ESTADO DO RIO MANTÉM 83 MIL
PESSOAS EM ÁREAS DE RISCO
Pelo menos 83 mil pessoas vivem em áreas de risco
de desastre iminente no estado do fluminense. A constatação é do Departamento
de Recursos Minerais do Estado do Rio (DRM), que às vésperas do verão, estação
mais chuvosa do ano, divulgou levantamento com 2,8 mil pontos de deslizamentos
em 91 municípios. A capital fluminense, que fez levantamento próprio, ficou de
fora.
O relatório do DRM destaca que chuvas regulares,
consideradas normais, são suficientes para provocar acidentes graves e atingir
cerca de 20,8 mil moradias. Para chegar a esse número, a equipe técnica
calculou a trajetória de possíveis deslizamentos e a quantidade de terra que pode
desabar sobre as moradias, causando inclusive mortes, que não estão
descartadas.
Entre as cidades em situação mais grave, com mais
de 200 pontos de risco iminente, está Petrópolis, na região serrana fluminense,
com 18 mil pessoas em perigo, em rota de deslizamentos. Localizado na mesma
região – uma das mais afetada pelas chuvas de verão dos últimos anos – estão
entre as cinco cidades mais perigosas Teresópolis e Nova Friburgo. No litoral
sul está Angra dos Reis e, na região metropolitana, a cidade de Niterói.
De acordo com o relatório do DRM, mais nove
municípios têm entre 85 e 200 lugares onde podem ocorrer deslizamento com
impactos sobre moradores. São eles Itaperuna, no norte fluminense, São Gonçalo,
na região metropolitana, além de Magé e Duque de Caxias, na baixada fluminense.
No sul do estado, estão Itaguaí, Piraí, Rio Claro, Barra Mansa e Mangaratiba.
Elaborado pela primeira vez, o relatório afirma que
a situação é crítica e ascende um alerta, disse o presidente do DRM, Flavio
Erthal. Diante deste cenário, um dos objetivos é que as prefeituras planejem
ações de emergência rapidamente. “As defesas civis estão se equipando melhor,
estão se antecipando. O planejamento é fundamental”, disse o presidente do
DRM.
Para socorrer os municípios, em caso de desastre, o
governo do estado elaborou o Plano de Proteção e Defesa Civil. Trata-se de um
manual de procedimentos e ações para atender emergências, organizar ajuda
humanitária e enviar equipamentos complementares para acidentes. O DRM manterá
de plantão geólogos e geotécnicos no verão, que atuarão em apoio às defesas
civis dos municipios. (Agência Brasil)
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