domingo, 3 de agosto de 2014

FALTA DE INVESTIMENTOS EM MOBILIDADE
PREJUDICA O CRESCIMENTO DE CAXIAS 
Um incêndios num velho cobrado no entroncamento das avenidas Presidente Vargas e Duque de Caxias, na semana passada, ao lado da estação ferroviária e via de escoamento dos veículos procedentes dos bairros Itatiaia, Vila São Luiz e Dr. Laureano, não causou maior complicação porque o sinistro ocorrer tarde da noite. Se o fato tivesse ocorrido durante o dia, a cidade iria parar, pois não há alternativa às duas avenidas, pois o tráfego em direção contrário é feito pelas estres duas doa 25 de Agosto e Pauliceia.
Tudo isso porque, a partir dos governos militares, os prefeitos passaram a se dedicar tapar buracos, asfaltar ruas sem rede de esgotos, construir postos de saúde sem infraestrutura para o atendimento dos pacientes, escolas sem as mínimas condições pedagógicas e, o suprassumo da irresponsabilidade, o arrendamento da rede de saúde a empresas que só visavam o lucro. Nos últimos 80 anos, chegamos ao ápice da irresponsabilidade ao assistirmos um presidente da república inaugurar um hospital ainda inconcluso e afirmar, aos quatro ventos, que seria tão bom ou melhor que o Sírio Libanês, o preferido de 10 em cada 10 políticos ou grandes empresários quando se refere aos cuidados com a própria saúde.
O incêndio da semana passada talvez serva para o prefeito Alexandre Cardoso começar4 a implantar o prometido projeto de mobilidade, impedindo a pura e simples reconstrução doa antigo sobrado, exigindo que nova construção no local atenda ao Plano de Alinhamento fixado para o local há mais de 30 anos, isto é, redesenhar a conexão das duas avenidas, de molde a abir as pistas de rolamento, brindo ao mesmo tempo uma temporada de obras de alargamento de ruas e avenidas, preparando a cidade para um novo ciclo de crescimento, aproveitando que Duque de Caxias está no foco das principais empresas da construção civil, com lançamentos de novos empreendimentos voltados para o futuro, oferecendo aos seus moradores uma outra qualidade de vida.
Já é tempo do Poder Público reassumir o seu papel de indutor do progresso, do desenvolvimento através de projetos de modernização urbana, com novos meios mais modernos de transporte de massa. Uma cidade com l milhão de habitantes, que é um dos maiores polos industriais do Sudeste, não pode ser governada com os olhos para o passado, preservando apenas o interesse de antigos proprietários, que sugaram da ciade o que ela tinha de seiva produtiva, sem nada dar em troca, nem uma nessa de terreno que permita, no futuro, o alargamento das ruas.  Basta ver os congestionamentos diários em ruas movimentadas como Tenente José Dias ou José Veríssimo, de um lado da via férrea, ou Conde de Porto Alegre ou Correia Meyer, do lado do 25 de Agosto e Pauliceia.
A cidade não pode mais continuar partida por uma arcaica via ferroviária, que presta um serviço de péssima qualidade aos seus usuários. É preciso que a Secretaria de  Transportes do Estado resgate, do fundo de alguma gaveta, o projeto par abrir uma larga avenida, aproveitando o leito da antiga Estrada de Ferro Leopoldina, transferindo as linhas férreas para um túnel entre o Corte Oito e a divisa com a Capital, ou a construção de um elevado, por onde seguiriam trens de alta velocidade, modernizando o transporte de massa e uma repaginada no centro da cidade, com calçadões que atendam ao interesse do pedestre, não apenas dos lojistas, como sempre foi a postura do Governo, qualquer governo, que passou por esta cidade desde a sua emancipação em 31 de dezembro de 1943.
Se o povo saiu ás ruas em 2013, pedindo mudanças, os moradores de Duque de Caxias há 30 anos não pedem a seus governantes, eleito ou nomeados, que façam essas mudanças. Não se pode mais admitir que a simples duplicação de uma avenida atravesse, inconclusa, 3 mandatos governamentais.

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