terça-feira, 12 de agosto de 2014

CANDIDATOS A GOVERNADOR JÁ
ARRECADARAM R$ 16,3 MILHÕES 
Com expectativa de receber R$ 432 milhões em doações para as campanhas eleitorais, os cinco candidatos a governador com previsões de gastos mais altos receberam, em um mês, apenas R$ 16,3 milhões. Mesmo entre os candidatos que acreditavam receber alta quantia para o desenvolvimento de suas campanhas, as doações variam e, aparentemente, seguem a mesma ordem das pesquisas eleitorais.
Geraldo Alckmin (PSDB), por exemplo, previu a terceira campanha mais cara para governador de todos os estados do Brasil, com limite de gasto de R$ 90 milhões. Ele lidera as pesquisas eleitorais e também as arrecadações, com R$ 5,7 milhões já captados. O montante foi constituído por 18 doações, sendo quatro delas de 900 mil reais. Todas ocultas.
Enquanto isso, o ex ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), que pelas pesquisas é o mais distante do Palácio dos Bandeirantes, previu uma campanha de R$ 92 milhões, mas só arrecadou, R$ 188,2 mil. A doação mais alta é de R$ 89,2 mil de uma receita que permanece oculta, sem especificação do doador originário, apenas advinda do Comitê Financeiro do partido. E a segunda em destaque é de R$ 50 mil, fornecida pela Seara Alimentos LTDA.
“A eleição é um negócio e sendo um negócio, é de risco. Se você aplicar muito dinheiro em um candidato que não vai ganhar, certamente, você perdeu. Mas se o candidato ganhar, você ganha muito, a segurança dos contratos do estado, do munícipio”, explicou o professor de ética e filosofia da Unicamp, Roberto Romano.
Com previsão de arrecadar R$ 95 milhões, na disputa pelo governo de São Paulo, Paulo Skaf (PMDB) angariou R$ 4,3 milhões. Desse valor, R$ 3 milhões foram doados por apenas duas empresas, metade pela Cosan Lubrificantes e Especialidades SA e a outra parcela pela Construtora OAS SA.
O Rio de Janeiro, o que mais recebeu doações até o momento. Luís Fernando Pezão (PMDB), com limite de gasto de R$ 85 milhões, já recebeu R$ 5,8 milhões. Desse montante, R$ 3,2 milhões e R$ 2 milhões se configuram como as doações mais altas. No entanto, ainda estão ocultas.
Em Brasília, Agnelo Queiroz (PT) tem perspectiva de ganho de R$ 70 milhões. Mas, distante da liderança nas pesquisas eleitorais, apenas recebeu R$ 285 mil, de uma única doadora, a A.C.D.A.
“A disparidade na arrecadação de doações pelos candidatos corresponde à disparidade da vida econômica e social,” aponta Romano.
Segundo ele, aspectos como as possíveis políticas econômicas, sociais e posicionamentos religiosos adotados pelo candidato – e possível parlamentar – são aspectos que causam discrepâncias na captação de recursos. 
Vejam detalhes em: http://www.contasabertas.com.br/website/arquivos/9320#sthash.ZO26PtZp.dpuf

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