terça-feira, 22 de outubro de 2013

MÉDICOS TROCAM HOSPITAIS
PELA CARREIRA POLÍTICA 
A denúncia do Ministério Público contra um grupo de médicos que acumulavam irregularmente, três empregos públicos, mesmo com a distância de até 300 quilômetros entre um e outro consultório (Rio de Janeiro e Campos, por exemplo), revela que não faltam médicos no Brasil, mas, sim, e infelizmente, uma Política de Saúde que torne o Sistema Único de Saúde imune ao clientelismo e às falcatruas.
Na lista de médicos denunciados pelo MP, identificados pelo coleguinha Elizeu Pires no seu blog, está um grupo que desempenha cargos públicos em Araruama, na Região dos Lagos, embora estivessem lotados em hospitais da Capital e até da Baixada Fluminense, como o Hospital Adão Pereira Nunes, mais conhecido como Hospital de Saracuruna.
Entre os médicos que acumulavam, indevidamente, cargos políticos simultaneamente com suas atividades nos hospitais do Rio de Janeiro estão os médicos Marcelo Amaral Carneiro, José Gomes de Carvalho e Amilcar Cunha Ferreira. Eles integram um grupo de pelo menos dez profissionais de saúde lotados no Hospital Estadual Roberto Chabo, em Araruama, acusados de irem à unidade, baterem o ponto e saírem em seguida. Marcelo Carneiro, por exemplo, é vereador na cidade (eleito pelo PT em 2012), embora resida em Icaraí, famosa praia de Niterói. Já José Gomes de Carvalho foi - até o dia 25 agosto último - secretário de Saúde enquanto Amilcar Ferreira era, até 31 de dezembro do ano passado, o vice-prefeito da cidade.
Além dos três políticos foram flagrados marcando ponto, mas deixando a unidade logo em seguida, os médicos Fernando Bernardino, Luciano Mendes Guedes, Élio Luiz Valente e Luiza Maria Quintanilha. O vereador, que mora em de Icaraí, se apresentava aos eleitores durante a campanha como “Dr. Marcelo, o médico do povo”. Ele foi eleito com 1698 votos e, além do mandato de vereador, tem 3 empregos.

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