domingo, 23 de março de 2014

PRESIDENTE DO PPS COMPARA GOVERNO
DILMA AO PLANO CRUZADO DE SARNEY 
O deputado Roberto Freire, presidente do PPS, trouxe para o debate político a expressão “estelionato eleitoral”, que ele utilizou para qualificar a promessa da presidente Dilma Rousseff, de reduzir as tarifas de energia elétrica em até 20% em 2013, sem se preocupar se as empresas geradoras e distribuidoras tinham recursos disponíveis para cobrir esse “rombo de caixa”. Para ilustrar o seu pensamento sobre comportamento eleitoreiro do atual governo, Roberto Freire foi buscar na história recente do País um exemplo mais do que doloroso, que foi o Plano Cruzado do Governo de José Sarney, que passou o cargo ao presidente eleito Fernando Collor de Melo com uma inflação de 85% nos prieemrios 15 dias de março de
1990.
Em artigo publicado no diário eletrônico “Brasil/247”, de sexta-feira (21), Freire explica o que seria o estelionato eleitoral” de Dilma.
"Ao vender aos brasileiros a ilusão da conta de luz mais barata, Dilma e o PT alimentaram uma fantasia e potencializaram o desperdício de energia. Quando a estiagem tomou conta do país, a presidente se absteve de encampar um movimento pelo consumo consciente. O resultado, inapelável, é a média de cinco apagões por mês desde o início de seu governo.
O estelionato eleitoral nos remete ao fracasso do Plano Cruzado, lançado pelo presidente José Sarney em 1986 para combater a inflação. Na época, o governo congelou os preços, o que levou ao controle inflacionário nos primeiros meses. O congelamento não foi revisto justamente por causa do processo eleitoral, contrariando as recomendações de muitos economistas, inclusive de alguns ligados ao governo. Com o passar do tempo, começou a faltar mercadoria nos supermercados - já que muitos empresários retiraram seus produtos das prateleiras porque não podiam reajustá-los -, resultando em desabastecimento e na escalada da inflação. Ao fim e ao cabo, o uso político da economia trouxe um enorme prejuízo ao país. 
O setor elétrico enfrenta, há anos, uma crise agravada recentemente pela falta de chuvas. O PT chegou ao poder como crítico implacável dos equívocos cometidos por FHC na área de energia, mas revelou despreparo e incompetência como nunca antes neste país - para usar expressão ao feitio de Lula. Dilma, preocupada em não perder votos, só adia uma tragédia anunciada, mas cedo ou tarde a bomba explodirá. E quem pagará a conta, literalmente, será o povo brasileiro.

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