quinta-feira, 16 de abril de 2009

BAIXADA URGENTE

DIRETOR DA SUPERVIA CHAMA
PASSAGEIROS DE MARGINAIS

Enquanto a greve dos maquinistas, iniciada à Zero Hora de segunda-feira, deixa mais de 300 mil passageiros da Baixada sem trens, um diretor da Supervia, concessionária do transporte de passageiros, chamou os usuários, que tentavam embarcar nos poucos trens em circulação, de marginais. A declaração foi feita pelo diretor de Marketing da Supervia, José Carlos Leitão, em entrevista divulgada pela Globo News. Ele alegou que havia um princípio de tumulto na estação. “Convenhamos que quem segura as portas é marginal. Num momento desses não dá para chegar para a pessoa e pedir ‘por favor, o senhor gostaria de sair da porta?’”. Ele disse ainda que os passageiros forçam a abertura da porta, “que acaba quebrada, causando risco de acidentes para eles mesmos e para os demais passageiros”, acrescentou.
Já o governador Sérgio Cabral, cujo governo deveria fiscalizar os serviços da Supervia, através da Secretaria de Transportes (Julio Lopes) e diante da péssima repercussão do episódio, exigiu a demissão imediata dos funcionários flagrados pelas câmaras no momento do espancamento passageiros na estação de Madureira, mas não explicou o que pretende fazer para melhorar o transporte ferroviário, que pertence ao Estado, a única forma de evitar a superlotação.
Pela maneira como ocorreu o incidente e com base nas declarações do diretor da Supervia, os passageiros não têm dúvidas de que são transportados como gado em direção ao matadouro. O espancamento não foi um fato isolado, mas é um lamentável flagrante dos problemas enfrentados diariamente por 300 mil pessoas que dependem dos trens.

A VOLTA DA CHIBATA

Enquanto Sérgio Cabral e e o vice, Pezão, papeiam com o presidene da Superiva, Amin Murad, funcioníros da concessionárias chicoteiam os passageiros.

A GREVE CONTINUA
Diante da omissão do Governo, os Sindicatos dos Ferroviários vem alterando diariamente a pauta de reivindicações, o que dificulta o fechamento de um acordo e o encerramento da greve. Pelos temas pautados pelos ferroviários, a greve visa constranger a Supervia a readmitir servidores e mudar os parâmetros nas relações com os empregados.
Com isso, os passageiros, que já sofriam com os péssimos serviços da Supervia, agora têm de enfrentar ônibus superlotados, as vãs piratas e ainda perdem salário, com os atrasos diários na chegada ao trabalho.

A TORTURA DOS PASSAGEIROS
NA ESTAÇÃO DE GRAMACHO

Com poucos trens rodando, esse era o panorama em frente à estação de Gramacho, ponto de partida dos elétricos, na manhã desta quinta-feira.


Pelo menos no Gramacho os funcionários da Supervia não estavam armados de chicotes. Menos mal.

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