PERNAMBUCO APONTA
CORTES DE
REPASSES COMO
PERSEGUIÇÃO
O secretário da Fazenda de Pernambuco, Décio Padilha,
afirmou que os repasses federais para o Estado caíram 49,8% no primeiro
semestre deste ano quando em comparação com o mesmo período do ano passado.
Apesar de tentar evitar a politização em torno do assunto, segundo o
secretário, a transferência de recursos, que nos primeiros seis meses de 2013
chegou a R$ 534,9 milhões, caiu para R$ 268,7 milhões neste exercício.
O declínio teria começado a acontecer quando o
ex-governador Eduardo Campos (PSB) assumiu a sua pré-candidatura à Presidência
da República. O PSB deixou a base do governo da presidente Dilma Rousseff (PT)
em setembro do ano passado. Apesar disso, Pernambuco recebeu R$ 2,6 bilhões do
Fundo de Participação dos Estados (FPE), uma alta de 9,6% sobre o primeiro
semestre de 2013.
De acordo com Padilha, as contas só permaneceram
equilibradas graças a uma alta de 9,7% registrada na arrecadação do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que chegou a R$ 6,05 bilhões
no primeiro semestre.
"A transferência de capital está caindo. O governo
federal está transferindo menos, sim", afirmou Padilha, segundo o blog do Jamil
do. "Não sei porque isso ocorreu", emendou.
Apesar da queixa quanto a redução dos repasses federais,
Padilha anunciou que o governo estadual pretende contratar um empréstimo da
ordem de R$ 1,29 bilhão junto à União. Os recursos seriam aplicados em obras
como a revitalização de canais, implantação de infraestrutura para os polos
fármaco e metal mecânico, melhoria dos serviços de saúde e educação, transporte
coletivo e mobilidade urbana, além de contrapartidas referentes ao Programa de
Aceleração do Crescimento.
Padilha diz que a situação financeira do Estado é sólida
o bastante para permitir um empréstimo do gênero sem que isto venha a afetar as
finanças públicas. "A capacidade de pagamento do Estado está maior",
assegurou o secretário. Segundo ele, a dívida consolidada de Pernambuco, que em
dezembro de 2013 era de R$ 9 bilhões, foi reduzida para R$ 7,3 bilhões em junho
deste ano.
Ele também assegurou que o Estado vem pagando
regularmente os valores referentes ao montante principal dos empréstimos
contraídos anteriormente, bem como os juros que incidem sobre estas operações.
De acordo com o secretário, Pernambuco deverá investir R$ 3,74 bilhões até o
final de 2014, cerca de R$ 400 milhões acima do que foi aplicado em todo o ano
passado.
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