TRANCO NAS CONTAS DE LUZ EM
MARÇO DEVERÁ
CHEGAR A 40%
As contas
de energia elétrica devem subir, em média, 40%, em 2015, segundo estimativa da
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apresentada na segunda-feira à
presidente Dilma Rousseff e aos novos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e de
Minas e Energia, Eduardo Braga. O aumento é bem maior do que o que consta no
relatório de inflação do Banco Central, que previa alta de 17% e pode
representar um acréscimo de 1,2 ponto porcentual no índice de inflação (IPCA)
deste ano.
Segundo o jornal Valor Econômico, na conta da Aneel já está previsto
o fim da ajuda do Tesouro Nacional às elétricas. Essa política foi adotada no ano
passado para evitar que as empresas quebrassem diante do aumento exponencial de
custos e o minguado caixa.
Em ano de
corte de gastos, o governo disse na segunda-feira que não bancará mais o rombo
financeiro, deixando para trás a política tão defendida pela presidente em
2012, baseada em subsídios ao setor com o objetivo de baixar a tarifa ao
consumidor. Em 2014 foram emprestados 17,8 bilhões de reais às elétricas, conta
que ainda será paga pelos consumidores brasileiros.
Vale
lembrar, porém, que os reajustes nas contas variam de região para região, de
distribuidora para distribuidora, e podem, segundo o Valor Econômico, ter um
peso ainda maior para as indústrias do Nordeste. Isso porque o Ministério de
Minas e Energia sugeriu à presidente por fim em um contrato que expira em junho
com a Chesf e, há 30 anos, permite que a companhia venda energia elétrica a
preços menores (um terço do habitual) para as indústrias eletrointensivas na
Bahia, Alagoas e Pernambuco.
Em
resposta ao site de VEJA, a Aneel disse que "qualquer valor estimado seria
precipitado, uma vez que a Agência trabalha na elaboração do orçamento da Conta
de Desenvolvimento Energético (CDE)". A previsão é que o documento seja
submetido à audiência pública na primeira reunião ordinária da agência, em 20
de janeiro.
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