EX
DIRETOR DA PETROBRÁS
DELATA
O VICE DE PEZÃO
Além do
ex governador Sérgio Cabral, do Rio de Janeiro, outros nomes vieram à tona
neste fim de semana, com novas revelações sobre o esquema de desvio da
Petrobrás, que o candidato à Presidência da República do PSDB, Aécio Neves,
chamou de “Petrolão”, numa referência ao Mensalão do PT, que mandou para cadeia
as principais lideranças do partido, a começar pelo ex chefe da Casa Civil de
Lula, José Dirceu, e o próprio presidente do partido, José Genoíno.
Na
edição deste fim de semana, a revista “Istoé” vai mais longe e revela que também
foram delatados por Paulo Roberto Costa o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o
governador do Ceará Cid Gomes, e os senadores Delcídio Amaral (PT-MS, candidato
a governador de Mato Grosso do Sul, e Francisco Dornelles (PP-RJ), parente de
Aécio Neves e vice na chapa do governador Luiz Fernando Pezão. Na semana
passada, as investigações avançaram sobre o rastreamento do dinheiro
desviado. Os levantamentos preliminares já confirmaram que boa parte da
lista de parlamentares e chefes de governos estaduais contemplada, segundo o
delator, pelo propinoduto da Petrobras, tem conexão direta com as empresas
envolvidas no esquema da estatal.
Ainda
segundo “Istoé”, no fim de agosto deste ano, um cheque de R$ 3,3 milhões da
Camargo Corrêa irrigou o caixa controlado pelo presidente do Senado, Renan
Calheiros, cujo filho é candidato a governador de Alagoas. Para que os recursos
não saíssem diretamente para a campanha do filho do presidente do Senado, o
dinheiro foi pulverizado em campanhas de deputados estaduais de diferentes
partidos que compõem a coligação formada em torno de Renan Filho. Partidos como
PDT, PT, PCdoB e PROS dividiram os recursos.
O
senador reagiu indignado ao vazamento do acordo de delação e negou proximidade
com a diretoria da Petrobras. “As relações nunca ultrapassaram os limites
institucionais”, afirma o parlamentar alagoano.
O
senador Francisco Dornelles (PP-RJ) afirmou neste sábado, 13, ao
Broadcast,serviço de informações em tempo real da Agência Estado, que está
"tranquilíssimo" em relação à citação de seu nome no recebimento de
doação de empresas envolvidas no esquema de pagamento de propina da Petrobras.
O
senador afirmou que todas as doações feitas por empresas à campanha do partido
(PP) estão registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). "As empresas
registradas são empresas que fazem doações para nós desde 1986, são pessoas que
temos relacionamento", disse por telefone, de Itatiaia (RJ), onde faz
campanha à reeleição. Segundo o parlamentar, nem ele e nem o partido precisam
ou precisaram da intermediação de Paulo Roberto Costa para receber doações.
"Nunca precisamos", afirmou. Questionado sobre como se sentiu ao ver seu
nome citado na edição da revista neste final de semana, Dornelles disse:
"estou tranquilíssimo".
Ainda
segundo a Agência Estado, o governador do Ceará, Cid Gomes, por meio de sua
assessoria de imprensa, disse não conhecer nem nunca ter ouvido falar em Paulo
Roberto Costa e que, em nenhum momento, foi negociada a construção de uma
minirrefinaria no Estado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário