EXPLOSÃO
EM SÃO CONRADO
AFETA
ATENDIMENTO DA CEG
Morados
de um prédio vizinho ao Hospital Mario Lioni, no bairro 25 de Agosto, que tem o
IPTU mais alto da Baixada, estão sem fornecimento de gás desde a tarde desta
segunda-feira (18). Quem ligou para a CEG, recebeu dos atendentes uma resposta
inusitada: não temos previsão de atendimento para o seu caso em virtude da
grande quantidade de reclamações por conta da explosão num apartamento em São
Conrado, Zona Sul da Capital, na manhã de segunda-feira, que destruiu pelo
menos quatro apartamentos de um prédio com 19 andares.
O
gás, da mesma forma que a água e a energia elétrica, são bens dos quais o
consumidor não pode ser impedido de utilizar, salvo motivo de força maior. Os
moradores do Jardim 25 de Agosto, que dispõe de dois reservatórios com
capacidade para 14,5 milhões de litros, há anos convivem com a falta d’água, o
que faz a alegria dos donos de carros-pipas, que recebem água de graça da Cedae,
mas cobram entre R$ 200 e R$ 600 por uma carga de 10 mil litros. Os pipeiros
alegam que cobram apenas pelo transporte, mas a Cedae não comenta esse tipo de
exploração.
Por
não poder ficar sem energia elétrica, diversas empresas da região, inclusive o
Hospital, que pertence à Amil, dispõe de gerador movido a gás, que é constantemente
acionado, principalmente se a chuva vier acompanhada de rajadas de ventos, que
provocam o rompimento da rede elétrica, que é aérea e está sujeita não só aos raios,
mas também pode ser derrubada por um veículo.
Agora,
o mais novo sofrimento é a falta de estrutura da CEG para atender a
consumidores compulsórios, pois uma lei estadual proíbe a utilização de
botijões de gás em prédios com mais de 4 pavimentos. Mais do que zelar pela
segurança dos moradores, a lei foi feita pelo governo para garantir uma
clientela cativa para a CEG, rebatizada como Gás Natural Fenosa, que acabou
privatizada e hoje é controlada por uma empresa italiana.
A
expectativa dos consumidores é que o Procon/RJ investigue os serviços da CEG e
a falta de estrutura para enfrentar um problema comum às prestadoras de
serviço: a sua interrupção provocada por um eventual vazamento de gás, como
parece ser o caso do prédio de S. Conrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário