JANOT NÃO
QUER SEGREDO
DE JUSTIÇA
NO PETROLÃO
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai
defender que os inquéritos contra políticos com mandato – governadores,
deputados e senadores – e que serão enviados ao Supremo Tribunal Federal apões
o recesso na Justiça, em fevereiro, como
resultado da Operação Lava Jato sejam mantidos abertos, sem aplicação do sigilo
no sistema da corte.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda-feira
(21), cada investigação deverá estar listada no sistema, vinculada publicamente
a um número e às iniciais da autoridade, tornando essas informações públicas
—ainda que as peças dos processos não estejam disponíveis para consulta.
Rodrigo Janot acredita que o expediente adotado em alguns
casos pelo Supremo de ocultar os inquéritos em seu sistema prejudica a
transparência dos trabalhos do tribunal.
Vários políticos com mandato foram citados nas delações
premiadas feitas pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto
Costa, e pelo doleiro Alberto Youssef, ambas já homologadas pelo Supremo. Os
dois citaram envolvimento de parlamentares no esquema de desvio de dinheiro da
Petrobras.
Costa e Youssef relataram repasses para políticos como os
senadores petistas Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE), o ex-presidente
do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em março, além de partidos como PP e PMDB e
PT. A Polícia Federal também interceptou diálogos entre Youssef e os deputados
André Vargas (cassado pela Câmara) e Luiz Argôlo (SD-BA).
Nenhum comentário:
Postar um comentário