POPULAÇÃO
CARCERÁRIA DO PAÍS
SÓ
PERDE PARA A CHINA E EE.UU.
Levando
em conta as prisões domiciliares, que apareceram na mídia em decorrência das
condenações de figuras de proa do PT e partidos aliados do Governo envolvidos
na ação penal nº 470, mais conhecido com o “Processo do Mensalão do PT”, um
estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o Brasil passa a ter a
terceira maior população carcerária do mundo, só ficando atrás da China e dos
Estados Unidos. Além disso, é também possível calcular um novo déficit de vagas
no sistema. Atualmente, o país possui cerca de 357 mil vagas em penitenciárias
e abrigam 206 mil presos a mais. Esse déficit atinge 354 mil vagas se
considerado os presos que estão em domicílio.
“Se
contarmos o número de mandados de prisão em aberto, de acordo com o Banco
Nacional de Mandados de Prisão – 373.991 –, a nossa população prisional
saltaria para 1,089 milhão de pessoas”, afirmou o conselheiro da CNJ Guilherme
Calmon.
De
acordo com o último Funpen em Números, “os repasses do fundo são classificados
como transferências voluntárias, ou seja, não decorrem de obrigação
constitucional ou legal e dessa forma, suas dotações orçamentárias fazem parte
da chamada base contingenciável que o governo federal dispõe para obtenção do
superávit primário”.
Segundo
o relatório, publicado pelo próprio Ministério da Justiça, o contingenciamento
das verbas do fundo impede que os seus objetivos sejam alcançados. O controle
dos recursos a serem gastos para que possa ser atingida a meta de superávit
todo o ano, é realizado por meio do Decreto de Contingenciamento dos
ministérios da Fazenda e Planejamento.
A norma
dispõe sobre a programação orçamentária e financeira e estabelece o cronograma
de desembolso do Poder Executivo. “A diferença entre o Orçamento Autorizado e o
Orçamento Utilizado representa o crédito orçamentário que não pôde ser
utilizado em razão do contingenciamento”, explica o Funpen em Números. Este
ano, R$ 151,8 milhões estão “parados” na Reserva de Contingencia.
O
assunto sobre segurança pública, que abarca a discussão sobre o sistema
penitenciário brasileiro, esteve em pauta em todos os debates, desde os
realizados no primeiro turno. No último debate realizado, apenas entre os dois
candidatos que disputam o segundo turno, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves
(PSDB), houve troca de acusações sobre a segurança pública.
Aécio
criticou a gestão de Dilma por conta do alto número de assassinatos de jovens
no país e indagou as razões pelas quais, segundo ele, apenas 0,3% o orçamento
em segurança pública foi aplicado.
A
candidata petista, fazendo uso de dados oficiais do Mapa da Violência, retrucou
ao afirmar que o número de jovens assassinados cresceu durante a gestão do
peessedebista em Minas Gerais, com aumento de 52,3% dos homicídios entre 2002 e
2012. É possível verificar tais dados no Mapa da Violência 2014, que trabalha
com os dados de homicídios do período em questão.
Abrangidos
os anos em que Aécio assumiu o governo do estado, no entanto, houve diminuição.
Em 2003, foram 3.822 homicídios; em 2004, 4.241 homicídios; em 2005, 4.208
homicídios; em 2006, 4.155 homicídios; em 2007, 4.103 homicídios; em 2008,
3.869 homicídios; em 2009, 3.714 homicídios; e em 2010, 3.627 homicídios.
Houve, então, uma alta de 28,4% os homicídios em seu primeiro ano de governo,
já que em 2001, os assassinatos em Minas Gerais foram 2.977. Depois, baixas constantes,
até a taxa de homicídios voltar a subir em 2011.
Dilma
ainda exaltou sua proposta de atuação em conjunto dos mecanismos de
inteligência e tecnologia de segurança do Estado para impedir que o crime
organizado assuma liderança. Em resposta, Aécio disse que isso deveria ter sido
feito antes e não apenas para a Copa do Mundo. (Com Contas Abertas)
Nenhum comentário:
Postar um comentário