PARA AMORIM, PAPEL DAS FORÇAS
ARMADAS É GARANTIR A LEI
O ministro da
Defesa, Celso Amorim, disse hoje (18) que a atuação das Forças Armadas na
proteção ao leilão do Campo de Libra, marcado para segunda-feira (21),
garantirá o cumprimento de lei aprovada pelo Congresso Nacional. “Se não
houvesse necessidade, não nos teriam chamado”, disse Amorim, ao comentar a
solicitação de reforço pelo governo do Rio, que está preocupado com a
ocorrência de protestos para impedir o evento.
“O governador
[Sérgio Cabral] pediu o apoio das Forças Armadas porque considerou que as
forças do estado não eram suficientes e isso está previsto na Constituição”,
declarou Amorim. “Estaremos lá [no leilão], com esse objetivo, é uma situação
excepcional”, reforçou, após palestra no Instituto de Filosofia e Ciências
Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Apesar dos
protestos que questionam a participação de empresas estrangeiras no leilão, o
ministro Amorim disse durante a palestra que o leilão foi aprovado
democraticamente. “É legítimo ter opinião diferente da maioria do Congresso
Nacional. Vivi 21 anos em governo autoritário e acho que a existência do
Congresso é importante. Minha resposta se baseia no respeito à lei”, pontuou,
sob vaias da plateia.
Dos cerca de 1,1
mil homens que integrarão as forças de segurança no dia da licitação do Campo
Libra, na Barra da Tijuca, cerca de 700 são do Exército. A Força Nacional e as
polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal também foram convocadas. As
ações de segurança serão coordenadas pelo Comando Militar do Leste, que fica no
Rio de Janeiro e é subordinado ao Ministério da Defesa.
Protestos contra a
licitação estão sendo feitos em várias partes do país. Em São Paulo, na manhã
de hoje, durante três horas, o saguão do prédio da Petrobras na capital
paulista foi ocupado por sindicalistas e trabalhadores ligados à indústria do
petróleo. Ontem, entidades do movimento social ocuparam o Ministério de Minas e
Energia. Contra o leilão, o primeiro do pré-sal, também estão em greve os
empregados da estatal. (ABr)
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