JUSTIÇA QUER LOCAL SEGURO
PARA LIXO ATÔMICO DE ANGRA
Após ação civil
pública do Ministério Público Federal (MPF) em Angra dos Reis (RJ), a Justiça
Federal condenou a União, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e a
Eletrobras a incluir no orçamento os recursos necessários para a projeção, construção
e instalação de depósitos finais de rejeitos radioativos do lixo atômico das
usinas nucleares Angra I, II e III, no prazo de um ano. Esta medida tem como
objetivo abrigar o lixo atômico produzido pelas unidades da Central Nuclear
Almirante Álvaro Alberto (CNAAA). (Proc. Nº 0000121-82.2007.4.02.5111)
De acordo com a sentença da Justiça, a CNEN também deverá encaminhar ao MPF
relatórios bimestrais sobre o andamento da etapa de seleção do local para o
armazenamento do lixo nuclear bem como realizar reuniões para debater a escolha
do ambiente. Em 2007, o MPF moveu uma ação baseada em um inquérito civil
público no qual apurou que o lixo atômico das usinas nucleares de Angra era
armazenado em depósitos provisórios desde 1982, representando riscos à vida da
população.
Durante a
Ditadura de 1964, o Governo Federal anunciou a construção de um depósito subterrâneo em Xerém,
ao pé da Serra de Petrópolis. A reação dos moradores e das principais
lideranças política da região impediram que o lixo atômico de Angra dos Reis fosse
enterrado num poço em plena Reserva Ambiental de Tinguá.
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