JUSTIÇA EMBARGA RETIRADA DE
ESCOMBROS DE VIADUTO EM BH
A
Defesa Civil municipal informou que ainda não foi oficialmente notificada da
decisão liminar da Justiça Estadual, mas que recebeu, na madrugada de hoje (6),
do delegado responsável pelo inquérito que apura as causas e responsabilidades
pelo acidente, ofício sobre a determinação judicial para que o local não seja
alterado. O desabamento matou duas pessoas e feriu ao menos 22. A Agência Brasil não conseguiu contato
com nenhum representante do tribunal.
Ontem
(5) à noite, a Construtora Cowan, responsável pelas obras necessárias à
instalação do chamado sistema BRT (do inglês Transporte Rápido por Ônibus) de
Belo Horizonte, chegou a anunciar que havia sido autorizada pelos órgãos
competentes a iniciar os trabalhos para desobstruir a Avenida Pedro I, o que
seria feito entre as 8h e as 22h. A assessoria da Defesa Civil, contudo, negou
que o local já tivesse sido liberado. Todo o maquinário necessário para perfurar,
partir e remover os blocos de concreto já está disponível.
Previsto
para ser entregue em junho, o Viaduto Guararapes estava em fase de acabamento e
deveria ser concluído no fim deste mês. No início de fevereiro, outro viaduto
do mesmo complexo de obras para a instalação do sistema de transporte rápido
por ônibus, o Montesi, teve que ser interditado devido a um problema estrutural
– parte do viaduto em construção se deslocou lateralmente, cerca de 30
centímetros em relação à estrutura. Após o acidente, a Secretaria Municipal de
Obras e Infraestrutura anunciou que todos os viadutos que fazem parte do complexo
arquitetônico passarão por novas inspeções.
O BRT é
uma das obras previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
Mobilidade Urbana. O empreendimento custou R$ 713 milhões, dos quais R$ 311
milhões são recursos federais disponibilizados por meio do PAC. O projeto de
engenharia custou R$ 5,1 milhões, pagos pela prefeitura.
Em notas divulgadas após o acidente, a Cowan garantiu que
todos os procedimentos e material utilizado passaram pelos testes obrigatórios
sem apresentar qualquer problema, atendendo a todas as normas vigentes. A
construtora também descartou qualquer relação entre a queda do Viaduto
Guararapes e a interdição do Montesi. E informou que colocou uma equipe de
psicólogos, médicos e assistentes sociais à disposição das vítimas que sobreviveram
ao acidente e aos parentes dos mortos e feridos, além de ter contratado peritos
para avaliar as causas do acidente. Os resultados devem ser apresentados em até
30 dias. (Agência Brasil)
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