CPI DA PETROBRAS PODERÁ
CONVOCAR LULA E MANTEGA
O ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, pode ser convocado
a depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Mantega é
suspeito de impedir a divulgação de um prejuízo sofrido pela estatal no valor
de R$ 88,6 bilhões. A deputada federal e integrante da CPI, Eliziane Gama
(PPS-MA) vai requisitar o depoimento do ex-ministro. A deputada afirma que ele
deve explicar aos parlamentares o motivo de tentar barrar a informação durante
um encontro do Conselho de Administração da petroleira em janeiro.
De acordo com Eliziane, Mantega precisa esclarecer se
estava a serviço de alguém como a presidente Dilma Rousseff, por exemplo.
Segundo a deputada, a petista pode ter feito o pedido ao ex-ministro para
esconder do mercado os dados negativos da empresa. “Como conselheiro da
Petrobras, Mantega agiu de maneira irresponsável. Foi um conselho muito caro
para os cofres e a credibilidade da Petrobras”, disse a parlamentar.
Já o presidente da CPI, deputado Hugo Mota, admitiu em
entrevista à jornalista Joice Hasselmannn, da TV/Veja, conforme vídeo acima, que o ex
presidente Lula poderá ser convocado a depor, tendo em vista que a área de
atuação da CPI começa em 2005 e o ex presidente da Petrobras José Sergio
Gabrielle e os diretores envolvidos nos desvios na estatal foram nomeados por
Lula.
O jornal Folha de
S. Paulo denunciou que ao admitir uma desvalorização das ações da
estatal de R$ 45 bilhões, Graça Foster contrariou Dilma. Foster foi demitida
pela presidente cinco Dias após a publicação da notícia. Nesta mesma gravação,
durante uma reunião de oito horas do conselho, foi identificada a posição de
Mantega de omitir as perdas da empresa.
A deputada do PPS critica ainda o aparelhamento político de
estatais. “O ex-ministro da Fazenda sugeriu que a empresa petrolífera desrespeitasse
as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) ao esconder os resultados.
Trata-se de uma atitude completamente irresponsável. Não é à toa que a economia
do Brasil chegou ao ponto em se encontra”, conclui a integrante da CPI da
Petrobras.
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