleição, o hospital Moacyr do Carmo custou cerca de R$ 110 milhões, parte dos recursos repassados pelo município, mas, em janeiro de 2005, na primeira visita que o prefeito eleito Zito fez ao hospital, em companhia do secretário de Saúde do Estado, Sérgio Cortes, parte do tomógrafo ainda estava encaixotado e abandonado na calçada ao lado da entrada para a Emergência. No domingo (16), quando um professor foi baleado na cabeça e levado para o Moacyr do Carmo, ele teve que ser transferido para um hospital particular, pois o tomógrafo do hospital do município estava quebrado há um mês. Conforme nota da Secretaria de Saúde de Duque de Caxias, a empresa fabricante e responsável pela manutenção do equipamento, indispensável em casos como o do professor, voltará a funcionar em três semanas. Situação idêntica ocorre com o Hospital Duque de Caxias, fechado desde janeiro de 2005, que seria transformado em policlínica. Depois de quatro anos de obras, o hospital continua “em obras”, pois a empresa responsável pelo “Duque”, a Marca, está sendo investigada pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal sob suspeita de fraudes em licitações no Rio e no Rio Grande do Norte, com parte de sua direção na cadeia. Nessa situação, a nova administração do município não pode retomar as obras para devolver o “Duque” à população como um grande ambulatório com diversas especialidades.
Veja o vídeo-denuncia dos médicos, que não aceitam ser esponsabilizados pelo caos na Saúde no link:

TRIBUNAL DECIDE QUE SALÁRIO DO
PREFEITO É O TETO NO MUNICÍPIO

Na primeira semana de seu governo, o prefeito Alexandre Cardoso divulgou uma lisa em que dezenas de funcionários recebiam mais do que ministro do Supremo Tribunal Federal, valor considerado como teto pela Constituição Federal para o funcionalismo público dos três Poderes, inclusive nos estados e municípios. Ente os nomes divulgados pelo prefeito estavam o ex-Secretário de Governo, Mario Vasconcelos, servidor da Câmara Municipal (R$ 53 mil), o ex-vereador e fiscal de rendas Demerval Laje de Barros Neto (52 mil), e o professor Paulo Roberto Mendes Gonçalves, ex-Secretário de Administração (R$ 45 mil).
Com base em estudos feitos em conjunto pela Procuradoria Geral do Município e a Secretaria de Administração, o prefeito determinou que o teto de remuneração no município teria como base os subsídios do próprio prefeito, fixado em R$ 24,5 mil desde 2012
No último dia 11, o Tribunal de Contas do Estado encaminhou parecer em que reconhece como legal o teto fixado pelo prefeito Alexandre Cardoso, pois "o limite remuneratório para os servidores públicos municipais é o subsídio do prefeito (observado o limite do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal - STF), nos termos do artigo 37, inciso XI, da CRFB, excetuando-se os procuradores do Município e das Autarquias e Fundações Municipais, cujo limite é o subsídio dos desembargadores (observado o limite de 90,25% do subsídio dos Ministros do STF), pelos fundamentos ora expostos."
Segundo estimativa afeito pelo secretário de Administração, o advogado e professor da Fundação Getúlio Vargas Sidney Guerra, esse corte nos salários mais elevados representará uma economia de R$ 8 milhões só em 2013.

RÁPIDAS

●  No governo do Cel. Renato Moreira da Fonseca, o município firmou um acordo com o Governo do Estado no sentido de unificar as tarifas, levando em conta que linhas intermunicipais são sobrepostas às linhas municipais, isto é, as linhas municipais não poderiam ter tarifas diferenciadas em relação às intermunicipais.
●  Com esse acordo, todas as linhas municipais que fazem a ligação Gramacho-Centro teriam tarifas iguais às cobradas pelas linhas intermunicipais no mesmo trajeto.
●  Por isso, os líderes do movimento pela redução das tarifas de ônibus na cidade, que reuniu, segundo a PM, cera de 15 mil pessoas na Praça do Pacificador, na última sexta-feira, decidiu mudar o foco da campanha para um outro ponto: a tarifa única para todas as linhas.
●  E são muitos os exemplos de que linhas intermunicipais em preços menores que as linhas municipais no mesmo trajeto. Os moradores de Xerém, que participaram do protesto de sexta-feira, citam como exemplo as linhas Xerém-Nova Iguaçu (intermunicipal) e Xerém-Caxias. Se o morador do 4º Distrito for de ônibus a Nova Iguaçu, pagará R$ 2,50, mesmo passando por Belford Roxo. Se decidir fazer compras no centro de Duque de Caxias, um trajeto mais curto, irá pagar pela passagem nada menos que R$ 4,60.
●  Qual a explicação da Secretaria de Serviços Públicos do município para justificar tal disparate, levando-se em conta que o trajeto Nova Iguaçu-Xerém  é mais longo e, portanto, com custo operacional maior?
●  Não é por outro motivo que o Ministério Público de São Paulo decidiu investigar as planilhas de custo das empresas paulistas, que recebem alguns bilhões por ano do governo estadual e de prefeituras e ainda cobram preços extorsivos por serviços precários.
●  Em 4 de março de 2012,  o blog denunciou que  Governo do Rio mandou para o lixo uma pesquisa feita pela Universidade Federal de Santa Catarina, a pedido e pago pelo próprio Governo fluminense, que analisava as planilhas de custos da empresa Barcas S/A, que serviria de subsídio ao governo para reajustar as tarifas dos serviços na Baía de Guanabara. Confira no endereço;
●  Além de confirmar que a concessionária não tinha razão de reivindicar novas tarifas – que, na época, passaram deR $ 2,80 para R$ 4,50 – os estudos da UFSC revelaram que, com a conivência da Agetransp – agência criada pelo governo para fiscalizar as empresas concessionárias de transportes no Estado – a Barcas S/A sonegavam parte da receita, como a locação de espaço para a instalação de lojas e serviços nas estações de embarque/desembarque, além dos estacionamentos em terrenos utilizados pela empresa, mas pertencentes ao Governo do Estado.
●  Além de reajustar as tarifas, o Governo, com o apoio entusiasmado da Assembleia Legislativa, ainda concedeu um subsídio suplementar de R$ 400 milhões, o que garantiu a transformação de um alegado prejuízo, num razoável lucro para os donos da Barcas S/A.
●  A substituição do vice Pezão pelo secretário de Meio Ambiente, Carlos Minc, do PT/RJ, como coordenador e fiscal das obras de reconstrução de Petrópolis, cujo prefeito integra o PSB de Eduardo Campos, tem como principal objetivo amarrar o PT no governo, impedindo, a todo custo, a candidatura do senador Lindbergh Farias.
●  A luminosa ideia também retira de Pezão o carimbo de fracassado, pois, desde o primeiro mandato de Sérgio Cabral, é o vice Luiz Fernando Pezão que sempre aparece comandando a Defesa Civil no resgate das vítimas de catástrofes previsíveis, como em Angra dos Reis, Morro do Bumba, Região Serrana e Xerém, com milhares de mortos e desaparecidos e outros tantos sem tento e sobreviventes com apena a roupa do corpo.
●  Os discursos de Pezão, culpando pelo atraso das obras a burocracia e a Lei de Licitações, não servem como justificativa para o fato de, até hoje, o Governo do Estado não ter conseguiu construir as casas prometidas aos sobreviventes desses desmoronamentos, muito menos uma política concreta de combate às construções em áreas de risco, seja de suntuosas mansões, seja de modestas palafitas.
●  Em 2012, o Governo do Estado elaborou um mapa das áreas de risco no Estado, identificado pelo menos 94 pontos de Duque de Caxias onde havia risco de desabamento. O documento foi entregue ao ex-prefeito Zito, que preferiu guarda-lo num cofre a pretexto de que sua divulgação causaria pânico desnecessário na população que residia nessas áreas de risco. Uma dessas áreas, a localidade de Café Torrado, em Xerém, acabou devastada pelas chuvas de janeiro deste ano.
●  Ainda em 2012, a prefeitura entregou a cerca de 600 famílias retiradas de áreas de risco, um conjunto construído em Santa Cruz da Serra, dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Como as obras não são fiscalizadas, quer pela Caixa Econômica Federal, que repassa às construtoras o dinheiro do Governo, quer pela Prefeitura, que autoriza as construções dentro dos critérios fixados pelo Código de Obras do Município, as casas acabaram invadidas pelas águas do Rio Capivari em janeiro deste ano.
●  A CPI da Alerj, que investiga o descumprimento, por parte das construtoras, dos prazos para a entrega de casas e apartamentos, resolveu recomendar às instituições financeiras, com a Caixa e o Banco do Brasil em primeiro plano, sejam mais rigorosas na fiscalização dos projetos por elas financiados.
●   Essa recomendação soa como uma confissão de culpa do Poder Público, incapaz de zelar pelo interesse da população, mesmo que se trate da construção de conjuntos habitacionais, quer para a classe C, quer para a verdadeira classe média.
●  O caso de um conjunto financiado pela Caixa e destinado às famílias que sobreviveram ao desastre no Morro do Bumba, em Niterói, que foi parcialmente demolido antes da entrega das chaves, não pode ser considerado um caso pontual, como o Governo gosta de intitular os desvios de conduta dos seus gestores.
●  Temos em Duque de Caxias um caso ainda mais impactante. Trata-se de um conjunto construído por uma suposta cooperativa. As unidades, cuja construção foi financiada pela Caixa, foram vendidas, mas o prazo de entrega não foi cumprido. A suposta cooperativa acabou abandonando a obra na fase de acabamento, o que resultou na invasão de dezenas de famílias, algumas promitentes-compradores dos apartamentos inacabados.
●  No final do Governo Washington Reis, foi negociada uma operação entre a Caixa e a Prefeitura, que iria desapropriar o conjunto por R$ 4 milhões, com o município assumindo a responsabilidade pela conclusão das obras. Como o cheque foi assinado pela tesoureira numa cama de um hospital, onde fora internada com stress, o cheque não chegou até a Caixa e o prefeito Zito, que assumira no dia 1º de janeiro de 2009, mandou cancelar a operação, que não tinha o aval da Câmara.
●  Até hoje, compradores e invasores do “Carandiru” ainda não conseguiram regularizar a posse dos apartamentos que ocupam, mesma situação em que se encontra o hospital Duque de Caxias, entregue a uma empresa para reforma, que já foi paga, mas cuja posse a Secretaria de Saúde do município não consegue retomar porque os donos da referida empresa ou estão presos no Rio Grande do Norte, ou foragidos da Justiça.
●  Um poste da Oi/Telemar tombou na manhã desse sábado (22) sobre um veículo estacionando na movimentada Avenida Brigadeiro Lima e Silva, em frente á Praça Humaitá. Instalado pela extinga Telerj, o poste, sem a devida manutenção, não resistiu ao peso dos cabos de fibra ótica recentemente instalados pelas operadoras de telefonia para permitir a exploração da chamada banda larga.
●  No mês passado, a prefeitura notificara as concessionárias para que reorganizassem a rede aérea, cuja utilização por mais de uma concessionária não obedecia parâmetros técnicos que garantissem a segurança de pedestres e veículos. O prazo terminou no último dia 10, mas como a Secretaria de Serviços Públicos tem outras prioridades, o prazo transcorreu e nada foi feito, nem pelas concessionárias, muito menos pela fiscalização do município.
●  Em 2012, a presidente Dilma Rousseff confessou que seu governo fora apanhado de surpresa pela seca que vem castigando o sertão nordestino, onde as chuvas não chegaram como esperavam os lavradores e devotos de S. José (19 de março).
●  Na última semana, o Governo foi surpreendido pela mobilização de milhões de pessoas em passeatas por todas as capitais e cidades de porte médio, independente da cor da camisa partidária de prefeitos e dos governadores.
●  Como a presidente tem um ouvido seletivo, que só registra os elogios, mas recusa as críticas, mesmo que fundamentadas e partidas de pessoas próximas ao governo, mas que não sem incluem nos áulicos de plantão, mais uma vez o governo foi “pego no contrapé”, como diz o jargão do futebol
●  Desde o primeiro dia da “Era Lula”, o governo decidiu priorizar os elogios e colocar as críticas num arquivo morto, rebatizado de “oposição”. Por conta dessa canhestra “Teoria da Conspiração”, Lula resistiu a demitir José Dirceu, mesmo que a denúncia do mensalão tenha partido de um insuspeito parceiro do governo, o então deputado Roberto Jeferson.
●  No caso da quebra do sigilo bancário de um faxineiro, que tivera a coragem de desmentira o poderoso ministro Antônio Palocci, Lula também resistiu à demissão do ex-prefeito de Ribeirão Preto.
●  Antes mesmo de assumir a presidência da República, Dilma Rousseff também foi envolvida num escândalo em torno das atividades da sua substituta na Chefia da Casa Civil, Erenice Guerra, acusada de tráfico de influência, mesma acusação que atingiu no ano passado a chefe do Escritório da Casa Civil em S. Paulo, Rosemary Noronha, nomeada por Lula, a quem acompanhava em viagens ao exterior, mas que até hoje é protegida pelos altos escalões do Governo.
●  O mesmo comportamento teve o PMDB ao receber um documento assinado por mais de 1,3 milhão de eleitores, pedindo que Renan Calheiros fosse impedido de assumir a presidência do Senado, já que ele renunciara ao mandato anterior para fugir da cassação. O partido não só desconheceu a importância política do documento, como endossou a eleição de Renan, levando de cambulhada a presidência da Câmara com Henrique Alves
●  Ao mesmo tempo, o PMDB escolheu para líder do partido o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que escapara da cadeia no Governo Garotinho, quando era presidente da CEHAB-RJ e se envolvera numa nebulosa transação em torno de um terreno do DER-RJ, penhorado para garantir o pagamento de um fornecedor da autarquia.
●  Ao desobedecer a uma ordem judicial, que impedia a assinatura pela CEABH-RJ de escritura definitiva de compra e venda de casas do conjunto Nova Sepetiba, construído no terreno do DER/RJ penhorado pela Justiça, Eduardo Cunha teve a sua prisão decretada pela justiça do Rio.
●  O hoje líder do PR precisou convencer um deputado da bancada fluminense a assumir uma secretaria no seu governo, abrindo, assim, vaga para a convocação do primeiro suplente Eduardo Cunha, Como deputado federal e foro privilegiado, Eduardo Cunha escapou de ser preso pela ordem de um juiz de primeira instância.
●  Com a credibilidade de prefeitos e governadores em baixa, como é o caso de Sergio Cabral e Eduardo Paes, a proposta de Dilma de um pacto federativo pela eficiência na gestão e contra a corrupção soa como um deboche.

●  Afinal de contas, tanto o governador fluminense, quanto o prefeito carioca tem sido denunciados pelo comportamento no mínimo dúbio em relação às obras da Copa, do PAC e da recuperação de áreas em que houve desmoronamento e morte de moradores que continuam vivendo em áreas de risco, embora os bilhões de verbas federais tenham sido amplamente divulgados pelo governo
●  O professor e pesquisador do departamento de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro Ricardo Ismael avalia que as manifestações que ocorrem em várias partes do Brasil estão provocando uma mudança na agenda nacional. Ele destacou que autoridades de diversas esferas do país, que não deram declarações nas primeiras manifestações, começam a se manifestar.
●   “Significa que, primeiro, a agenda mudou no pais. As ruas, com esse movimento todo, trouxeram novos pontos para a agenda. Os políticos, de uma forma geral, passaram os últimos dias calados e agora começam a falar o óbvio, o que está nas passeatas”, disse.
●  Para o pesquisador, houve uma adaptação à nova agenda, mas só isso não é suficiente. “Discurso não conta mais não. O que importa agora são fatos concretos. Quem sair dizendo que vai fazer isso ou aquilo, se não mostrar como vai fazer, não tem muita repercussão. Isso aí mudou. Hoje só tem uma coisa de concreta, recuaram nos aumentos das passagens. O resto não tem nenhuma repercussão”, avalia.
●  O professor lembra que em outros dois momentos da história do país os estudantes foram decisivos. O primeiro foi na Passeata dos 100 Mil, em junho de 1968, no centro do Rio. Naquele momento, segundo ele, apesar de sofrer certa influência do movimento de maio de 68 na França, havia a luta contra a ditadura pela qual o país atravessava. O outro evento, de acordo com o professor, foi o impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
●   “A ditadura militar naquele momento era o elemento de mobilização. Esse é um evento marcante. O evento do impeachment do Collor também, pela dramaticidade. É eleito e perde o mandato acusado de corrupção. Lá os estudantes foram às ruas e não só eles, tinha a CUT [Central Única dos Trabalhadores], o PT, o Movimento de Ética na Política e os caras-pintadas. Tem uma série de movimentos que nascem e têm repercussão forte. Esses dois são exemplos”, disse.
●  Na avaliação de Ricardo Ismael, com relação às manifestações atuais, agora é momento das polícias Militar e Civil analisarem as imagens para identificar os que estão participando apenas com a intenção de provocar depredações e atos de vandalismo. “A Polícia Civil e a Militar têm que tentar estabelecer alguma estratégia de identificar e prender essas pessoas. De fato não são manifestantes. Não estão ali para fortalecer a democracia. Então com esse tipo de atitude tem que se lidar de forma profissional. Tem que identificar”, defendeu.(Agência Brasil/EBC)
●  Em resposta ao pronunciamento feito sexta-feira (21) pela presidenta Dilma Rousseff, diversas entidades ligadas à categoria de médicos do país divulgaram hoje (22) nota onde criticam a intenção do governo em trazer médicos estrangeiros para atender a regiões carentes desses profissionais, localizadas no interior do país.
●  Na carta, dirigida à população brasileira, as entidades lembram que a presidenta foi “vítima de grave problema de saúde”, e que fez tratamentos em “centros de excelência do país e sob a supervisão de homens e mulheres capacitados em escolas médicas brasileiras”. E acrescenta: “O povo quer acesso ao mesmo [tipo de tratamento] e não quer ser tratado como cidadão de segunda categoria, tratado por médicos com formação duvidosa e em instalações precárias”.
●  Durante o pronunciamento, a presidenta disse que, entre as medidas estudadas pelo governo, está a de “trazer de imediato milhares de médicos do exterior para ampliar o atendimento do SUS [Sistema Único de Saúde]”.
●  Assinada pelas associações Médica Brasileira (AMB), Nacional de Médicos Residentes (ANMR), pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Federação Nacional dos Médicos (Fenam), a carta diz que as entidades usarão “todos os mecanismos possíveis para barrar a decisão, inclusive na Justiça”.
Segundo as entidades, a “importação” de médicos simboliza uma “vergonha nacional”.
●  De acordo com as entidades, a medida submeteria a parcela mais vulnerável da população “à ação de pessoas cujos conhecimentos e competências não foram devidamente comprovados”, escondendo “os reais problemas” que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS).
●  Contatado pela Agência Brasil, o presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Roberto d'Ávila, se disse decepcionado com o anúncio feito pela presidenta. “Ela tinha prometido, em audiência que tivemos, que não tomaria qualquer medida sem antes conversar com as entidades, e que instituiria, antes, um GT [grupo de trabalho] para discutir assunto”, disse o médico

CRIANÇAS APRENDEM O
BE-A-BÁ DOS PROTESTOS


Mais de 200 crianças de várias idades segundo noticiário distribuído pela Agência Brasil/EBC, participaram nesse domingo de uma manifestação (23), em frente ao Congresso Nacional. Acompanhadas dos pais, muitas levaram cartazes confeccionados na véspera por elas mesmas com dizeres contra a corrupção e por educação e saúde de qualidade. Usando as mãos como pincéis e vários potes de tinta verde, amarela e azul, as crianças pintaram uma grande bandeira nacional em papeis colocados no chão do gramado em frente ao Congresso, enquanto cantavam o Hino Nacional e outras músicas cívicas.
Daniel Ribeiro, de 11 anos, fez um cartaz dizendo “Meu primeiro protesto - Brasil sem corrupção”, e falou dos motivos que o levaram à manifestação. “Eu acho que a gente está lutando para acabar com a corrupção, porque tem tanta corrupção que falta educação, transporte e saúde e não dão a importância que deveriam para isso. Não é pelos R$ 0,20 [da tarifa de ônibus] que nós estamos lutando, e sim pela mudança do país”.
Muitos pais aproveitaram o evento para ensinar aos filhos, na prática, o que são as mobilizações e para que servem. O bancário Rodrigo Pena de Andrade foi acordado esta manhã pela filha Maria Clara, de 6 anos, para ir ao ato. Por ser um movimento de crianças que acontece durante o dia, ele disse que foi a melhor oportunidade para que as filhas participassem do ato e pudessem assim formar uma consciência política do que acontece pelo país.
“Vendo o jornal todo dia, ela perguntava porque tanta gente estava na rua. Aí a gente parou para explicar um pouco a questão do público e do privado, que o pessoal está lutando para que aquilo que é público tenha o mesmo nível daquilo que é privado. Que ela estuda numa escola boa, mas que se só ela estudar numa escola boa, não vai mudar o país”, explicou Andrade, reforçando a importância da participação das famílias no processo político do país.
Os novos “brasileirinhos”, como estavam sendo chamados pelos pais, mostraram uma característica da nova geração e, perguntados pela reportagem da Agência Brasil, muitos responderam que souberam da manifestação pelas redes sociais e avisaram seus pais. A ideia surgiu com Raquel Fusaro, que criou uma página para o evento em uma rede social há quatro dias.
“A ideia foi criar um espaço para que as famílias pudessem mostrar a sua voz junto com suas crianças. É tanto um gesto das famílias estarem presentes, como ensinar para os nossos pequenos um ato cívico, que é uma manifestação pacífica. Mostrar a eles uma lição de que as ruas nos pertencem e temos que usá-las para fazer ouvir a nossa voz, nos fazer representar”, disse Raquel.

Às 11h, a Polícia Militar estimou que 400 pessoas estavam no gramado do Congresso, entre adultos e crianças, mas algumas que chegaram mais cedo já tinham ido embora e outras ainda chegavam. O céu de Brasília estava ensolarado e com poucas nuvens.


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