CHUVAS DEIXAM TRÊS
MORTOS NA BAIXADA
As chuvas dos
últimos dias deixaram pelo menos três mortos, um jovem desaparecido e centenas
de desalojados no estado do Rio de Janeiro. Na Baixada Fluminense, dois homens
morreram ao serem arrastados pelo Rio Botas, sendo um deles em Nova Iguaçu e o
outro em Belford Roxo. De acordo com boletim divulgado na tarde desta qujinta
(12) pela Secretaria Estadual de Assistência Social, os números de desalojados
são: 2 mil pessoas em Nova Iguaçu, 231 famílias em Mesquita e 11 famílias em
Queimados.
Em Japeri, quase
18 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelas chuvas. A nota divulgada
pela Secretaria de Assistência Social não informa, no entanto, o número total
de pessoas ou famílias que tiveram que deixar suas casas.
No norte
fluminense, o transbordamento de rios coloca em risco pelo menos seis
municípios: Laje do Muriaé, Itaperuna, Cardoso Moreira, Italva,
Porciúncula e Bom Jesus do Itabapoana. Nesse último município, a enxurrada
provocou o rompimento de uma tubulação que passa sob uma rodovia e,
consequentemente, fez uma cratera na pista.
O governo
fluminense anunciou que pagará o aluguel social, por 12 meses, para todas as
famílias que perderem suas casas em decorrência das chuvas. O valor do
benefício é R$ 500 por mês. Para solicitá-lo, é preciso apresentar identidade
(original e cópia), CPF (original e cópia), comprovante de residência do imóvel
afetado e laudo da Defesa Civil. (Agência Brasil)
►ÁGUAS COMEÇAM A
BAIXAR
O nível dos rios baixou em três municípios da
Baixada Fluminense e da Região Serrana, o que permitiu que essas cidades
saíssem do estágio de alerta máximo estabelecido pelo Instituto Estadual do
Ambiente (Inea). De acordo com o Inea, na Baixada Fluminense, o nível do Rio
Sarapuí recuou, permitindo que Mesquita e Nilópolis retornassem ao estágio de
atenção (o terceiro mais grave, abaixo de alerta máximo e do alerta, segundo a
escala do Inea).
Já em Petrópolis,
o nível baixou no Rio Quintandinha, permitindo que o município retornasse ao
estágio de atenção. O estágio de alerta máximo permanece para rios que cortam
oito municípios. Na Baixada Fluminense apenas o Rio Capivari, que corta Duque
de Caxias e Belford Roxo, permanece em alerta máximo.
Já no norte fluminense,
o alerta máximo permanece para os rios Muriaé (que corta Laje do Muriaé,
Itaperuna, Italva e Cardoso Moreira), Carangola (que passa por Porciúncula) e
Itabapoana (que corta Bom Jesus do Itabapoana). (Agência Brasil)
►SECRETARIA DE SAÚDE SOCORRE A
BAIXADA
A Secretaria
Estadual de Saúde do Rio de Janeiro enviará medicamentos e folhetos
informativos sobre a prevenção de doenças para os municípios de Nova Iguaçu,
Queimados e Japeri, os mais atingidos na Baixada Fluminense pelas fortes chuvas
que caem desde a chegada de uma frente fria ao estado, no início da noite de ontem
(10).
Ao todo, serão
enviados 12 mil frascos de hipoclorito de sódio (desinfetante, serve para
purificar água), mil doses de vacina contra tétano e difteria, além de 9,3 mil
folhetos informativos para prevenção de doenças, como leptospirose e dengue, entre
outras ações.
Somente para o
município de Nova Iguaçu, onde o prefeito Nelson Bornier decretou estado de
calamidade e existem cerca de 2 mil desalojados e desabrigados, serão enviados kits de emergência, 6 mil frascos de
hipoclorito de sódio e mil doses de vacina contra tétano e difteria.
Segundo as
informações do Palácio Guanabara, cada kit
tem capacidade para atender a 500 pessoas e contém medicamentos para a atenção
básica, antibióticos, hipoclorito de sódio, ataduras, cateteres, luvas,
máscaras descartáveis e seringas. Japeri e Queimados vão receber 3 mil frascos
de hipoclorito de sódio, cada. Todas as três cidades receberão, também,
materiais informativos.
Nos três
municípios, a Secretaria de Saúde conta com um plano de contingência que inclui
uma unidade de resposta rápida – dedicada a surtos e emergências – e ações de
técnicos das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental, que atuam na
contenção de doenças e na vistoria da qualidade da água nos locais atendidos.
A Secretaria
Estadual de Saúde alerta para o fato de que enchentes causam doenças
principalmente no período posterior às chuvas, a exemplo da leptospirose –
transmitida quase sempre pela urina de rato e que tem alta taxa de letalidade,
ocorrendo, geralmente, quando as pessoas começam a limpar suas casas e têm
contato com a água e a lama contaminadas pela bactéria leptospira. (Agência Brasil)
►ABRIGOS DE QUEIMADOS FICAM
LOTADSO
Em colchonetes
improvisados na Escola Municipal Metodista, em Queimados, Sandra Silva, de 42
anos passou a noite (11) preocupada em conseguir os remédios para depressão e
ansiedade. Todos os móveis de sua casa, no bairro Santa Rosa foram destruídos pela
chuva que caiu na quinta-feira (5). Depois das chuvas desta quarta (11) a
família teve que deixar a casa por prevenção.
"Estou em
tratamento psiquiátrico" conta ela com o neto mais novo de 3 meses nos
braços. Além desse, mais três netos, dois filhos, um genro, uma nora e
marido moravam em casas vizinhas, mas todos fazem parte das 66 pessoas que
passaram a noite em abrigos.
"Depois da
primeira chuva, perdemos tudo mas continuamos em casa, dormindo no chão. Só na
chuva de ontem (11) que vieram dizer que era perigoso ficar aqui", disse.
O secretário de
Assistência Social do município, Elton Teixeira destaca que as pessoas que
estão nos abrigos receberão aluguel social e terão prioridade para entrar no
Minha Casa, Minha Vida.
"A cidade
teve as duas piores chuvas de sua história em cinco dias. Inicialmente tivemos
6 mil famílias afetadas diretamente pela chuva, com perdas materiais. Fizemos
um trabalho de recomposição e limpeza da cidade. E anteontem tivemos uma forte
chuva que praticamente fez o trabalho ter que começar do zero", explicou.
Em Japeri, cidade
vizinha - 42 pessoas estão desabrigadas e 5 mil desalojadas pela chuva,
já começam a voltar para suas residências. Escolas, postos de saúde e igrejas
estão servindo como abrigo e pontos de coleta de doações. (Agência Brasil)
►ÁREA INDUSTRIAL VOLTA AO
NORMAL
A situação já se
estabilizou na área industrial da Baixada Fluminense, após a chuva que castigou
fortemente a região nos últimos dois dias, provocando inundações e prejuízos
para moradores e empresas, disse nesta quinta (12) à Agência Brasil o
vice-presidente da representação da Federação das Indústrias do Estado do Rio
de Janeiro (Firjan) na região e presidente da Associação de Indústrias de
Queimados, Marcelo Kaiuca.
“Ontem (terça) foi
um ponto fora da curva”, avaliou o empresário. Devido às enchentes que
ocorreram em vários municípios da Baixada Fluminense localizados ao longo da
Rodovia BR-116, a Via Dutra, que liga os estados do Rio de Janeiro e São Paulo,
o índice de faltas de empregados nas indústrias locais atingiu em torno de 30%,
comprometendo a distribuição de produtos.
Segundo informou
Kaiuca, as indústrias da Baixada Fluminense não conseguiram entregar ontem (11)
10% do que é carregado em dias normais pelos caminhões. “Foi um dia
catastrófico, um prejuízo muito grande”, acrescentou.
Marcelo Kaiuca
assegurou que a perda sofrida pelas indústrias “é irrecuperável”. O mês de
dezembro tem um número de dias úteis menor que os demais meses, em função das
festas do Natal e do Ano-Novo. “E o que acontece é que nos dias que você tem
para trabalhar melhor, você não consegue. Não recupera mais [a perda sofrida]”,
disse.
Hoje (12), apesar
de ainda estar chovendo no Rio de Janeiro, o empresário informou que as
indústrias da Baixada Fluminense retomaram as entregas e os funcionários
puderam comparecer aos locais de trabalho, sem problemas.
A Firjan tem cerca
de 11 mil associados em todo o estado. Somente no Distrito Industrial de
Queimados estão instaladas 23 empresas, entre as quais Gerdau, Artsul, P&G,
Weber, Deca, Kaiser, NKS, Multibloco, Piraquê, Ortobom, Duratex e Burn. Até o
final de 2014, a previsão é que esse polo abrigue 40 indústrias de todos os
portes, de diversos ramos de atividade. (Agência Brasil)
►MP DENUNCIA JULIO LOPES
O Ministério
Público do Estado do Rio de Janeiro ajuizou esta semana uma ação civil pública
contra o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, o presidente da
Companhia Estadual de Engenharia de Transportes e Logística (Central), Carlos
Eduardo Carneiro Macedo, e a diretora de Engenharia e Operação da empresa, Ana
Carolina Vasconcelos, por improbidade administrativa.
Para o Ministério
Público, eles são responsáveis pelo acidente ocorrido com um dos bondes do
bairro de Santa Teresa, em agosto de 2011. O acidente resultou na morte de seis
pessoas e deixou 57 feridas e motivou a paralisação, que permanece até hoje,
dos tradicionais bondes, meio de transporte dos moradores e atração turística
do bairro.
“Tratava-se de
tragédia anunciada, pois, ao longo dos anos, o que se verificou foi a paulatina
degradação das atividades e equipamentos empregados no serviço de transporte
prestado pelo sistema de bondes operado no bairro de Santa Teresa”, diz o
promotor Alberto Flores Camargo em trecho da ação, na qual requer o
ressarcimento integral do dano causado ao patrimônio público, estimado em R$ 6
milhões e 312 mil, e dos danos morais coletivos.
A ação também
propõe a perda da função pública dos acusados e a suspensão de seus direitos
políticos pelo período de cinco a oito anos.
►MP ABRE 7º PROCESSO CONTRA PEZÃO
A
Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro propôs ação contra o
vice-governador Luiz Fernando Pezão, o prefeito de Magé, Nestor Vidal, e o
deputado estadual Rosenverg Reis – os três do PMDB – por propaganda eleitoral
antecipada no lançamento das obras do programa Bairro Novo, em Magé, em 11 de
setembro. Baseada num vídeo feito pela equipe de fiscalização da Justiça
Eleitoral, o MPE pede que o Tribunal Regional Eleitoral multe os políticos em
até R$ 25 mil (Lei 9.504/97, art. 36, § 3º). A representação é a sétima contra
Pezão por antecipação de campanha.
Na ação, o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro relata que os discursos dos três políticos, para um público estimado em mil pessoas, serviram a uma futura candidatura de Pezão a governador. Ao comentar o asfaltamento de ruas em Praia do Mauá que começaria no dia seguinte, o vice-governador se referiu à obra como uma realização pessoal (“Então é um prazer estar aqui transferindo essa obra pra você. Tome conta. Eu tô pedindo”) e se prontificou a fazer mais (“Nós vamos fazer mais. Vamos lá pra Piabetá, fazer em Piabetá também”).
O prefeito de Magé e o deputado estadual também discursaram enaltecendo as qualidades de Pezão, citado como “padrinho” da gestão de Vidal “desde o primeiro momento”. Já o deputado Rosenverg Reis apresentou o político como governador: “Quero aqui cumprimentar o nosso governador Pezão (…) [e] nosso governador Sérgio Cabral. Que o Estado do Rio de Janeiro tem dois governadores que trabalham dia a dia, à noite e à tarde que é o Sérgio Cabral e o nosso governador Pezão”.
“O flagrante desrespeito às normas eleitorais ganha mais relevo quando se verifica que Pezão utiliza-se, reiteradamente, do programa de governo Bairro Novo para se aproximar da população para propagar a sua futura candidatura”, declara o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro, que anexou aos autos documentos que comprovam o uso eleitoral da atividade de governo. “Há atos potencialmente danosos à igualdade na competição eleitoral mesmo quando divulgados mais de um ano antes das eleições.”
Na ação, o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro relata que os discursos dos três políticos, para um público estimado em mil pessoas, serviram a uma futura candidatura de Pezão a governador. Ao comentar o asfaltamento de ruas em Praia do Mauá que começaria no dia seguinte, o vice-governador se referiu à obra como uma realização pessoal (“Então é um prazer estar aqui transferindo essa obra pra você. Tome conta. Eu tô pedindo”) e se prontificou a fazer mais (“Nós vamos fazer mais. Vamos lá pra Piabetá, fazer em Piabetá também”).
O prefeito de Magé e o deputado estadual também discursaram enaltecendo as qualidades de Pezão, citado como “padrinho” da gestão de Vidal “desde o primeiro momento”. Já o deputado Rosenverg Reis apresentou o político como governador: “Quero aqui cumprimentar o nosso governador Pezão (…) [e] nosso governador Sérgio Cabral. Que o Estado do Rio de Janeiro tem dois governadores que trabalham dia a dia, à noite e à tarde que é o Sérgio Cabral e o nosso governador Pezão”.
“O flagrante desrespeito às normas eleitorais ganha mais relevo quando se verifica que Pezão utiliza-se, reiteradamente, do programa de governo Bairro Novo para se aproximar da população para propagar a sua futura candidatura”, declara o procurador regional eleitoral Maurício da Rocha Ribeiro, que anexou aos autos documentos que comprovam o uso eleitoral da atividade de governo. “Há atos potencialmente danosos à igualdade na competição eleitoral mesmo quando divulgados mais de um ano antes das eleições.”
►QUANTO CUSTA A SEGIRANÇA
DE COLLRO
O senador Fernando Collor de
Melo (PTB/AL) gasta todos os meses cerca de R$ 20 mil com segurança privada.
Desde o início do ano, R$ 230,2 mil já foram desembolsados pelo Senado Federal
para ressarcimento do valor pago pelo parlamentar por meio da verba
indenizatória.
Collor, no entanto, já utiliza
os serviços de segurança prestados pela Presidência da República, por ser
ex-presidente. O senador tem o direito de indicar até quatro servidores cedidos
pelo Executivo Federal para exercer funções de segurança e apoio pessoal. De
acordo com a Presidência, todos os ex-presidentes fazem uso de servidores para
proteção.
Há um mês o Contas Abertas tem
tentado entrar em contato com a assessoria do parlamentar, sem sucesso. O
assessor Joberto Sant’Anna não respondeu nenhum dos e-mails encaminhados ao
gabinete e nunca atendeu ou retornou as ligações realizadas pela reportagem.
Em 2009, Collor afirmou ao
jornal Folha de S. Paulo que utiliza a verba indenizatória para arcar com a
segurança de sua residência, desde que assumiu o cargo, em fevereiro de 2007.
Conhecida como Casa da Dinda, no entanto, a casa localizada na beira do Lago
Paranoá, área nobre de Brasília, é frequentada apenas nos fins de semana ou
feriados. O parlamentar mora em um apartamento funcional do Senado. Na época,
indagado se os serviços prestados pela Presidência não seriam suficientes para
sua segurança, Collor desconversou: “Você está entrando em outra área”.
Os serviços são prestados pela
Cintel Service, empresa do Distrito Federal responsável por serviços na área de
conservação, limpeza e segurança – o que inclui homens armados e uniformizados
e alarmes.
O senador José Sarney, também
ex-presidente, faz uso dos serviços de segurança da Presidência a que tem
direito, mas não gasta a verba indenizatória com proteção pessoal. Questionada
se os ex-presidentes presidentes podem abrir mão de requisitarem os servidores,
a Presidência afirmou que sim, mas não existe a possibilidade de reembolso de
despesas com seguranças particulares. (Contas Abertas)
►OUTROS PROTEGIDOS
Além de Collor, outros 11
senadores utilizaram a verba indenizatória para a contratação de serviços de
segurança privada. O senador Lobão Filho (PMDB/MA) foi reembolsado em R$ 44 mil
este ano. Os gastos do parlamentar foram de cerca de R$ 5 mil por mês em
segurança armada para o escritório político dele. José Agripino (DEM/RN) pagou
R$ 40 mil em 2013 para a contratação de agente de segurança para sua
residência. Sodré Santoro (PTB-RR), suplente do senador Mozarildo Cavalcanti
(PTB-RR) gastou R$ 16 mil com serviços de proteção. Kátia Abreu (PMDB/TO) e
João Capiberibe (PSB/AP) foram ressarcidos em R$ 14,8 mil e R$ 13,5 mil
respectivamente. (Contas Abertas)
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