domingo, 15 de março de 2009

BAIXADA URGENTE

FORRÓ NA FEIRA E ARTESANATO
FAZEM NOVOS DESEMPREGADOS

Artistas e barraqueiros, que trabalhavam nos projetos “Forró na Feira” e feira de artesanato, estão há mais de um mês desempregados, sem que a Prefeitura tenha decidido onde e quando os dois projetos serão retomados. Esses projetos, de amplo alcance social, foram idealizados no primeiro governo do pernambucano Zito, e realizados na Praça Roberto Silveira. Neste fim de semana, numa desastrada entrevista a um jornal carioca, a Secretária de Cultura, Ana Jansen, afirma que o Governo ofereceu duas opções para abrigar os dois projetos: um mercado desativado em frente à estação de trem e o “Restaurante Popular”.
Como integrante da cota pessoal do ex-governador Marcello Alencar, a Secretária de Cultura não conhece a cidade, nem seus problemas. O mercado foi desapropriado em setembro de 2006 e o decreto caducou (perdeu a validade), pois o município não tomou nenhuma iniciativa legal para cumpri-lo. No caso do “Restaurante Popular”, a situação é ainda mais complicada. Construído em terreno da Prefeitura, doado pela incorporadora do Shopping Center para a construção de um terminal rodoviário, a área foi ocupada no governo Garotinho, quando foi construído o restaurante. Dado o clima de animosidade entre o governador e o prefeito, a Secretária de Cultura deveria prever que, em hipótese alguma, Sérgio Cabral permitiria que Zito instalasse um projeto em área do Estado. Quanto à quadra do extinto Colégio São José, utilizado pela Grande Rio no ano passado, os organizadores do Forró temem que o prefeito impeça o funcionamento do projeto naquele local, através de obstáculos legais, inclusive com o uso da Fiscalização (Rapa). O mais lamentável é que os dois projetos foram criados pelo atual prefeito, um nordestino, que se reuniu logo depois da posse com os interessados, liderados pela Sra. Maria Lúcia, presidene da Associação dos Artesãos (foto) garantindo que eles continuariam utilizando a Praça Roberto Silveira, mas na segunda-feira seguinte veio a surpresa com a chegada de máquinas e operários para reformar a praça. Agora, o local não mais poderá servir para qualquer tipo de aglomeração.

EMPRESA NÃO INDENIZA OS
TERCEIRIZADOS DE CAXIAS

Boa parte dos três mil servidores terceirizados da Prefeitura, contratados pela empresa Service Clean, fizeram mais um protesto na tarde de sexta-feira, com uma ruidosa passeata que percorreu as principais ruas do centro de Duque de Caxias, terminando na sede da empresa, na Rua General Câmara, no 25 de Agosto. Os terceirizados cobravam do prefeito Zito a promessa de campanha, pela qual ninguém seria demitido, o que acabou ocorrendo no final de fevereiro, bem como o pagamento dos direitos trabalhistas, cujo prazo já se encerrou. Para evitar tumultos, o comando do 15º Batalhão enviou três viaturas para acompanhar o protesto, na porta da empresa, mas não foi preciso a intervenção dos PMs, pois guardas municipais se encarregaram de barrar a entrada dos ex-servidores. Nem uma comissão de 10 líderes dos diversos seguimentos em que se dividam os terceirizados, principalmente da Saúde e da Educação, foram admitidos na sede da empresa. O problema agora deverá ser conduzido pela Justiça do Trabalho e a Prefeitura, como contratante da mão de obra oferecida pela Service Clean, deverá ser responsabilizada pelo pagamento das indenizações devidas.



Os Guardas da Prefeitura deram proteção à empresa inadimlplente.

RÁPIDAS

• Sexta-feira, pela manhã, finalmente o ex-vereador Laury Villar, depois de insistentemente procurado na véspera, telefonou para o editor do blog, negando o rompimento com o prefeito Zito por conta das articulações em torno das eleições de 2010.
• Laury foi enfático: ”SOU CANDIDATO A DEPUTADO ESTADUAL COM APOIO DO PREFEITO ZITO E DO PRESIDENTE DA CÂMARA, O VEREADOR MAZINHO"

• Já o deputado Dica (foto), citado na nota como mal agradecido, negou que tenha feito qualquer tipo de acordo com Zito, quando este era deputado, para salvá-lo de uma possível cassação por conta do escândalo das Bolsas de Estudos concedidas pela Alerj aos filhos dos servidores da Casa.
• Em nota enviada ao blog, Dica foi direto ao assunto: “Informo, em relação à nota postada em seu Blog, que nunca fiz acordo algum o Zito. E que, no evento do auxílio-educação foi constatado minha inocência e meu nome não é citado em documento algum. Sempre fui adversário do Zito e serei em 2010 e em 2012”.

• Os rumores sobre o rompimento entre Laury e Zito surgiram depois do pedido de demissão de Laurecy Villar do cargo de Diretor da Câmara. Ele fora nomeado no dia 2 de janeiro, mas, em conversas reservadas, admitira que sua convivência com o presidente da Casa era muito difícil. Daí ter decidido entregar o cargo na tarde de quinta-feira.
• O que o ex-diretor da Câmara, Sergio Locatel, fazia no gabinete do presidente Mazinho sexta-feira, 24 horas depois que Laurecy Villar entregara o cargo, que fora do neto do saudoso vereador José Barreto? E por que ele precisou do apadrinhamento do vereador Chico Borracheiro, que integrava a base do ex-prefeito WR, para esse encontro?
• Além de Sérgio Locatel, ainda na sexta-feira estava no páreo para ocupar a direção da Câmara a servidora Ingrid Jünger, filha do saudoso Denis Barreto, que também foi diretor da Câmara. Atual coordenadora de Recursos Humanos da Câmara, Ingrid se confessa Zito desde criancinha. Como tem muito servidor torcendo pela volta do Locatel, a disputa promete.
• Já Laurecy Villar foi convidado para trabalhar na equipe de Hugo Neto, que está reestruturando o IPMDC. O convite foi feito por intermédio de Laury Villar e, pelo visto, deverá ser aceito.
• A “Service Clean”, enrolada com o pagamento das indenizações a cerca de 3.000 servidores contratados pela Prefeitura durante a “Dinastia WR”, integra um cartel que detém 1/3 do pessoal terceirizado do Estado, especialmente na Educação. A empresa também é uma fiel colaboradora de campanha do pessoal ligado a Sérgio Cabral. Por isso, ela foi trazida por WR para atuar em Caxias.
• Há alguns anos, uma empresa que fornecia mão-de-obra para a Reduc fechou as portas, deixando cerca de 4.000 empregados na rua. Eles ingressaram com ação na Justiça do Trabalho e a Petrobrás teve que correr para “apagar o incêndio” e reduzir os estragos. De saída, a estatal assumiu a responsabilidade de pagar as verbas rescisórias e, depois, fazer um acerto de contas com a prestadora de serviços.
• Zito já passou por isto no Governo anterior, quando um ex-prestador de serviços para o IPMDC ganhou na Justiça o direito a uma indenização, que a prestadora de serviços se negara a pagar. A justiça decidiu, de acordo com a lei, que o contratante da mão de obra é responsável pelas relações trabalhistas e previdenciárias em relação ao pessoal contratado. É o princípio do “in vigilando”, isto é, se a Prefeitura não fiscaliza a empreiteira, torna-se responsável pelas indenizações devidas ao pessoal terceirizado.
• Em resposta à nota do blog sobre a cobrança de IPTU na Favela do Dique 2, próximo à estação de Gramacho, a Prefeitura enviou uma nota, em que admite que a comunidade do Dique 2 é uma região de difícil acesso, por isso a coleta não pode ser feita de forma convencional.
• “Lá, só podem circular pequenos veículos porque as ruas são estreitas. A previsão do Departamento de Limpeza Urbana (DLU) é que o serviço seja regularizado na próxima semana. Com relação ao IPTU, o assunto foi encaminhado à Ouvidoria da Secretaria de Fazenda” – diz a nota assinada pelo Assessor de Imprensa, Antonio Pfister.

A COVARDIA É A MARCA DO
GOVERNO SÉRGIO CABRAL



A fúria arrecadadora do Detran, caçando e apreendendo veículos com IPVA atrasado, revela a covardia do governador, que seleciona quem será perseguido. Na visita que fez ao Jardim Gramacho nos primeiros dias de Governo, o prefeito Zito constatou que dezenas de caminhões, sem placa, com as portas amarradas com arames e carrocerias quebradas, são utilizados no transporte de material reciclável entre os lixões clandestinos e as empresas legalizadas. Lá, onde existe uma milícia particular dos donos dos lixões, os valentes fiscais do Detran não aparecem. E o pior é que, entre os veículos utilizados pela Cedae, estão carros pipas (foto) nas mesmas condições, isto é, que há anos não passam por aferição pelo rigoroso Detran e, portanto, não pagam IPVA, além de colocar em risco a vida de motoristas e pedestres. Só carros novos são vistoriados e rebocadso pelo Detran

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