quinta-feira, 7 de novembro de 2013

INFLAÇÃO OFICIAL SOBE MAIS
PARA OS DESFAVORECIDOS 
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços da cesta de produtos para famílias com renda até cinco salários mínimos, variou 0,61% em outubro. A taxa é superior à observada em setembro (0,27%) e à registrada pelo IPCA, a inflação oficial, que ficou em 0,57% em outubro.
O dado foi divulgado nesta quinta (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os alimentos tiveram alta de preços de 0,94%, enquanto os produtos não alimentícios variaram 0,47%. No ano, o INPC acumula taxa de 4,25%. Já no acumulado de 12 meses, a alta de preços é de 5,58%.
Os produtos com elevação na maioria das capitais foram carne, tomate, pão francês, leite e manteiga. O preço da carne, item que tem maior peso na cesta, registrou aumento em 16 cidades, variando de 0,51%, em Brasília, a 6,55%, em Recife. De acordo com o departamento, essa elevação, que ocorre desde setembro, é resultado do impacto da entressafra, pois as más condições das pastagens no inverno reduzem a quantidade de animais para abate.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou “um bom resultado” o Índice IPCA de 0,57% registrado em outubro. Segundo ele, a taxa ficou abaixo da expectativa do mercado.
“É um IPCA normal para esta época do ano, quando você começa a ter alguns aumentos de alimentos ou produtos que estão na entressafra como carnes. Mas está menor então do que se esperava”, disse. “Significa que é um bom resultado e esperamos continuar assim nos próximos meses”, avaliou.
O IPCA é utilizado pelo governo para definir as metas de inflação. O centro da meta foi estabelecido em 4,5% neste ano. O limite superior chega a 6,5%.
Para analistas do mercado financeiro e investidores, a inflação este ano deve ficar levemente acima do resultado de 2012, quando chegou a 5,84%. Pela projeção de instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC), na última semana, o IPCA deve chegar a 5,85% em 2013. Para 2014, a inflação deve atingir 5,92%, a mesma projeção anterior.

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