pré
sal não pode ser LEILOADO
a preço
vil, adverte campos
O presidenciável e governador
de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), se pronunciou nesta terça-feira (22), sobre o leilão do Campo de Libra (RJ),
realizado na segunda-feira (21), e não poupou críticas ao Governo Federal, comandado
pela presidente Dilma Rousseff (PT), a sua principal adversária na eleição
2014. Por meio de nota, o gestor pernambucano afirmou que o mecanismo de leilão
de exploração de petróleo nas áreas do pré-sal "precisa ser
aperfeiçoado" com o objetivo de garantir o interesse de grupos
empresariais de maneira que haja competitividade entre as empresas.
"Sem disputa, as empresas
vão sempre oferecer o preço mínimo, o que não é bom para o Brasil. O petróleo
do pré-sal não pode ser vendido a preços aviltados pela falta de
concorrência", declarou o governador, dizendo que o Campo de Libra foi
leiloado pelo preço mínimo, após um processo "com pouco debate junto à
sociedade".
No leilão, houve a
participação de apenas um consórcio, formado pelas empresas Petrobrás, Total
(francesa), Shell (anglo-holandesa) e CNPC e CNOOC (chinesas). A estatal
brasileira terá 40% de participação no consórcio, enquanto a Total e a Shell
ficam com 20% cada. Já as chinesas terão 10% de participação cada uma.
De acordo com um projeto
aprovado pelo Congresso Nacional, 75% dos royalties da exploração do pré-saç
serão destinados à educação e 25% à saúde. Diante desta regra, Campos cobrou
medidas de curto prazo do Governo Federal. "O governo diz que no longo
prazo esse dinheiro vai ajudar muito na saúde e na educação. Mas a saúde e a
educação precisam de medidas imediatas. Não podemos sacrificar os jovens de
hoje, à espera de que o dinheiro do petróleo vá resolver a vida dos jovens do
futuro", afirmou.
Segundo Dilma Rousseff, R$ 270
bilhões serão repassados à União em royalties, R$ 736 bilhões em excedente de
óleo com o regime de partilha e outros R$ 15 bilhões em bônus de assinatura do
contrato. No caso dos bônus, a Petrobrás pagará 41,65% deste valor.
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