PARA DEPUTADOS, MEC SE OMITE NA
CRISE DAS UNIVERSIDADES DO RIO
Para o presidente da comissão, deputado Paulo Ramos
(PSol), é necessário evitar o descredenciamento, pressionar para a saída do
Grupo Galileo Educacional, manter os postos de trabalho, pagar todos os
funcionários e melhorar a qualidade educacional. “Estamos à disposição para
procurar caminhos que estejam ao nosso alcance para ajudar”, afirmou o
parlamentar, que também esteve à frente da CPI das universidades particulares.
O deputado Robson Leite (PT), que foi relator da CPI e
preside a Comissão de Cultura da Alerj, concorda com a importância da pressão
dos envolvidos em nível nacional. “O Rio tem 46 deputados federais que estarão
pedindo votos no ano que vem. Mandem e-mail para todos os deputados, mas para
esses 46 em especial. Vocês podem pedir para não descredenciar as
universidades”, reforçou o petista, para uma plateia de 150 pessoas. Leite
lembrou que, em encontro com Mercadante, o ministro pareceu incomodado com a
pressão e não se entusiasmou com o pedido dele para buscar soluções para as
universidades. A necessidade de um compromisso do MEC também foi reforçada por
Ramos, que pediu ao órgão um representante para acompanhar o caso.
“O MEC não pode se ausentar daqui hoje, tem que dar uma
explicação desse processo que eles estão fazendo. Suspender é uma atitude fria,
de quem está tentando lavar as mãos, dizer que não faz parte do processo,
quando isso não é correto”, criticou o presidente do Sindicato dos Professores
do Município do Rio de Janeiro e Região (Sinpro-Rio), Wanderley Quêdo.
Para o diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro
(SindMed/RJ) e professor da Universidade Gama Filho, Jorge Amaral, as ações
para resolver o conflito têm de ser tomadas logo.
“Precisamos montar uma estrutura para sobreviver ao
recesso. Podemos sofrer com mudanças no ministério logo no começo do próximo
ano”, apontou. Ainda de acordo com ele, os formandos do curso precisam,
imediatamente, ter a garantia do diploma para entrar no mercado de trabalho.
Já a representante do Diretório Central dos Estudantes
(DCE) da Universidade Gama Filho, a aluna de Medicina Ana Flávia do Nascimento
Silva, ressaltou a falta de atenção ao ensino superior, enquanto faltam
profissionais formados.
“Falam que faltam médicos no Brasil, mas há 2 mil alunos
de Medicina implorando para estudar”, contou. Segundo o representante do DCE da
Unidade Sete de Setembro da UniverCidade, Bruno Amaral, há diversas
deficiências no campus onde estuda. “Hoje na unidade de Madureira (da
UniverCidade) só tem dois funcionários. Quem vai garantir a nossa segurança?
Quem vai limpar o banheiro? Quem vai atender aos alunos? Quem vai liberar
documento?”, questionou o estudante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário