GOVERNO
ESTIMA EM R$ 6 BI
OS PREJUÍZOS
DO PETROLÃO
O
ministro-chefe da Advocacia Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, afirmou em
entrevista ao jornal Destak que
o órgão pedirá R$ 6 bilhões de ressarcimento às empresas investigadas pela
Operação Lava Jato por danos causados na Petrobras. Atualmente, a AGU já
ingressou com uma ação de ressarcimento e já estuda formas de protocolar outros
processos semelhantes.
“Já
entramos com uma ação e devemos entrar com outras. Estamos trabalhando com
números da Petrobras. Vamos pedir cerca de R$ 6 bilhões de ressarcimento”,
disse Adams. Nos últimos cinco anos, segundo Adams, as ações da AGU já
recuperaram mais de R$ 3 trilhões aos cofres públicos.
Adams
disse que considera prejudicial o vazamento de informações das delações
premiadas da Lava Jato. “Eu não sou a favor do vazamento. A delação em si, não
sei como ela está sendo feita. O vazamento da delação é prejudicial. Viola a
lei e prejudica a investigação”. Na análise do ministro-chefe da AGU, as
denúncias da operação que desarticulou um esquema de corrupção na Petrobras não
vão atingir a presidente da República, Dilma Rousseff.
“Não tem
nada que envolva ela pessoalmente. Mesmo com os ministros, o que apareceu são
coisas vagas. Não vejo que isso alcance, em hipótese alguma, a presidente”,
afirmou.
Na semana
passada, Adams entregou a defesa do governo ao Tribunal de Contas da União
(TCU) no processo relacionado à prestação de contas presidenciais de 2014. No
processo, a presidente Dilma é acusada de crime de responsabilidade pelos
atrasos de repasses de recursos de programas sociais aos bancos públicos. A
manobra contábil é conhecida como “pedalada fiscal”.
No
entanto, conforme Adams, sem as pedaladas, dificilmente os programas como o
Bolsa Família, por exemplo, teriam se mantido na íntegra. “Era possível, mas
com mais restrições. O que essa temática veio estabelecer foi uma sistemática
de fluxo, onde o resultado foi positivo do ponto de vista da instituição
financeira”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário