GOVERNO REDUZ VERBAS PARA
PESQUISAS SOBRE A DENGUE
Com a proximidade do verão,
aumenta a preocupação com o mosquito Aedes Aegypti. Dados divulgados no último
dia 19 pelo Ministério da Saúde, indicam que 157 municípios brasileiros estão
em situação de risco de sofrer uma epidemia de dengue, enquanto outros 525 se
encontram em situação de alerta. Para intensificar as ações de vigilância,
prevenção e controle da doença, o Ministério da Saúde autorizou a liberação de
R$ 363,4 milhões para o aprimoramento das atividades de controle do vetor,
vigilância epidemiológica e assistência ao paciente com dengue, valor que se
soma aos recursos já repassados aos Fixo
de Vigilância e Promoção à Saúde (R$ 1,2 bilhão). No ano passado, foram
transferidos R$ 173,3 milhões.
No entanto, segundo
levantamento do portal “Conas Abertas”, os recestados e municípios por meio do Piso ursos para o Programa de Trabalho
da “Coordenação Nacional da Vigilância, Prevenção e Controle da Dengue” têm
enfrentado dificuldades para saírem do papel. O governo autorizou R$ 13,6
milhões para a execução das ações do programa, mas até o dia 26 de novembro,
apenas R$ 2,3 milhões haviam sido desembolsados, ou seja 17% do total previsto
para o ano. O valor não engloba os pagamentos de restos a pagar.
De acordo com o Ministério da
Saúde, a rubrica reúne ações de auxílio ao aperfeiçoamento do programa de
controle da dengue, com financiamento de estudos e pesquisas, capacitação de
profissionais, realização de termo de cooperação e aquisição de veículos e
equipamentos para doação a estados e municípios. Segundo o órgão, os projetos
estão em andamento e, até o final de 2013, a previsão é de que sejam utilizados
cerca de 90% dos recursos disponíveis.
Não é possível entretanto,
afirmar quanto dos R$ 1,2 bilhão destinados aos estados e municípios, por meio
do Piso Fixo de Vigilância, são utilizados no combate à dengue. Os recursos são
repassados para que os gestores locais adotem medidas de prevenção e controle
de outras doenças além da dengue, como a malária e a doenças de chagas. Cabe ao
gestor aplicar a verba de acordo com a realidade de cada localidade.
Em contrapartida ao repasse
adicional de R$ 363,4 milhões – este específico para a dengue, os municípios
precisam cumprir algumas metas como disponibilizar agentes de controle de
endemias, garantir cobertura das visitas domiciliares pelos agentes, realizar o
Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), adotar
mecanismos para a melhoria do trabalho de campo, notificar os casos graves de
dengue, entre outras medidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário