RELATÓRIO MILITAR OMITE ATÉ
A PRISÃO DA PRESIDENTE DILMA
Numa extensa reportagem publica nesta
sexta-feira (1º) pelo diário eletrônico “Brasil/247”, o jornalista Luiz
Cláudio Cunha, para o Brasil 247 contesta o relatório das Formas Armadas em que
é negado a existência de tortura em dependências militares durante o regime
instaurado em 1964.
O jornalista destaca que, “para
atender a um minucioso requerimento de 115 páginas enviado em 18 de fevereiro
passado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV), as Forças Armadas (FFAA)
reuniram suas tropas para produzir um monumento à insensatez e ao deboche: um
palavroso, maçante, insolente, imprestável conjunto de 455 páginas de
relatórios militares que não relatam, de sindicâncias que não investigam, de
perguntas não respondidas, de respostas não perguntadas e de conclusões nada
conclusivas, camufladas em um cipoal de decretos, leis, portarias, ofícios e
velhos recortes de jornais falecidos”
Na reportagem, Luiz Claudio Cunha considera
que ocorre um histórico fiasco “que passou em branco pela indolente imprensa
brasileira, confinada a um registro burocrático, preguiçoso, sobre o sonso
documento de resposta das FFAA.
Entre os pontos que o relatório omite,
Cunha lembra que a Presidente Dilma Rousseff, então com 22 anos, esteve
encarcerada no DOI-COD do então II Exército, na rua Tutóia. Sob o codinome de
“Estela?” ou “Vanessa”, Dilma Rousseff integrava o grupo guerrilheiro Vanguarda
Armada Revolucionária-Palmares (VAR-Palmares), onde era conhecida pelos
codinomes de 'Estela' ou 'Vanda'. Na ficha da polícia, ela era identificada
como Dilma Vana Rousseff, ou Linhares, seu nome de casada.
Cunha cobra, ao final da reportagem, uma
posição firme de Dilma Rousseff, lembrando que, como Presidente da República,
ela é a Comandante em Chefe das Forças Armada, como previsto na Constituição
Federal:
A Nação merece, agora, um esclarecimento da
principal ocupante do Palácio do Planalto, que um dia circulou como presa pela
sucursal do inferno, levou soco na cara, perdeu dente, sofreu hemorragia,
passou frio, teve fome e sentiu medo, muito medo.
A presidente da República, que viveu na
carne e na alma todo o terror da ditadura, precisa esclarecer ao país, enfim,
onde está a verdade, que a CNV busca com o empenho que as FFAA não demonstram. Afinal,
presidente Dilma, quem está mentindo? – conclui o jornalista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário