POLÍCIA
FEDERAL FAZ BUSCA E
APREENSÃO
NA CASA DA DINDA
Collor é
um dos senadores alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito
da Operação Lava Jato e um dos parlamentares contra os quais pairam mais provas
de envolvimento no petrolão. Em acordo de delação premiada, o doleiro Alberto
Youssef afirmou, por exemplo, que Collor era beneficiário de propina em uma operação
da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A distribuição do dinheiro sujo
contava com a participação do ex-ministro de Collor, Pedro Paulo Leoni Ramos,
dono da GPI Investimentos e amigo de longa data do senador.
Na
triangulação do suborno, foi fechado um contrato com uma rede de postos de
combustível de São Paulo e que previa a troca de bandeira da rede, para que o
grupo se tornasse um revendedor da BR Distribuidora. O negócio totalizou 300
milhões de reais, e a cota de propina, equivalente a 1% do contrato, foi
repassada a Leoni Ramos, que encaminhava finalmente a Collor. Na explosiva
delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia,
Fernando Collor também foi citado como o destinatário de 20 milhões de reais em
propina, pagos pela construtora entre 2010 e 2012, para que o senador
defendesse interesses da companhia com a BR Distribuidora.
Desde que
foi citado por delatores da Lava Jato, Fernando Collor montou uma ofensiva para
desqualificar o Ministério Público e elegeu como alvo preferencial de seus
ataques o procurador-geral da República Rodrigo Janot. Depois dos mandados de
busca desta terça-feira, o senador se fez de vítima e disse ter sido alvo de
medidas com o objetivo de "constranger" e "alimentar o clima de
terror e perseguição". "A medida invasiva e arbitrária é
flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de
pelo menos mais de dois anos. Medidas dessa ordem buscam apenas constranger o
destinatário, alimentar o clima de terror e perseguição e, com isso, intimidar
futuras testemunhas A medida invasiva traduz os tempos em que vivemos, em que o
Estado Policial procura se impor ao menoscabo das garantias individuais",
disse. Sobre os carros de luxo, nenhuma palavra. (Com Veja.com)
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