MORADORES DA ILHA PROTESTAM
CONTRA PRIVATIZAÇÃO DO GALEÃO
Um ato contra a concessão dos aeroportos do Galeão,
no Rio de Janeiro, e de Confins, em Belo Horizonte e o leilão do Campo de Libra, na Bacia de
Campos, previsto para esta segunda-feira (21), num hotel da Barra da Tijuca,
ocorreu sexta-feia (18) na pista de acesso ao Aeroporto Internacional
Galeão-Tom Jobim, na Ilha do Governador, na zona norte da cidade.
Um grupo formado por sindicalistas, representantes
de movimentos sociais e moradores do bairro ocupou uma das faixas da pista e
seguiu em passeata até o Terminal 2 do aeroporto. A manifestação durou cerca de
uma hora e meia e terminou pacificamente com a distribuição de panfletos aos
passageiros.
O presidente da Associação de Pescadores Livres de
Tubiacanga (Apelt), Alex Sandro, disse que sua comunidade, Tubiacanga, é a mais
ameaçada de ser removida em função das obras de ampliação do Galeão. Segundo
ele, existe um projeto alternativo de construção da terceira pista sem a
necessidade de remoção de comunidades nem de aterros na Baía de Guanabara. Além
de Tubiacanga, estão ameaçadas as comunidades de Parque Royal, Vila Juaniza e
Portuguesa, na Ilha do Governador.
Membro do Comitê Popular Copa e Olimpíadas do Rio
de Janeiro, Renato Cosentino lembra que, desde 2009, já foram removidas 65 mil
pessoas na cidade, muitas vezes sem necessidade, por causa das obras
preparatórias para os grandes eventos, como a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas de 2016. “A gente estima que 250 mil pessoas estejam passando
por esse processo em todo o Brasil. Mas a gente vê que em muitos lugares essa
remoção é completamente desnecessária”, disse a nota.
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