DINHEIRO DA VENDA DO GALEÃO VAI
SUBSIDIAR AS PASSAGENS DE AVIÃO
Quem mora em Juiz de Fora e quiser assistir ao Réveillon
de Copacabana, poderá viajar para o Rio de Janeiro, distante 240 km, pagando
apenas R$ 106, ida e volta, valor cobrado pelas empresas de ônibus para o mesmo
percurso, ao invés dos R$ 880,00 cobrado pelas voadoras. Para quem mora em São Paulo e resolver
visitar os parentes em São Joé do Rio Preto, distante 440 Km, ao invés dos
654,00 das voadoras. Assim, pelo preço de uma passagem de ônibus em estradas
esburacadas e com risco de ser assaltado no meio da viagem, o feliz passageiro
irá desfrutar do conforto de viagem de avião, sem trepidação e muito mais
rápidas.
Não tem milagre
matemático nem truque nesses dois exemplos. A diferença ente os dois sistemas
será subvencionado pelo Governo, através do Fundo criado para receber os R$ 20
bilhões referentes à privatização do Aeroporto do Galeão (Tom Jobim). É o vale
transporte aéreo. Essa forma inventiva de gastar o dinheiro da privatização dos
aeroportos foi anunciada no fim de semana pelo Ministro da Secretaria de
Aviação Civil, Moreira Franco, que explicou que o sistema de subvenção será
feito por região, considerando o preço das tarifas de ônibus e das empresas
aéreas, uma medida explicitamente eleitoreira, pois visa justamente o eleitor
dos chamados grotões, que costumam votar nos candidatos do Governo, qualquer
governo, em troca de pequenos favores,
como uma emprego numa prefeitura, uma vaga num hospital para uma cirurgia, um
par de sapato ou até mesmo carro pipa
para enfrentar a seca, como é comum no Nordeste, mesmo que a água seja
transportada em tanques utilizados, anteriormente, para armazenar gasolina,
álcool e até óleo diesel, como demonstrou a reportagem exibida pelo
“Fantástico” nesse domingo.
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