quinta-feira, 16 de setembro de 2010

BAIXADA URGENTE

JOSE DIRCEU ASSUME O
CONTROLE SOBRE DILMA
Numa palestra feita em Salvador num congresso de petroleiros ligados ao PT, o ex chefe da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu confessou que, com Dilma Rousseff no poder, o PT vai manda mais do que no Governo Lula. A franqueza com que o chefe do bando que está respondendo a processo no Supremo Tribunal Federal por conta do mensalão, surpreendeu o Governo e irritou o comando do PMDB, um condomínio liderado, entre outros, por José Sarney, Jader Babalho, Renan Calheiros, Fernando Collor e Moreira Franco, que pretendiam assumir, em definitivo, o comando do próximo governo com a eleição de Dilma Rousseff. Para garantir a partilha dos cargos, escolheram o deputado Michel Temer, o que garantiria o controle do governo pelos principais caciques do partido que já teve no seu comando figuras como Ulisses Guimarães, Tancredo Neves, Franco Montoro e Jarbas Vasconcelos.
Com as desastradas, porém sinceras declarações de José Dirceu, que chamou Dilma Rousseff de “companheira de armas”, sem explicitar que tipo de armas eles usavam, ficou claro para os eleitores que cada voto dado a Dilma, será revertido para José Dirceu, que voltará a ser a eminência parda como foi no Governo Lula, até que o também deputado cassado Roberto Jefferson denunciou a existência do mensalão, que era operado por um grupo ligado ao então chefe da Casa Civil. A demissão de Erenice Guerra, envolvida no escândalo do tráfico de influência e nepotismo, da chefia da Casa Civil, onde foi o braço direito e a substituta de Dilma Rousseff, dá bem uma mostra do que teremos a partir de 2011 com a ex guerrilheira “Estela” no comando do Poder Executivo.

ALEXANDRE E LAURY
JUNTOS CONTRA ZITO

No discurso que pronunciou no último sábado, na Praça do Pacificador, ao participar da carreta do ex vereador Laury Villar Filho, do PSDB, o deputado federal Alexandre Cardoso, presidente regional do PSB, que apóia a reeleição de Sérgio Cabral, convocou o eleitorado caxiense a proclamar a República de Duque de Caxias, acabando com “14 anos de imperialismo”, referindo-se explicitamente aos tres governos Zito, que começaram na eleição de 1996, sem deixar de fora nem o seu velho parceiro Washington Reis, candidato a deputado federal. O gesto de Laury Villar, ligando a sua candidatura a deputado estadual pelo PSDB aos destinos de Alexandre Cardoso, do PSB, lembra a decisão do conquistador espanhol Hernán Cortez, ao mandar queimar as caravelas, como forma de demonstrar para os seus soldados que não haveria como retornar à Espanha, só lhes restando lutar contra os astecas e conquistar o México.
As divergências entre Laury e Zito começaram com o apoio que o ex presidente da Câmara recebeu de Mazinho, atual presidente do legislativo municipal. Embora pertencendo ao partido presidido por Zito, Laury Villar não tem espaço no programa do PSDB no rádio e TV, muito menos nas placas distribuídas pelos amigos do prefeito pela cidade. Em recente reunião no antigo galpão no bairro Doutor Laureano, onde comandou a campanha de 2008, Zito deixou claro que só tinha compromisso de eleger a atual primeira dama, Claise Maria Zito para a Assembléia Legislativa, e reeleger a filha, a deputada federal Andréia Zito. Como na velha Roma, os dados estão lançados. Resta saber quem continuará a dar as cartas na política em Duque de Caxias. Afinal, o pano de fundo dessa disputa aparentemente paroquial é a Prefeitura em 2012. Só faltam dois anos para o embate final entre Zito e Mazinho.
Na carreata de sábado Laury, ao lado de Alexandre Cardoso e Mazinho, subiu o tom da campanha

RÁPIDAS

• A ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra (foto), pediu demissão do
cargo hoje (16). A informação foi dada na manhã desta quinta feira (16) pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, depois que Erenice se reuniu com o presidente Lula. Quem assume interinamente o comando da Casa Civil é o atual secretário executivo, Carlos Eduardo Esteves Lima.
• Baumbach leu a carta de demissão apresentada por Erenice. “Preciso agora de paz e tempo para defender a mim e à minha família, fazendo com que a verdade prevaleça, o que se torna incompatível com a carga de trabalho que tenho a honra de desempenhar na Casa Civil”, afirmava trecho do texto.
• Erenice deixa o governo por conta das recorrentes notícias veiculadas pela imprensa durante toda esta semana de envolvimento em supostos casos de tráfico de influência.
• No texto, Erenice voltou a se defender das denúncias. “Mesmo com todas as medidas por mim adotadas, inclusive a abertura dos meus sigilos telefônico, bancários e fiscal, a sórdida campanha para desconstituição da minha imagem, do meu trabalho e da minha família continuou implacável.”
• Dilma Rousseff, disse ontem (16) que o pedido de demissão apresentado
pela ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, “foi a atitude mais correta”. Dilma afirmou que “como o caso exige investigações, é sempre bom que a autoridade se afaste para garantir e assegurar que essa investigação transcorra da melhor forma possível”. A declarações da candidata foram concedidas em entrevista coletiva na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
• O nome da ministra da Casa Civil foi envolvido em denúncias desde a semana passada, que associaram seu filho, Israel Guerra, a pagamentos de propina e comissões em intermediações de contratos da Empresa de Transporte Aéreo MTA com os Correios e em um pedido de financiamento para uma empresa de energia ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
• Embora Erenice fosse considerada no Govrno como seu braço direito, Dilma disse que o caso não tem relação com a sua campanha e nem com ela. “Aonde está a prova de que eu esteja envolvida nesse caso? É importante, no Brasil, que a gente não perca a referência das conquistas da civilização de se provar que uma pessoa está envolvida, e não de ela provar que não está”. • A candidata disse que tomou conhecimento do caso pelos jornais. “Se é verdade o que os jornais estão dizendo, ele exige uma rigorosa investigação”. Sobre o projeto envolvendo o nome de Israel Guerra e do BNDES, ela disse que, “esse projeto de R$ 9 bilhões para 600 megawatts (MW) seria o projeto de energia mais caro do Brasil. Um projeto que teria 6% da energia gerada por Belo Monte e a metade do valor. Seria um dos mais caros projetos [do setor]. Se o BNDES recusou [o pedido de financiamento], fez muito bem”.
• Dilma acrescentou não ter conhecimento de o BNDES ter contratado projeto sem garantia de contrato de venda de energia em leilão. “A história me parece aquele caso de compra e venda de terreno na lua”, disse, após participar de almoço com empresários do setor de comércio e políticos fluminenses.
• A saída de Erenice Guerra do Governo ocorre num momento delicado da campanha da candidata do PT e repete o que ocorreu com o primeiro Chefe da Casa Civil do Governo Lula, o então todo poderoso José Dirceu, que acabou demitido pelo seu envolvimento no escândalo do mensalão, em que o governo usava recursos do Caixa Dois da campanha para atrair parlamentares para a base governista, como acabou denunciando o deputado cassado Roberto Jéferson, presidente do PTM, partido que apoiava Lula no Congresso.
• O governador do Distrito Federal, Rogério Rosso, divulgou nota nesta quinta-feira (16) anunciando a exoneração de Israel Guerra, filho de Erenice Guerra, e José Euricélio Alves de Carvalho, irmão da ex-ministra, dos cargos de confiança que ocupavam na Companhia Imobiliária do Distrito Federal (Terracap) e Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), respectivamente
• Mesmo antes do anúncio oficial de Erenice Guerra de deixar o comando da Casa Civil da Presidência da República, os partidos de oposição já tratavam o assunto como fato consumado. O PSDB, em nota, defendeu a saída da ministra como única forma de se dar continuidade às investigações. Já o líder do Democratas no Senado, Antonio Carlos Júnior (BA), afirmou que o demissão de Erenice Guerra não passa de uma tentativa do governo “de abafar um assunto” que deve ser investigado em profundidade.
• Desde domingo, quando a revista Veja publicou reportagem na qual relata suposto tráfico de influência no governo praticado por familiares da agora ex-ministra, outros veículos de comunicação passaram a apresentar uma série de denúncias envolvendo o nome de Erenice Guerra e sua família.
• Na nota, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra disse que “somente o afastamento da atual ministra-chefe da Casa Civil vai permitir a investigação séria, profunda, transparente e sem farsas, que o Brasil exige e o governo tem a obrigação de permitir”. ACM Júnior, por sua vez, destacou que “independente da saída [de Erenice] as investigações [das denúncias veiculadas pela imprensa] terão que ter continuidade tamanha a gravidade do assunto”.
• O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), por sua vez minimizou o assunto e afirmou que caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomar as decisões “doa a quem doer”, mas sem fazer julgamentos prévios. Vaccarezza ressaltou que as investigações, agora, devem ser conduzidas pela Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal.
• A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à quebra
do sigilo no andamento do inquérito relativo à Operação Mãos Limpas. A ação, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), investiga supostos desvios de dinheiro público no Amapá. A exceção são as informações relativas à interceptações telefônicas e documentos bancários e fiscais dos investigados.
• A manifestação foi encaminhada ao ministro João Otávio de Noronha, do STJ, o relator do caso. “Têm-se conferido a este inquérito o caráter de segredo de Justiça. Porém, não consta nos autos decreto de segredo de Justiça”.
• O subprocurador-geral Francisco Dias Teixeira, que assina o documento, disse que “nesta fase da investigação, não se verifica motivo fático nem razão jurídica para se impor o caráter de segredo de Justiça ao inquérito em geral”. Ele ainda afirmou que as informações que constituem prova de crime não estão na categoria de segredo, e que devem ir para os autos principais por meio de relatório da polícia, manifestação do Ministério Público ou decisão judicial.
• Mais uma vez, fiscais do Instituto Estadual do Ambiente (INEA) – antiga Feema – com apoio de policiais do Batalhão Florestal e da PM, interditaram nesta quarta feira (15) a Metalumínio 2000 Indústria e Comércio, que funcionava irregularmente no bairro Capivari, no segundo Distrito de Duque de Caxias.
• A empresa, que se dedicava a fundir alumínio e outros metais reciclados, não tinha tinha licença ambiental para atuar no município. Os donos da empresa foram detidos e, depois de ouvidos, liberados. A metalumínoio fica a poucos quilômetros da sede da Prefeitura e da Secretaria de Meio Ambiente, controlada pelo PT desde o Governo Washington Reis, órgão responsável pela emissão das licenças ambientais no município de acordo com a legislação que criou o INEA.
• Um princípio de incêndio atingiu na manhã desta quinta-feira (16) a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), operada pela Petrobras, na Baixada Fluminense. Segundo informações da assessoria de imprensa da estatal, o fogo começou às 7h e durou cerca de 20 minutos. O fogo foi controlado pela própria brigada de incêndio da refinaria, sem que houvesse a necessidade de acionar o Corpo de Bombeiros.
• Segundo a Petrobras, ninguém ficou ferido e a refinaria já está operando normalmente. Em nota, a Petrobras informou que as causas da emergência estão sendo avaliadas e que o abastecimento ao mercado não será afetado. O Corpo de Bombeiros confirmou que o Grupamento de Operações de Produtos Perigosos (Gopp), com sede em frente à refinaria, chegou a ser informado sobre o problema, mas não foi acionado pela estatal.
• Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estão na Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) para avaliar possíveis danos ambientais que possam ter ocorrido durante o princípio de incêndio que atingiu a unidade (16), como o vazamento de gás.
• A Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro já emitiu uma quantidade de segunda via ou reimpressão de títulos equivalente a 1,77% do eleitorado desde o
fechamento do cadastro eleitoral, em maio. Foram digitados aproximadamente 150 mil requerimentos de segunda via e 54 mil de reimpressão de títulos.
• Nos meses de julho e agosto, cerca de 1% dos eleitores em todo o Brasil fizeram a 2ª via ou a reimpressão de seus títulos, num total de aproximadamente 1,25 milhão de documentos expedidos em todo o país. O Estado do Rio ficou acima da média nacional, que registrou 1,34% de comparecimento do eleitorado no mesmo período, tendo sido emitidos cerca de 155 mil títulos.
• Para evitar filas no dia 23 de setembro, fim do prazo de emissão de título, as 249 Zonas Eleitorais do Rio de Janeiro vão funcionar, neste fim de semana, das 11h às 19h. A Unidade de Atendimento ao Eleitor, localizada na sede do Tribunal, na Avenida Presidente Wilson, 198, também vai ficar aberta no mesmo horário. A iniciativa é um reforço ao mutirão da Justiça Eleitoral em todo país, que divulga a obrigação de apresentar o título eleitoral e um documento oficial com foto na votação de três de outubro.
• Depois de sediar o campeonato nacional de karatê, Duque de Caxias se prepara para o 1º Open Caxiense de Kung Fu 2010, que será realizado no ginásio da Vila Olímpica neste domingo (19) a partir das 9h. O evento vai reunir as três maiores federações de kung Fu do Rio de Janeiro (Federação de Kung Fu Garra de Águia, Federação de Tai Chi Shan e Federação Wushu de Artes Marciais), com o objetivo de difundir a arte marcial chinesa e promover um intercâmbio entre os atletas.
• O kung Fu é um esporte que se baseia nos movimentos dos animais e da natureza. Essa é uma iniciativa do Instituto Cultural Brasil/China com apoio da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SMEL). Entre as categorias contempladas estão, juvenil (mais de 15 anos), adulto (mais de 18 anos) e sênior (acima de 35 anos), Mais de 150 atletas de artes marciais participarão do evento.
• Para Sidclei de Almeida, presidente do Instituto Cultural Brasil/China, é uma oportunidade de vivenciar a arte marcial chinesa. “Será um dia dedicado a cultura chinesa, voltada principalmente para as atividades típicas da região, como o kung fu e o tai chi chuan”, ressaltou Sidclei.
• Em contrapartida, o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Ânzelo Fernando, o Cascão, pretende mostrar que na Vila Olímpica do município, localizada na Rua Garibaldi s/nº, no bairro 25 de Agosto, tem espaço para todos os esportes. “Buscamos estimular o jovem, queremos incentivar o esporte em todas as suas vertentes”, afirmou Cascão. A entrada para assistir o campeonato será 1 kg de alimento não perecível, que será doado para famílias carentes

GABEIRA QUER RECONSTRUIR A
FERROVIA MAGÉ-PETRÓPOLIS

Depois de visitar Petrópolis, Fernando Gabeira irá nesta sexta feira a Magé, onde chegará às 9:00h à Praia de Mauá, quando tomará o café da manhã na “Tia Maluca”. O objetivo do candidato é discutir com os moradores do município a revitalização da estrada de ferro construída pelo engenheiro e visionário Irineu Evangelista de Souza, que ganharia do Imperador Pedro II o título de Barão de Mauá.
Na agenda do candidato consta uma caminhada em direção à extinta Estação de Guia de Pacobaíba, onde era feito o transbordo dos passageiros que vinham do Porto do Rio e atual Praça Quinze, em barcos que crizavam a Baía de Guanabara, dali seguindo de trem a vapor até Petrópolis.
Gabeira conta com apoio do Movimento de Preservação Ferroviária e da FPE – Associação Flulminense de Preservação Ferroviária, que defendem a reconstrução da Estrada de Ferro até Petrópois como forma de revitalizar o turismo naquela região, que inclui Guapimirim.
A primeira ferrovia do País foi inaugurada por D. Pedro II (Foto: Arquivo do C.E.José Veríssimo )

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