quarta-feira, 12 de novembro de 2014

SENAI RIO INAUGURA LABORATÓRIO
DO MIT PARA INOVAÇÃO NO ENSINO
Estimular a criatividade e o espírito inovador para a criação de protótipos de novos produtos para a indústria. Com este objetivo o Sistema FIRJAN inaugurou nesta terça-feira (11) o SENAI FabLab, laboratório que faz parte de uma rede mundial criada no Center for Bits and Atoms, do Instituto de Tecnologia Massachusetts (MIT). 

No Brasil, o SENAI FabLab é o primeiro laboratório da rede focado em educação profissional. 
Impressão em 3D revolucionou a produçáo
 de protótipo de novos produtos
De acordo com o presidente do Sistema FIRJAN, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, este é mais um passo para que o país dê um salto de competitividade já realizado por outros países como Coreia, Japão e Singapura. “Temos a convicção de que a educação é a base da construção de uma cultura de inovação. E também a convicção de que a inovação é imprescindível para a competitividade”, disse.
O SENAI FabLab foi instalado no Centro de Tecnologia Senai Automação e Simulação (CTS), em Benfica, Zona Norte do Rio de Janeiro. O laboratório está disponível para alunos dos cursos técnicos da unidade e fará parte da grade curricular. No local, os estudantes terão acesso ao que há de mais moderno em equipamentos como impressora 3D, scanner 3D manual, máquinas de corte a laser e os kits Arduino para montagem de circuitos eletrônicos.
O  SENAI RIO tem um dos mais
modernos laboratórios do mundo
Além de serem apresentados aos conceitos de inovação, os alunos serão estimulados a pensar soluções para problemas reais da indústria, podendo elaborar projetos desde a criação até a programação, e desenvolver protótipos. Tudo isso em resposta às mudanças nos processos produtivos das indústrias que têm colocado importantes desafios para a educação profissional.
“O principal é que os estudantes vão aprender através de um trabalho interdisciplinar, interativo e colaborativo, em que a criatividade é a peça chave. Assim, estaremos formando profissionais competentes para atender às necessidades atuais da nossa indústria e, portanto, as necessidades do país”, completou Eduardo Eugenio.
O SENAI FabLab está conectado a todos os laboratórios da rede mundial. Desta forma, os alunos terão a oportunidade de trocar informações e experiências com pesquisadores do mundo todo para que seus projetos sejam executados de maneira colaborativa. Fotos: Antonio Batalyha/Divulgação)

►NOVO MINISTÉRIO PODE ESPERAR
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (12) que não fará imediatamente a reforma ministerial para montar a equipe de seu segundo mandato. Segundo ela, não há um prazo para que as mudanças comecem. Dilma também comentou a decisão da ministra Marta Suplicy de entregar a carta de demissão quando a presidenta deixou o Brasil em viagem oficial. Ela disse que conversou com Marta antes de viajar e conhecia o teor da carta.
“Não estabeleci prazo e não vou fazer a reforma [ministerial] imediatamente, vou fazê-la por partes”, disse a presidenta a jornalistas em Doha, no Catar.
Na avaliação da presidenta, Marta Suplicy não teve qualquer atitude incorreta na forma como entregou a carta de demissão. “Ela me disse o teor da carta antes de eu viajar, mas logo depois que fui reeleita a ministra falou comigo que sairia. Ela não fez nada de diferente, não teve nenhuma atitude incorreta, ela me disse que sairia e eu aceitei. Acertamos que ela me enviaria uma carta, a estrutura de praxe”, disse.
Sobre o trecho onde Marta diz que os brasileiros desejam que a presidenta seja iluminada na escolha de sua equipe de trabalho e que a equipe econômica possa resgatar a confiança e credibilidade ao seu governo, Dilma se limitou a dizer que “essa é uma opinião dela e as pessoas têm direito a dar opinião”.
Perguntada por jornalistas se há preocupação em relação à investigação sobre a Petrobras nos Estados Unidos, a presidenta respondeu que não. “Não. Isso faz parte das regras do jogo. Empresas cotadas na Bolsa de Nova York tem de prestar contas segundo as regras da Bolsa de Nova York, que também não são muito diferentes das brasileiras. Além disso, os Estados Unidos têm de investigar se tem cidadãos americanos envolvidos em alguma irregularidade”, avaliou.
No Catar, Dilma se reuniu com o emir do país, xeque Tamim Bin Hamad Al Thani, e com a xeica Mozah Bint Nasser. Ela relatou que um dos temas discutidos com o emir foi a crise no Oriente Médio. Com a Xeica, tratou de educação e destacou as conversas sobre cooperação para o Programa Ciência sem Fronteiras.
Do Catar, a presidenta Dilma segue para a Austrália onde participará, nos dias 15 e 16, da reunião do G20 – grupo que reúne os líderes das 20 maiores economias do mundo. “O G20 é sobre como se prossegue na reforma do Fundo Monetário e como se traduz o desejo do G20 de um desenvolvimento sustentável e equânime, como isso se traduz em medidas concretas. Acho que o emprego vai ser um foco muito forte”, disse.

►FRACASSA REUNIÃO DA CPI DA PETROBRÁS
Depois de quatro meses parada, fracassou a tentativa dos parlamentares de retomarem, nesta quarta-feira (12), as atividades da comissão parlamentar de inquérito (CPI) exclusiva do Senado que investiga irregularidades na Petrobras. Com a presença de apenas quatro do mínimo de sete senadores necessários, os requerimentos que estavam na pauta não puderam ser votados e o presidente da comissão, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), sequer conseguiu abrir a sessão.
Desde que iniciou os trabalhos, a CPI só tem a participação de senadores governistas, já que a oposição adotou a estratégia de concentrar esforços na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) instalada com o mesmo objetivo. Agora, diante do esvaziamento da CPI do Senado, Vital do Rêgo não descarta que informações colhidas pela CPMI sejam usadas para elaborar o relatório final da comissão exclusiva.
Vital do Rego trocará a Câmara pelo TCU
“Os trabalhos são compartilhados, a CPI do Senado e a [comissão] mista têm documentos e essas reservas documentais são compartilhadas por força de um objetivo comum: apurar as irregularidades acontecidas na Petrobras. Nós tentamos hoje, mais uma vez, organizar uma sessão deliberativa da comissão parlamentar de inquérito do Senado, depois do esforço que eu fiz para compatibilizar o calendário da CPI com o da CPMI, eu espero que até o último dia útil do ano legislativo possamos ter o relatório que possa compatibilizar os objetivos alcançados”, disse Vital.
Na pauta da reunião desta quarta-feira, havia seis requerimentos na pauta. Entre eles o do senador Aníbal Diniz (PT-AC), que pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) cópias de todas as auditorias, tomadas de contas e demais fiscalizações relacionadas à compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Também estava previsto um requerimento de pedido de informações à Controladoria-Geral da União sobre os processos de segurança nas plataformas da Petrobras.
O relator da comissão, José Pimentel (PT-CE), evitou a abordagem de jornalistas ao final da reunião e deixou a sala por uma saída alternativa. A próxima reunião foi agendada para terça-feira (18), quando haverá uma oitiva. No entanto, o nome do participante ainda não havia sido divulgado até o fechamento desta matéria.
A CPI da Petrobras exclusiva do Senado teve seus trabalhos oficialmente prorrogados até 22 de dezembro, último dia da sessão legislativa. (Com Agência Senado).

►IPTU – NOVA ARMA CONTRA AS INVASÕES
Apesar de o déficit de moradia nas cidades se configurar como um dos grandes problemas sociais do país, questões políticas travam a adoção de medidas que poderiam subsidiar programas de habitação social, analisam especialistas e movimentos sociais. Uma dessas medidas seria a cobrança do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) progressivo, que foi adotado recentemente em São Paulo, para imóveis fechados ou subutilizados, com a possibilidade de desapropriação após cinco anos. De acordo com o Ministério das Cidades, o país tem um déficit de 5 milhões de habitações.
Para o professor aposentado da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB) e pesquisador do Núcleo de Estudos Urbanos e Regionais, Ricardo Farret, os prefeitos não têm demonstrado disposição de enfrentar o desgaste político de aprovar uma lei com aumento de imposto.
 “Tem um custo político [a aprovação do IPTU progressivo] e é por isso que, apenas agora, a primeira capital do Brasil resolveu enfrentar o problema. Não é todo prefeito que quer encarar isso. Futuramente vai haver ações na Justiça também. Então é um desgaste político que nenhum prefeito quer encarar”, observou o urbanista.
Para ele, a medida é oportuna e uma tendência mundial. “Não é mais possível as cidades brasileiras continuarem a se espalhar, na expressão urbanística, como manchas de óleo. Essa era tendência que o Estatuto da Cidade tentava corrigir. Estimular que as áreas que tenham infraestrutura sejam ocupadas”, analisou. O “crescimento horizontal” das cidades gera custos ao Estado e desgaste físico e psicológico para os cidadãos, reforçou Farret.
“Está na hora de as cidades serem mais compactas, uma tendência no mundo todo. Porque os custos embutidos nessa expansão horizontal das cidades são muito altos. Não só os custos financeiros, mas os psicológicos, com trânsito e o tempo que as pessoas perdem no deslocamento de casa para o trabalho e vice-versa. Não tem sentido um prédio ou um terreno ficarem ociosos no centro da cidade, com toda uma infraestrutura”, defendeu.
Para a coordenadora da Frente de Luta por Moradia e do Movimento sem Teto por Reforma Urbana, Antônia Nascimento, a medida adotada pela prefeitura de São Paulo deve ser seguida por todas as grandes cidades do Brasil. Para ela, “a conta” de um imóvel ficar fechado por anos no centro das cidades é paga pelos trabalhadores, visto que as prefeituras usam os impostos para promover melhorias nas cidades.
“Esses imóveis ficam parados dez, 20 anos, sem nenhuma função social, e o trabalhador fica sem moradia, sem condição de pagar aluguel. Achamos que o imóvel, e isso está na Constituição e no Estatuto da Cidade, tem que ter função social. Se você tem um imóvel e não dá função social, você passa a não ser dono desse imóvel”, destacou.
Para ela, a adoção do IPTU progressivo deve fazer com que os donos dos imóveis fechados ou subutilizados comecem a rever o uso desses locais. “Pode acontecer, os donos darem uma função social, não ficarem esperando a valorização, a especulação imobiliária. Prédio vazio, abandonado e sem função é um atraso para as grandes cidades”, defendeu Antônia Nascimento.

►CARTILHA PARA CORRIGIR O IPTU
Diante da dificuldade e da incapacidade da maioria das cidades de pôr em prática o Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) progressivo, um dos principais instrumentos de política urbana para democratizar a moradia nas metrópoles do país, o Ministério das Cidades está elaborando uma “cartilha” para auxiliar gestores dos executivos municipais na regulamentação necessária para aplicação do mecanismo.
O IPTU progressivo, previsto no Estatuto da Cidade, em vigor desde 2001, prevê o aumento escalonado no valor do imposto para imóveis cujo aproveitamento seja inferior ao mínimo definido em plano diretor ou em legislação dele decorrente. Com isso, as prefeituras poderiam determinar aos proprietários de terrenos vazios, pouco edificados ou ainda de edificações abandonadas ou subutilizadas, que utilizem efetivamente suas propriedades sob pena de terem, após cinco anos, os imóveis desapropriados.
De acordo com o Ministério das Cidades, pesquisa feita pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificou que os instrumentos do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e o IPTU progressivo foram incorporados ao plano diretor de 478 municípios de um total de 526 pesquisados. No entanto, raramente os instrumentos são regulamentados de forma a garantir a sua aplicação.
Realidade confirmada por outro levantamento, feito pelo Ministério da Justiça em parceria com a Universidade Federal do ABC (UFABC). De forma preliminar, a pesquisa identificou que apenas 25 municípios com mais de 100 mil habitantes têm legislação que permite a aplicação do IPTU progressivo e do parcelamento, edificação ou utilização compulsórios. Desse total, apenas oito utilizam os mecanismos, em diversas fases de aplicação: São Paulo, Palmas, Goiânia, Curitiba e Maringá (PR), além das cidades paulistanas de Diadema, Santo André e São Bernardo do Campo.
Para maior eficácia social dos mecanismos em relação ao problema habitacional, o ministério sugere que os instrumentos sejam implementados somente em áreas que tenham condições de urbanização adequadas e favoráveis à ocupação, como no centro das grandes cidades. O governo também defende a utilização desses imóveis como forma de enfrentar o déficit habitacional municipal, atendendo o público que necessita de moradia.

►REFORMA POLÍTICA FORA DE PAUTA
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara adiou para o próximo dia 25 a decisão sobre a admissibilidade da Proposta de Reforma Política (PEC 352/13) que tramita na Casa. A decisão foi tomada hoje (12), por acordo. O texto que estava em pauta é o formulado pelo grupo de trabalho liderado pelo deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), no ano passado, mas outras propostas deverão voltar à mesa do colegiado que decidiu promover uma audiência pública com entidades envolvidas com o tema, antes de votar a matéria.
NÃO FOI APENAS POR VINTE CENTAVOS
“Até porque em um debate a gente não controla”, destacou o presidente da comissão, Vicente Cândido (PT-SP), um dos entusiastas da PEC, que usou a reforma política como uma das principais plataformas para sua reeleição no estado.
Com dificuldade, os parlamentares conseguiram consenso e os partidos definirão ainda nesta quarta-feira quem será convidado para o debate marcado para as 14h30, de terça-feira (18). A proposta em tramitação altera seis artigos da Constituição Federal. Entre as principais mudanças estão o voto facultativo e o fim da reeleição para cargos do Poder Executivo.
No texto, estão previstas mudanças do sistema eleitoral e de coligações e novas regras para o financiamento de campanhas eleitorais, estabelecendo cláusulas de desempenho para candidatos e partidos, prazo mínimo de filiação partidária e critérios para o registro dos estatutos do partido no Tribunal Superior Eleitoral. O deputado Assis Melo (PCdoB-RS) reconheceu que é preciso discutir a reforma, mas, segundo ele, a PEC não contempla a reforma necessária.
“Não queremos que o debate seja em cima dessa matriz do atraso para não admitir a castração da democracia”, criticou Melo. Uma das maiores preocupações dos partidos menores é o risco da perda de representatividade no Legislativo de legendas menores.
Não há consenso sobre a maior parte dos pontos e alguns deputados criticam a falta de amplitude da reforma argumentando que são “pedaços” de mudanças. Ainda assim, PSDB e PMDB tentaram avançar com a votação. O acordo só foi possível depois que alguns parlamentares ameaçaram obstruir a votação. A costura se complicou com a declaração de deputados do PSOL, PCdoB e parte do PT que não teriam como antecipar se vão repetir o movimento de obstrução na sessão do dia 25, antes de ouvir o posicionamento de cada legenda.

►DE TERÇA-FEIRA NÃO PASSARÁ
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, garantiu nesta quarta-feira (12) que na próxima terça-feira (18) entregará à presidenta Dilma Rousseff uma carta em que coloca o cargo à disposição. A medida, segundo ele, já estava prevista para que a presidenta “fique à vontade” para fazer as mudanças que entender necessárias à próxima gestão.
“No dia 18 entrego a carta que coloca o cargo à disposição um gesto para deixá-la bem à vontade. Todos estamos ciente que termina um governo, começa um novo e, como a própria presidenta pregou durante a campanha, governo novo, ideias novas”, ressaltou o ministro à Agência Brasil.
Manoel Dias disse esperar que o próximo governo seja “dinâmico e que dê prosseguimento às políticas empreendidas nos últimos anos”.
“Sou um homem de partido e estou lá [no ministério] em nome do PDT e em decorrência do apoio do partido ao governo da presidenta Dilma Rousseff. O partido vai conversar com a presidenta, o cargo é dela, que tem a disponibilidade a qualquer momento [de fazer mudanças].”

►EMPREGOS CAEM 0,7% NA INDÚSTRIA
O número de empregados da indústria recuou 0,7% em setembro, na comparação com agosto, informou hoje (12) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a sexta taxa negativa consecutiva nessa comparação. No ano, o número de pessoas empregadas na indústria caiu 2,8% e, nos últimos 12 meses, 2,6%. Desde abril de 2013, o indicador é negativo.
Redução do IPI não resolveu
De acordo com o IBGE, com a queda de setembro, o número de pessoas empregadas na indústria em relação a setembro de 2013, diminuiu 3,9% – a redução mais intensa desde outubro de 2009 e o 36º resultado negativo seguido. O resultado reflete ainda queda no indicador trimestral, de 3,7%, e estende a trajetória descendente na taxa anualizada desde setembro de 2013.
No mês, a pesquisa também mostra redução de 0,2% do número de horas pagas em relação a agosto, pela quinta vez. Na comparação com setembro de 2013, o recuo foi 4,2%. A folha de pagamento do setor, dessa forma, diminuiu 1,3%, diluindo o aumento de agosto.
Dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, 13 tiveram redução de vagas, sendo que São Paulo, o maior parque industrial do país, foi o mais atingido, com queda 5,2%, seguido de Minas Gerais (-4,1%); do Rio Grande do Sul (-5,3%); do Paraná (-5,6%); das regiões Norte e Centro-Oeste (-3,3%); e do Nordeste (-2,3%). Pernambuco, com alta de 3%, é o único resultado positivo no Nordeste.
Já dos 18 ramos pesquisados, 15 também têm resultados negativos que indicam corte de vagas. As principais influências vieram de máquinas e equipamentos (-8,3%); meios de transporte (-7,7%); produtos de metal (-10,1%); calçados e couro (-9,3%); máquinas e aparelhos eletrodomésticos e de comunicações (-7,4%); outros produtos da indústria de transformação (-6,3%); vestuário (-3,9%); metalurgia básica (-6,9%); e alimentos e bebidas (-0,8), por exemplo.

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