MÉDICOS TROCAM HOSPITAIS
PELA CARREIRA POLÍTICA
A denúncia do Ministério
Público contra um grupo de médicos que acumulavam irregularmente, três empregos
públicos, mesmo com a distância de até 300 quilômetros entre um e outro
consultório (Rio de Janeiro e Campos, por exemplo), revela que não faltam
médicos no Brasil, mas, sim, e infelizmente, uma Política de Saúde que torne o
Sistema Único de Saúde imune ao clientelismo e às falcatruas.
Na lista de médicos
denunciados pelo MP, identificados pelo coleguinha Elizeu Pires no seu blog,
está um grupo que desempenha cargos públicos em Araruama, na Região dos Lagos,
embora estivessem lotados em hospitais da Capital e até da Baixada Fluminense,
como o Hospital Adão Pereira Nunes, mais conhecido como Hospital de Saracuruna.
Entre os médicos que
acumulavam, indevidamente, cargos políticos simultaneamente com suas atividades
nos hospitais do Rio de Janeiro estão os médicos Marcelo Amaral Carneiro, José
Gomes de Carvalho e Amilcar Cunha Ferreira. Eles integram um grupo de pelo
menos dez profissionais de saúde lotados no Hospital Estadual Roberto Chabo, em
Araruama, acusados de irem à unidade, baterem o ponto e saírem em seguida.
Marcelo Carneiro, por exemplo, é vereador na cidade (eleito pelo PT em 2012),
embora resida em Icaraí, famosa praia de Niterói. Já José Gomes de Carvalho foi
- até o dia 25 agosto último - secretário de Saúde enquanto Amilcar Ferreira
era, até 31 de dezembro do ano passado, o vice-prefeito da cidade.
Além dos três políticos foram
flagrados marcando ponto, mas deixando a unidade logo em seguida, os médicos
Fernando Bernardino, Luciano Mendes Guedes, Élio Luiz Valente e Luiza Maria
Quintanilha. O vereador, que mora em de Icaraí, se apresentava aos eleitores
durante a campanha como “Dr. Marcelo, o médico do povo”. Ele foi eleito com
1698 votos e, além do mandato de vereador, tem 3 empregos.
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