segunda-feira, 11 de novembro de 2013

INFRAERO PATINA NAS
OBRAS DOS AEROPORTOS 
A um ano da Copa do Mundo de 2014, o valor das passagens para turistas nacionais e estrangeiros já está nas alturas, podendo ser até 10 vezes maior do que o preço normal. Porém, é provável que esses passageiros encontrem aeroportos com diversas limitações de serviços. Em 2013, doze aeroportos de cidades que irão receber o mundial deveriam ser contemplados com investimentos da Infraero. Ao todo, R$ 1 bilhão está autorizado especificamente para essas localidades. No entanto, até o final de agosto apenas 54% dos recursos foram aplicados, o equivalente a R$ 551,5 milhões.
 Das 12 obras previstas para aeroportos da Copa, seis desembolsaram menos de 50% dos recursos disponíveis. Nessa situação está, por exemplo, a adequação do Aeroporto Internacional de Confins - Tancredo Neves, em Minas Gerais. A Infraero possui estimativa de aplicar R$ 163,7 milhões na ação. Porém, nos primeiros oito meses do ano, apenas 34,7% desse valor foi utilizado.
Outra ação que ainda está com a execução “pela metade” é a de adequação do Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro. Do total de R$ 153,6 milhões autorizados, somente R$ 69,8 milhões foram aplicados pela Infraero até o final de agosto.
Quando considerados, todos os investimentos da Infraero para este ano, a empresa bateu recorde na aplicação dos recursos. Do total de R$ 1,6 bilhão autorizado para obras e compra de equipamentos em 2013, R$ 884,5 milhões já foram aplicados. Em valores constantes (atualizados pelo IGP-DI, da FGV), o montante é o maior para o período desde 2000.
Para Carlos Campos, pesquisador de infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o aumento de investimentos é uma pressão da sociedade para a qualidade dos aeroportos, mas também da própria Copa do Mundo. “O Mundial de 2014 é uma parede intransponível para o setor aéreo”, explica Campos.
Segundo o especialista a demanda dos aeroportos cresceu muito nos últimos anos e, por isso, passou-se a trabalhar acima da capacidade. “A resposta acabou tendo que ser fazer um ajuste no programa de investimentos, que começa a ter bons resultados em 2013”.
De acordo com Campos é extremamente positivo que as aplicações estejam acontecendo de maneira mais rápida, já que o setor necessita de maior qualidade de infraestrutura. “Além disso, devemos ver uma acentuação ainda maior desses investimentos até o final do ano, já que nos próximos meses, historicamente, a empresa investe mais”.(Contas Abertas)

Nenhum comentário: