segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

JANOT NÃO QUER SEGREDO
DE JUSTIÇA NO PETROLÃO 
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai defender que os inquéritos contra políticos com mandato – governadores, deputados e senadores – e que serão enviados ao Supremo Tribunal Federal apões o recesso na Justiça,  em fevereiro, como resultado da Operação Lava Jato sejam mantidos abertos, sem aplicação do sigilo no sistema da corte.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira (21), cada investigação deverá estar listada no sistema, vinculada publicamente a um número e às iniciais da autoridade, tornando essas informações públicas —ainda que as peças dos processos não estejam disponíveis para consulta.
Rodrigo Janot acredita que o expediente adotado em alguns casos pelo Supremo de ocultar os inquéritos em seu sistema prejudica a transparência dos trabalhos do tribunal.
Vários políticos com mandato foram citados nas delações premiadas feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef, ambas já homologadas pelo Supremo. Os dois citaram envolvimento de parlamentares no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras.
Costa e Youssef relataram repasses para políticos como os senadores petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE), o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em março, além de partidos como PP e PMDB e PT. A Polícia Federal também interceptou diálogos entre Youssef e os deputados André Vargas (cassado pela Câmara) e Luiz Argôlo (SD-BA).

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