domingo, 4 de maio de 2014

TERMINAL MULTIMODAL DO
RIO SERÁ EM QUEIMADOS 
O governo do estado do Rio de Janeiro decidiu retomar o uso de ferrovias para o transporte de cargas. Nesta quarta-feira (30) foi anunciado o início da construção do primeiro terminal multimodal ferroviário do estado. A opção é uma alternativa para desafogar o tráfego nas principais rodovias e interligar indústrias aos portos fluminenses.
A um custo de R$ 240 milhões, o terminal multimodal será implantado no município de Queimados, na Baixada Fluminense, com capacidade para transportar 2 milhões de toneladas de produtos de alto valor agregado, como petroquímicos, têxteis e automobilísticos.
De acordo com a subsecretária da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado do Rio, Dulce Ângela Arouca, Queimados foi escolhido pela proximidade estratégica com o Arco Metropolitano -  via expressa prevista para ser inaugurada antes da Copa do Mundo – que integrará os municípios metropolitanos, sem a necessidade de os veículos precisarem cruzar as cidades. Dessa forma, será possível integrar os municípios de Itaboraí, sede do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) com o porto instalado em Itaguaí.
“Retomar a ferrovia é bastante importante, porque estamos falando do transporte de carga de alto valor agregado, estamos falando de riqueza e de empregos”, declarou Dulce.  Segundo ela, toda a malha ferroviária já está pronta e será apenas reativada para o uso em grande escala.
O terminal multimodal ferroviário terá impacto também sobre os municípios de Nova Iguaçu e Japeri, que junto com Queimados têm um dos menores Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio. Nessas cidades está prevista a contratação de 1,3 mil profissionais.
Operado pela empresa Muito Logística Multimodal, o terminal está previsto para funcionar em 2015, com capacidade de carregar cerca de 120 mil contêineres e reduzir o fluxo nas estradas em cerca de 100 mil caminhões. Na mesma época está prevista a entrada em funcionamento do terminal interligado em Mogi das Cruzes, em São Paulo, integrando a malha ferroviária do Sudeste.(ABr)

►CONTA-PETRÓLEO TEM DÉFICIT DE US$ 6 BI
A conta-petróleo, que mostra as exportações e importações de petróleo e derivados, está deficitária em US$ 6 bilhões no primeiro quadrimestre deste ano. Apesar do saldo negativo, o desempenho é melhor que o registrado no mesmo período de 2013, quando havia déficit de US$ 8,5 bilhões. Houve melhora nas exportações da commodity, que cresceram 9,1% de janeiro a abril ante o mesmo período do ano passado. A maior parte do crescimento concentrou-se em abril, com alta de 27% nas vendas externas na comparação com igual mês de 2013. Sem o petróleo, a balança comercial, negativa em US$ 5,56 bilhões no ano, estaria positiva em US$ 493 milhões.
No ano passado, o petróleo foi responsável por vários resultados negativos na balança comercial. A parada para manutenção de plataformas brasileiras e o aumento da demanda interna por combustíveis contribuíram para queda nas vendas e alta nas importações brasileiras. No início de 2013, a balança também sofreu o impacto de importações tardiamente registradas do produto, em função de uma mudança nas regras da Receita Federal. Para 2014, o governo anunciou normalização da situação, o que ainda não ocorreu completamente. O secretário de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Daniel Godinho, disse na sexta-feira (2), ao comentar os resultados da balança comercial em abril, que a situação atual da conta-petróleo está de acordo com as expectativas do governo. “É coerente com o que nós vínhamos anunciando”, disse.(ABr)

►ONS SUGERE CORTE NA OFERTA DE ENERGIA
Diante da falta de chuva e da queda dos níveis dos reservatórios da hidroelétricas, que fornecem 65% da energia elétrica consumida no país, técnicos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) têm defendido um corte imediato de 3 mil a 4 mil megawatts (MW) médios no abastecimento de energia do país. O montante equivale a cerca de 4% a 6% da carga diária de eletricidade do sistema interligado nacional.
Para o ONS, que já levou recomendação nesse sentido à presidente Dilma Rousseff, isso seria capaz de elevar em oito a dez pontos percentuais o nível dos reservatórios ao término do período seco (fim de novembro).
O problema, mais uma vez, depende da difícil escolha da presidente: na redução voluntaria do consumo por parte da indústrias, haveria queda de produção, com impacto nos custos e até no nível de emprego. No segundo casso, será que a candidata Dilma Rousseff aconselharia a presidente Dilma Rousseff a racionar o consumo de energia na hora da nova das nove ou do futebol, exatamente na Copa do Mundo?

►MANTIDA A REDUÇÃO DA VAZÃO EM REPRESAS
A Agência Nacional de Águas (ANA) prorrogou até 31 de julho a redução da água que é liberada pelos reservatórios de Sobradinho e Xingó, no Rio São Francisco. Com isso, ambos continuam autorizados a liberar a partir de 1.100 metros cúbicos por segundo em vez do patamar mínimo de 1.300 metros cúbicos por segundo.
Segundo a agência, a medida visa a garantir a produção de energia do Sistema Nordeste e atender ao uso múltiplo dos recursos hídricos por causa do menor volume de chuvas na bacia do São Francisco nos últimos anos. Desde a Resolução nº 442, de 8 de abril de 2013, está em vigor o patamar de 1.100 metros cúbicos por segundo.
De acordo com a resolução, a Companhia Hidroelétrica do São Francisco, responsável por aplicar a redução temporária, está sujeita à fiscalização da agência e deve dar publicidade de informações técnicas da operação aos usuários da bacia e ao Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco.
Audiência pública promovida pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado, no dia 2 de abril, debateu a redução da vazão do Rio São Francisco que tem afetado a atividade econômica e a população no Nordeste. Setores como a agricultura, prejudicada pela menor disponibilidade de água para irrigação, a navegação e a pesca têm sofrido prejuízos devido à queda do nível do São Francisco. (ABr)

►EX-DIRETOR DA PETROBRAS DE VOLTA À PF
O juiz Sergio Fernando Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, determinou o retorno do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa para a carceragem da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A medida foi tomada para garantir a integridade física de Costa, investigado na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Após ser preso, o ex-diretor permaneceu na carceragem da PF até decisão do juiz, que prorrogou a prisão dele, após receber denúncia por suspeitas de fraudes em contratos da Petrobras. Depois da decisão, Paulo Roberto Costa foi transferido para o Presídio de Piraquara, em Curitiba. O magistrado ainda vai julgar um pedido para transferi-lo para o Presídio Federal de Catanduvas.
Deflagrada no dia 17 de março, a Operação Lava Jato desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), os acusados movimentaram mais de R$ 10 bilhões.
Segundo a polícia, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas, além de desvio de recursos públicos.
A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro. (ABr)

►VINHO GAÚCHO SOB SUSPEITA
BEBIDA PERIGOSA
Treze vinícolas são investigadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por adulterar vinhos com antibióticos no Rio Grande do Sul. O fungicida natamicina era usado como conservante, o que é ilegal. Segundo José Fernando Werland, chefe do Serviço de Inspeção de Alimentos de Origem Vegetal do ministério no estado, a substância é autorizada para uso em capas de queijos e salames. A adulteração foi detectada por testes realizados por laboratórios do Ministério da Agricultura em 2013.
De 54 empresas testadas, foram detectadas alterações em vinhos da Gilioli, Casa Motter, Indústria e Comércio de Bebidas Del Colono, São Luiz, Vinhos Bampi, VT Vinhos, Cooperativa Vitivinicola, Vinícola Victor Emanuel, Santini, Capelleti, Adega Silvestri. I.A Sandi e Indústria de Comércio de Bebidas CMS. No total, existem 680 indústrias de vinho no Rio Grande do Sul.
A presença do antibiótico foi constatada em lotes de vinhos de mesa suaves. Procurada, a Associação Gaúcha de Vinicultores (Agavi) informou que condena a ação das empresas. O diretor da entidade, Darci Dani, disse que é do interesse do setor identificar os envolvidos e as falhas no processo de produção. (ABr com informações da TVE-RS)

►GOVERNO INVESTIGA CASO DA VACA LOUCA EM MT
O Ministério da Agricultura informou na sexta (2) ter recebido do laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a confirmação de um caso de encefalopatia espongiforme bovina, conhecida como doença da vaca louca, registrado num frigorífico do grupo JBS/Friboi, em Mato Grosso. Ainda falta saber se o caso apresentado é um caso atípico ou um caso clássico. O laboratório, que funciona na Inglaterra, deve encaminhar o diagnóstico no final da próxima semana.
Exames realizados no Laboratório Nacional Agropecuário de Pernambuco concluíram que é um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. O caso clássico, o mais perigoso, envolve contaminação por intoxicação alimentar e, segundo o ministério, não há indícios de que isso tenha ocorrido.
Para confirmar que o caso é atípico, foram identificados 49 animais nascidos um ano antes e um ano depois do registro da vaca louca. Mas as amostras de todos deram negativo para a doença. O resultado faz o ministério acreditar que a vaca contraiu a doença por velhice e não por intoxicação. (ABr)

►JBS/FRIBOI EXPLICA O CASO DE VACA LOUCA
O Frigorífico JBS/Friboi deu explicações aos investidores em ações sobre a suspeita de um caso de encefalopatia espongiforme bovina, popularmente conhecida como doença da vaca louca, em uma unidade em Mato Grosso. A empresa enviou comunicado à Comissão de Valores Mobiliários, no qual diz que é o mesmo caso divulgado pelo Ministério da Agricultura na semana passada.
Para Miguel Gularte, presidente da JBS Mercosul, o caso não deve representar impacto nas exportações brasileiras ou no consumo de carne no mercado interno. De acordo com o Ministério da Agricultura, a suspeita é que se trate de um caso atípico, quando a doença surge de forma esporádica e espontânea, e não está relacionada à ingestão de ração contaminada. Segundo ainda o ministério, o animal sob suspeita, que tinha idade avançada (12 anos), foi criado no pasto com sal mineral.
A carne não chegou a entrar no mercado de consumo. A nota da JBS/Friboi afirma que o frigorífico onde foi identificada a suspeita conta com a presença diária de fiscais agropecuários federais. “A rígida fiscalização sanitária e a capacidade técnica da equipe impediu o que o produto chegasse ao consumidor final, garantindo total controle sanitário e ambiental”, diz o texto.
No ano passado, após a confirmação de um caso de doença da vaca louca em um animal morto em 2010 em Sertanópolis (PR), vários países suspenderam a compra da carne brasileira, embora também se tratasse de EEB atípica.(ABr)

►O PORRE VAI CUSTAR MAIS CARO
Um dia depois de anunciar aumento de tributação sobre as bebidas frias (cervejas, refrigerantes, isotônicos e refrescos), a Receita Federal admitiu erro de divulgação nas tabelas e confirmou que o impacto para o consumidor será maior do que o previsto. Em nota oficial, o órgão informou que os preços subirão, em média, 2,25% para o consumidor final, e não 1,3% como divulgado na terça (29).
A tabela com a atualização dos preços de referência, usados para calcular o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o PIS/Cofins das bebidas, foi publicada na quarta (30) no Diário Oficial da União com números diferentes dos divulgados aos jornalistas. Depois de questionamentos ao longo do dia, a Receita esclareceu que os números que saíram no Diário Oficial são os corretos.
No comunicado, a Receita admitiu que os números foram ajustados e que houve erros na divulgação das tabelas. “A Receita Federal esclarece que foram constatadas inconsistências nas informações divulgadas à imprensa acerca dos valores de bebidas frias. Após ajustes na planilha divulgada, o montante de variação dos preços estimados no varejo aos consumidores poderá ser até 2,25%, em média, e não 1,3%”, esclareceu o texto.
As novas tabelas com os preços das bebidas só entrarão em vigor em junho. Ao anunciar o reajuste das tabelas, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, informou que o aumento de tributos renderia R$ 1,5 bilhão a mais para o governo neste ano. Segundo o órgão, a previsão está mantida.
Em entrevista coletiva para fazer o balanço da entrega da declaração do Imposto de Renda, o secretário da Receita havia se recusado a comentar a diferença entre as tabelas. Ele informou apenas que o órgão emitiria um posicionamento até o fim da noite.
Desde 2008, as bebidas são tributadas conforme modelo misto que envolve uma tabela de preços no varejo, de acordo com o volume e o tipo de embalagem. Sobre os valores é aplicada uma alíquota, que não incide sobre 100% do preço, mas sobre um redutor, hoje equivalente a 30% do preço, e esse redutor será reajustado, gradativamente, para 52,5% do preço final até 2015.
No início de abril, o governo havia reajustado o redutor, o que provocou aumento médio de 0,4% no preço das bebidas e renderá R$ 200 milhões para o governo em 2014. Ontem, o governo elevou os preços de referência, cuja tabela estava desatualizada desde maio de 2012, com base em preços de outubro de 2011, elevando a arrecadação em mais R$ 1,5 bilhão.
Ao anunciar o socorro para o setor elétrico, em março, o governo havia informado que aumentos de impostos seriam usados para cobrir o aporte de R$ 4 bilhões ao fundo que financia a redução das tarifas do setor elétrico. No entanto, ontem à noite, Barreto alegou que as tabelas dos preços das bebidas foram atualizadas segundo critérios técnicos. (ABr)

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