terça-feira, 19 de maio de 2015

EXPLOSÃO EM SÃO CONRADO
AFETA ATENDIMENTO DA CEG 

Morados de um prédio vizinho ao Hospital Mario Lioni, no bairro 25 de Agosto, que tem o IPTU mais alto da Baixada, estão sem fornecimento de gás desde a tarde desta segunda-feira (18). Quem ligou para a CEG, recebeu dos atendentes uma resposta inusitada: não temos previsão de atendimento para o seu caso em virtude da grande quantidade de reclamações por conta da explosão num apartamento em São Conrado, Zona Sul da Capital, na manhã de segunda-feira, que destruiu pelo menos quatro apartamentos de um prédio com 19 andares.
O gás, da mesma forma que a água e a energia elétrica, são bens dos quais o consumidor não pode ser impedido de utilizar, salvo motivo de força maior. Os moradores do Jardim 25 de Agosto, que dispõe de dois reservatórios com capacidade para 14,5 milhões de litros, há anos convivem com a falta d’água, o que faz a alegria dos donos de carros-pipas, que recebem água de graça da Cedae, mas cobram entre R$ 200 e R$ 600 por uma carga de 10 mil litros. Os pipeiros alegam que cobram apenas pelo transporte, mas a Cedae não comenta esse tipo de exploração.
Por não poder ficar sem energia elétrica, diversas empresas da região, inclusive o Hospital, que pertence à Amil, dispõe de gerador movido a gás, que é constantemente acionado, principalmente se a chuva vier acompanhada de rajadas de ventos, que provocam o rompimento da rede elétrica, que é aérea e está sujeita não só aos raios, mas também pode ser derrubada por um veículo.
Agora, o mais novo sofrimento é a falta de estrutura da CEG para atender a consumidores compulsórios, pois uma lei estadual proíbe a utilização de botijões de gás em prédios com mais de 4 pavimentos. Mais do que zelar pela segurança dos moradores, a lei foi feita pelo governo para garantir uma clientela cativa para a CEG, rebatizada como Gás Natural Fenosa, que acabou privatizada e hoje é controlada por uma empresa italiana.
A expectativa dos consumidores é que o Procon/RJ investigue os serviços da CEG e a falta de estrutura para enfrentar um problema comum às prestadoras de serviço: a sua interrupção provocada por um eventual vazamento de gás, como parece ser o caso do prédio de S. Conrado.

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