FALTA DE INVESTIMENTOS EM MOBILIDADE
PREJUDICA O CRESCIMENTO DE CAXIAS
Um incêndios num velho cobrado no entroncamento das
avenidas Presidente Vargas e Duque de Caxias, na semana passada, ao lado da
estação ferroviária e via de escoamento dos veículos procedentes dos bairros
Itatiaia, Vila São Luiz e Dr. Laureano, não causou maior complicação porque o
sinistro ocorrer tarde da noite. Se o fato tivesse ocorrido durante o dia, a
cidade iria parar, pois não há alternativa às duas avenidas, pois o tráfego em
direção contrário é feito pelas estres duas doa 25 de Agosto e Pauliceia.
Tudo isso porque, a partir dos governos militares, os
prefeitos passaram a se dedicar tapar buracos, asfaltar ruas sem rede de
esgotos, construir postos de saúde sem infraestrutura para o atendimento dos
pacientes, escolas sem as mínimas condições pedagógicas e, o suprassumo da
irresponsabilidade, o arrendamento da rede de saúde a empresas que só visavam o
lucro. Nos últimos 80 anos, chegamos ao ápice da irresponsabilidade ao
assistirmos um presidente da república inaugurar um hospital ainda inconcluso e
afirmar, aos quatro ventos, que seria tão bom ou melhor que o Sírio Libanês, o
preferido de 10 em cada 10 políticos ou grandes empresários quando se refere
aos cuidados com a própria saúde.
O incêndio da semana passada talvez serva para o prefeito
Alexandre Cardoso começar4 a implantar o prometido projeto de mobilidade,
impedindo a pura e simples reconstrução doa antigo sobrado, exigindo que nova
construção no local atenda ao Plano de Alinhamento fixado para o local há mais
de 30 anos, isto é, redesenhar a conexão das duas avenidas, de molde a abir as
pistas de rolamento, brindo ao mesmo tempo uma temporada de obras de
alargamento de ruas e avenidas, preparando a cidade para um novo ciclo de crescimento,
aproveitando que Duque de Caxias está no foco das principais empresas da
construção civil, com lançamentos de novos empreendimentos voltados para o
futuro, oferecendo aos seus moradores uma outra qualidade de vida.
Já é tempo do Poder Público reassumir o seu papel de
indutor do progresso, do desenvolvimento através de projetos de modernização
urbana, com novos meios mais modernos de transporte de massa. Uma cidade com l
milhão de habitantes, que é um dos maiores polos industriais do Sudeste, não
pode ser governada com os olhos para o passado, preservando apenas o interesse
de antigos proprietários, que sugaram da ciade o que ela tinha de seiva
produtiva, sem nada dar em troca, nem uma nessa de terreno que permita, no
futuro, o alargamento das ruas. Basta
ver os congestionamentos diários em ruas movimentadas como Tenente José Dias ou
José Veríssimo, de um lado da via férrea, ou Conde de Porto Alegre ou Correia
Meyer, do lado do 25 de Agosto e Pauliceia.
A cidade não pode mais continuar partida por uma arcaica via
ferroviária, que presta um serviço de péssima qualidade aos seus usuários. É
preciso que a Secretaria de Transportes
do Estado resgate, do fundo de alguma gaveta, o projeto par abrir uma larga
avenida, aproveitando o leito da antiga Estrada de Ferro Leopoldina,
transferindo as linhas férreas para um túnel entre o Corte Oito e a divisa com
a Capital, ou a construção de um elevado, por onde seguiriam trens de alta
velocidade, modernizando o transporte de massa e uma repaginada no centro da
cidade, com calçadões que atendam ao interesse do pedestre, não apenas dos
lojistas, como sempre foi a postura do Governo, qualquer governo, que passou
por esta cidade desde a sua emancipação em 31 de dezembro de 1943.
Se o povo saiu ás ruas em 2013, pedindo mudanças, os
moradores de Duque de Caxias há 30 anos não pedem a seus governantes, eleito ou
nomeados, que façam essas mudanças. Não se pode mais admitir que a simples
duplicação de uma avenida atravesse, inconclusa, 3 mandatos governamentais.
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