sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

BAIXADA URGENTE

OPERAÇÃO "CALÇADAS LIMPAS"Como fez no primeiro dia de seu primeiro Governo, o prefeito Zito percorreu na manhã desta sexta-feira as principais ruas e avenidas da cidade, comunicando aos camelôs e comerciantes que o império da desordem urbana acabou e que eles têm até este sábado para desocupar as calçadas, que há quatro anos vinham utilizando para suas atividades comerciais, prejudicando a circulação da população. A partir de segunda-feira, o problema da desordem urbana passa a ser encarado pelo “rapa”, com ordens de Zito para apreender mercadorias, balcões e carrinhos de camelôs e comerciantes.

ZITO ACUSA EX-PREFEITO DE
TENTAR COMPRAR FAVELA
Embora em seu discurso de posse, na Câmara, tenha se referido ao seu antecessor como amigo, o prefeito Zito deixou claro que a campanha eleitoral vai continuar. Em meio a um discurso de tom conciliador, o prefeito não fez por menos e acusou seu ex-vice de tentar dar um golpe de R$ 4,8 milhões no dia 29, através da compra irregular de um prédio invadido no Parque Beira Mar, batizado pelos seus ocupantes de “Carandiru”, por lembrar o antigo presídio de São Paulo, com diversas torres. O prédio começou a ser construído nos anos 90 por uma suposta Cooperativa de Servidores Civis do Ministério da Aeronáutica, com financiamento da Caixa Econômica Federal. Quando as obras estavam na fase final, os diretores da Cooperativa desapareceram. Alguns dos compradores resolveram, então, invadir os apartamentos e tentar um financiamento da Caixa para a conclusão das obras, inclusive a instalação dos elevadores, a ligação de água, esgotos, energia elétrica e pintura.

No governo anterior, Zito tentou obter ajuda da Caixa para a conclusão das obras, mas os dirigentes da Cooperativa não abriram mão do projeto de construção. A última tentativa de acordo como comandada pelo então Secretário de Habitação, Aroldo Brito, que voltou ao cargo no final do governo de Washington Reis. Novamente os dirigentes da Cooperativa se negaram a assinatura o acordo, desistindo do projeto, como exigia a Caixa. No último dia 28, Washington Reis tentou fechar um acordo com a Cooperativa, pagando R$ 4,8 milhões pelo “Carandiru”, mas a funcionária responsável pela Tesouraria se negou a assinar o cheque, inviabilizando o estranho negócio. Por conta da pressão do prefeito para que assinasse o cheque, ela passou mal e teve que ser internada num hospital particular da cidade.

ZITO PROMETE TRANSPARÊNCIA E
MAIS RIGOR COM A CORRUPÇÃO

Ao tomar posse, pela terceira vez, na segunda prefeitura em arrecadação do Estado do Rio, o ex-deputado Zito prometeu total transparência do Governo e um combate incessante à corrupção. Em seu discurso na Câmara de Vereadores, onde assinou o termo de posse, Zito disse que os seus auxiliares, que estavam tomando posse naquele instante das diversas unidades da administração municipal, deveriam agir com transparência e à serviço da população, sem veleidades de fazerem carreira política por conta dos cargos. Zito usou as regras do futebol para informar que, no primeiro vacilo de qualquer um dos seus colaboradores, ele usaria o cartão amarelo mas, na reincidência, seria inapelável na aplicação do cartão vermelho, o que significaria demissão imediata, independente dos laços de amizade ou partidária entre o prefeito e os seus colaboradores.
Quem participou das negociações para a formação do Secretariado no primeiro Governo Zito lembrou que, na ocasião, o prefeito - e ex-presidente da Câmara - estava disposto a manter nos cargos, por 90 dias, os futuros secretários e subs, para uma melhor avaliação. Só depois de aprovados no “teste de experiênciaeles seriam efetivamente nomeados. Zito foi advertido que nenhum ocupante de cargo de chefia pode tomar posse sem que, antes, o ato de sua nomeação tenha sido publicado no “Boletim Oficial” do Município.

RÁPIDAS
• Dos secretários que tomaram posse na Câmara, o que mereceu maiores elogios foi o delegado Zaqueu Teixeira, que ocupará a estratégica Secretaria Municipal de Segurança Pública, que comanda a Guarda Municipal e terá a missão de melhorar os índices de segurança no Municipio.
• O orçamento para 2009 da Secretaria, sem contar o aporte de recursos federais, será de pouco mais de R$ 13 milhões, pouco menos que a de Ação Social, que terá R$ 17 milhões, mas superior a de Esporte e Lazer, com apenas R$ 10,550 milhões.
• O ex-Chefe de Polícia do Estado, ligado ao PT, conseguiu quebrar as resistências à sua escolha, obtendo até o apoio da ex-senadora Benedita da Silva para a sua nomeação, isto é, por mais incrível que pareça, o PT se uniu em favor do novo Secretário de Municipal de Segurança, que ganhou carta branca de Zito para formar a sua equipe de trabalho.
• Agora contando com apoio financeiro do Governo Federal, através do PRONASCI, a Secretaria de Segurança será encarregada de instalar as 70 Câmeras prometidas pelo ex-prefeito Washington Reis, para apoiar os órgãos de segurança que atuam no Município, com as Polícias Militar e Civil.
• Alias, nas últimas semanas, a Secretaria de Segurança retirou as poucas câmeras que foram instaladas na cidade, como no Ed. Cohen, na Praça Roberto Silveira, e num prédio da av. Presidente Kennedy, em frente ao Centro Cultural Oscar Niemeyer.
• Quem circulou pela cidade na manhã desta sexta-feira, viu uma cena até certo ponto inusitada: garis da Prefeitura limpando os bueiros. Até o dia 31, os garis utilizavam os bueiros como depósito para o lixo das ruas que eles varriam, acabando por provocar enchentes nas principais vias do município.
• Dos 21 vereadores empossados nesta quinta-feira, só um mereceu vaias do público que lotou as galerias da Câmara. Foi Junior Reis, irmão do ex-prefeito Washington Reis, que deixou o cargo de presidente do Legislativo devendo o pagamento do salário de dezembro aos funcionários do Legislativo, coisa que não ocorria há mais de uma década.
• A prometida chapa alternativa, com o vereador Samuquinha na presidência da Câmara, não resistiu ao “charme” do seu colega Mazinho, eleito em chapa única por unanimidade de votos. Nos próximos dias, veremos o preço que o povo irá pagar pelo altruísmo de Samuquinha ao não bater chapa na eleição para a Mesa da Câmara.
• Com os R$ 38 milhões que terá para gastar em 2009, os novos vereadores estão sonhando alto. Para começar, eles querem que a Câmara compre (ou alugue), carros de luxo para os 21, além de garantir o combustível – sem limites.
• Se o Supremo Tribunal Federal der ganho de causa ao Senado e mandar a Câmara promulgar a Emenda Constitucional que aumenta no número de vereadores, a sangria nos cofres públicos será maior, pois só em Duque de Caxias serão mais nove edis, todos com direito a gabinete, carro, combustível e até assessores bem remunerados.
• Ao assumir a Presidência da Câmara, Mazinho reconduziu à direção geral do Legislativo o servidor Laurecy Villar, bem como o advogado e jornalista Anilton Loureiro à Consultoria Jurídica da Câmara. Para alguns funcionários , a volta do simpático advogado ao cargo foi uma reparação moral à maneira com que fora demitido pelo ex-presidente Júnior Reis.
• No início de 2005, quando assumiu a presidência da Câmara, Júnior Reis garantiu a Anilton Loureiro que ele continuaria no cargo por contar com o apoio de 18 dos 21 vereadores, mas poucos dias depois, ele foi chamado ao Gabinete do Presidente e informado que seria demitido. O motivo: o veto de uma conhecida raposa felpuda da política local, que ja não mais integrava o Legislativo Municipal mas tinha trânsito livre no gabinete de Washington Reis.

terça-feira, 30 de dezembro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

ORÇAMENTO DE R$ 1,784 BI
INCLUI UM LIXÃO EM XERÉM
A mensagem nº 059/GP/08, de 15 de outubro último, enviada à Câmara pelo prefeito Washington Reis, encaminhando o Orçamento para 2009, não levou em conta a crise econômica mundial e esconde diversas armadilhas para o futuro prefeito, que toma posse nesta quinta-feira. Ao contrário do que vinha sendo feito ao longo de décadas, o orçamento de 2009 peca pelo otimismo, prevendo um crescimento da receita quando todos os indicadores econômicos apontam para um crescimento do PIB em torno de apenas 3% e a queda na produção industrial, a começar pela área ligada ou dependente do petróleo, como é o caso da Reduc e do Pólo Gás-Químico de Campos Elíseos, acompanhado pela retração da construção civil, sem novos lançamentos empresariais nos últimos meses e a queda no repasse de “royalties” do petróleo.
Na sua última mensagem á Câmara, o ainda prefeito Washington Reis insiste na construção de um lixão em Xerém, sob o disfarce de “aterro sanitário”, a demolição do Shopping Center e a construção de um novo terminal no Centro, por conta do PAC, mas sem garantia dos recursos federais. Outra dificuldade para o próximo prefeito será a conclusão do hospital Moacyr do Carmo, com dois pavimentos em obras e que W. Reis tentou vender para o IPMDC por R$ 55 milhões de reais. Segundo assessores do prefeito eleito, o custo de manutenção do novo hospital será de R$ 70 milhões por ano, embora o orçamento total da Saúde, incluindo gastos com pessoal, medicamentos, manutenção e compra de equipamentos, bem como das diversas unidades hospitalares do Município, tenha sido estimado em apenas R$ 228 milhões, muito inferior ao da Secretaria de Obras, que é de R$375 milhões. Outro disparate é a dotação de apenas R$ 370 mil reais para a Secretaria de Habitação, embora o Município tenha um elevado número de famílias morando em situação de risco, que precisam ser removidas para locais seguros e com infraestrutura.

PREFEITO ACUSADO DE INVADIR
PRÉDIO DE SUPERMERCADO

Os proprietários de um imóvel na Av. Plínio Casado, em frente à estação ferroviária de Duque de Caxias, apresentaram ontem, na 59ª DP/Caxias, denúncia contra o prefeito Washington Reis por invasão do imóvel, que está “sub judice” em virtude de uma ação de consignação das chaves proposta pela locatária, a Rede Carrefour. O imóvel tem 7 proprietários, inclusive o extinto Supermercado Rainha, mas o prefeito baixou um decreto em 29 de setembro de 2006, desapropriando o imóvel para a construção de um centro social. Decorridos dois anos, a Prefeitura não ajuizou a competente ação para tomar posse do imóvel. Desde maio, corre na Justiça de Duque de Caxias uma ação proposta pelo Carrefour, que depositou as chaves do imóvel alegando não lhe interessar prosseguir com o contrato de locação. Como os proprietários contestaram a ação, a multinacional francesa iniciou negociações para o pagamento de uma indenização, que os proprietários irão utilizar para recuperar o imóvel para venda ou nova locação. Com a ação, o supermercado entregou à Justiça as chaves do galpão.
Recentemente, o Secretário de Saúde determinou a autuação dos donos do imóvel por mantê-lo fechado, impedindo a ação dos agentes de controle da Dengue, mas, neste fim de semana, os reais proprietários foram informados da presença de diversos trabalhadores no local, bem como da visita do prefeito, acompanhado de um cidadão envolvido em grilagem de terras no município. Ao sair, o prefeito teria substituído o cadeado, colocado pelo Carrefour,que fora arrombado. Como a Prefeitura não proprietária do imóvel, os seus donos consideraram a presença de trabalhadores da Prefeitura uma invasão de propriedade, além de contrariar a ordem legal, pois as chaves do imóvel estão em poder da Justiça.
O galpão do antigo supermercado continua fechado

DUQUE DE CAXIAS CHEGA AOS
65 SEM TER O QUE COMEMORAR

No dia 31 de dezembro de 1943, um pedaço de Nova Iguaçu se emancipava, transformando-se no município de Duque de Caxias. Surgido nos anos 30 do Século XX como 8º Distrito, a Vila Meriti era uma grande produtora de laranja, cana-de-açúcar e mandioca, além de lenha e carvão para alimentar os fogões da classe média da Zona da Leopldina e as locomotivas que ligavam o Rio de Janeiro a Minas Gerais e Espírito Santo. Apenas 65 anos depois, o antigo Distrito se tornou um dos maiores pólos econômicos e a segunda cidade em arrecadação do Estado do Rio, com uma indústria moderna e diversificada, um comércio ativo e em franca expansão, atraindo as atenções das maiores redes varejistas do País, dando-se ao luxo de dispor de mais de uma loja da mesma bandeira e uma arrecadação que este ano ultrapassa a cada de R$ 1,2 bilhão de reais.
Embora oferecendo ensino do pré-escolar até o nível universitário, com diversas Faculdades voltadas para a formação de técnicos em diversas especialidades, o município ainda registra grande número de analfabetos; dispondo de três hospitais e uma maternidade, exporta doentes; fornece água de boa qualidade para a cidade do Rio de Janeiro, mas sua população ainda se abastece em poços; tem uma sofisticada industria, como petróleo e plástico, mas exporta mão de obra não qualificada para outras cidades; vem batendo recordes na construção civil, mas ainda enfrenta o drama de milhares de famílias morando em condições de risco à beira de rios e encostas; e ainda mantém no lº Distrito um aterro sanitário com mais de 40 milhões de toneladas de lixo de outras cidades, que a qualquer momento podem mergulhar na Baia de Guanabara, provocando a destruição de boa parte da cidade, que irá desaparecer sob a lama e o lixo.
Apesar de tudo, Duque de Caxias, aos 65 anos de independência político-administrativa, é uma cidade que continua atraindo a atenção de empresas do Brasil e do exterior, for força da sua pujança econômica e pela sua localização estratégica – cortada por rodovias federais e sua proximidade com portos e aeroportos do Rio de Janeiro. Afinal, Duque de Caxias é apenas uma grande cidade em construção à espera de um prefeito que tenha visão do futuro, mas com os pés fincados no presente.
Três anos depois de metralhadas (dezembro/2005), as vidraças da Biblioteca Leonel Brizola não foram recuperadas pela Prefeitura

RÁPIDAS
• A Ampla, antiga CERJ, cortou nos últimos d
ias o fornecimento de energia de diversas prefeituras, inclusive de Duque de Caxias, por falta de pagamento. A prefeitura de Duque de Caxias, cuja dívida chega a R$ 544 mil, teve quatro pontos cortados no dia 29, entre eles a Secretaria de Obras e uma quadra esportiva. A distribuidora preservou o fornecimento de energia aos serviços essenciais como hospitais, escolas e iluminação pública (foto). Que belo presente de aniversário para a nossa cidade!
• Um dos sete proprietários do antigo supermercado invadido pelo prefeito no domingo é o advogado Antonio Ticon, fundador e ex-presidente da FEUDUC.
• O deputado Zito será empossado prefeito nesta quinta-feira. O ato solene será no Plenário Vilson Macedo, da Câmara Municipal, no Centro. Terminada a cerimônia, Zito irá até a Praça Roberto Silveira onde fará um comício e anunciará os nomes dos integrantes do seu Secretariado.
• Na segunda-feira, Zito estará novamente no Hospital Moacyr do Carmo, às 11 horas, onde dará uma entrevista coletiva, relatando o que encontrou, ou não, na Prefeitura, inclusive sobre a fracassada venda do hospital para o IPMDC, instituto de previdência dos servidores municipais, por R$ 55 milhões, dinheiro repassado pelo Governo Federal como compensação pela contribuição que, até 1988, a Prefeitura pagava, como empregadora, em favor do INSS .
• De acordo com o prefeito tucano, muita coisa tem que ser esclarecida. “O atual prefeito diz que as contas serão entregues sem problemas, mas então por que motivo tentou vender uma unidade que já pertence ao próprio município?” - indagou Zito.
• Eleito no início do mês presidente do CISBAF - Consórcio Intermunicipal de Saúde da Baixada Fluminense - entidade que reúne 12 municípios da região metropolitana, Zito tem como meta transformar o Moacyr Rodrigues do Carmo em uma unidade regional.
• “Pretendemos fazer com que outros municípios possam usar também o hospital, numa gestão compartilhada”, revela Zito. A captação de recursos junto às três esferas de governo, também ficará a cargo do consórcio. O custo de funcionamento do Hospital Moacyr do Carmo foi estimado em cerca de R$ 70 milhões por ano.
• O circuito político “La Guimarães-Mira Serra” está em polvorosa com a eleição, nesta quinta-feira, da nova Mesa da Câmara, logo depois de empossados os vereadores, o prefeito e o vice.
• Ontem, eram fortes os rumores de que o vereador Samuquinha vem crescendo como candidato independente à presidência da Câmara e que se propões a enfrentar o favoritismo de seu colega Mazinho, ligado a Zito.
• Embora o prefeito sempre influa no resultado da eleição, Samuquinha vem trabalhando junto aos vereadores que se re-elegeram, com promessa de compartilhamento da administração da Câmara e outras vantagens, principalmente na distribuição e equipamento dos 21 gabinetes.
• Segundo fontes próximas a Zito, o Secretariado que toma posse na sexta-feira já está convocado para um mutirão no fim de semana, com a finalidade de proceder a um minucioso levantamento da real situação da Prefeitura, inclusive quanto a viaturas e outros equipamentos, que estarão nas ruas segunda-feira para uma completa varrição e operação tapa-buracos.
• A principal preocupação de Zito é com o fato de Washington Reis haver encerrado diversos contratos de terceirização, inclusive na área da Saúde, desfalcando postos de saúde e os hospitais de profissionais de larga experiência.
• A posse de Zito é lembrada por um ex-vereador como semelhante ao do Dr. Moacyr do Carmo, em 31 de janeiro de 1967, com os salários atrasados mais de cinco meses, com lixo por toda parte e sem dinheiro até para a compra de material de expediente, como papel ofício e canetas.
• Hoje, a situação não é tão grave, mas a cidade enfrentou temporais na semana do Natal e ainda há muito lixo bloqueando o caminho das águas em diversos bairros, como Engenho do Porto, Centenário, Itatiaia e Doutor Laureano.
• Lula volta a responsabilizar os prefeitos pela péssima qualidade do ensino em nosso País. Lula não fala, porém, do fato do MEC utilizar recursos do PROUNI para financiar universidades e faculdades privadas de baixa qualificação, sempre reprovadas nos testes de avaliação do próprio MEC.
• O Orçamento de Duque de Caxias só garante 18% para a Educação, índice calculado sobre uma previsão de receita de apenas R$ 1,449 bilhão, muito embora o orçamento total seja de quase R$ 1,8 bilhão.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

A VELHA RIO-PETRÓPOLIS
CONTINUA FORA DA LEI

Construída em menos de dois anos pelo presidente Washington Luiz, a Estrada Rio-Petrópolis, que completou 80 anos de sua inauguração em agosto último, continua fora da lei o trecho sob jurisdição do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado, entre a ponte sobre o rio Meriti, divisa com a capital, e o entroncamento com a Rodovia Washington Luiz, em Campos Elíseos, que desde o Governo Rosinha Garotinho está em reforma e duplicação pelo próprio DER. O projeto do deputado Zito determinava a mudança do nome da RJ-101, substituindo o atual nome, Av. Presidente Kennedy, por Av. Governador Leonel de Moura Brizola.
Submetido ao crivo do governador, o projeto foi vetado por motivos nada republicanos. Apesar de tudo, a Assembléia Legislativa, onde o governo tem ampla maioria, decidiu derrubar o absurdo veto com 43 votos a favor e apenas dois votos contra, justamente dos deputados Paulo Melo, líder do Governo, e Aparecida Gama, pela liderança do PMDB. Como Sérgio Cabral continua contra a mudança de nome da velha e esburacada estrada, o projeto foi promulgado pelo presidente da Alerj, deputado Jorge Picciani. Assim, desde 10 de dezembro de 2007, quando foi publicada a Lei nº 5148, a antiga Estrada Rio-Petrópolis, no trecho entre Vigário Geral e Campos Elíseos, passou a ser, oficialmente, Avenida Governador Leonel Brizola.
O mais estranho é que, na última campanha eleitoral, o prefeito Washington Reis firmou acordo com o presidente nacional do PDT, o Ministro Carlos Lupi, entregando a Secretaria Municipal de Trabalho, hoje ocupada por Aroldo Brio, e mais algumas dezenas de cargos em comissão em troca de apoio do partido fundado por Brizola. Até hoje, porém, decorrido mais de um ano da publicação da lei, nem o DER/RJ, muito menos a Prefeitura realizaram a cerimônia de colocação da placa oficial, mudando a denominação da RJ/101.

A lentidão do Governo em mudar o nome da Rio-Petrópolis contrasta com a rapidez com que Washington Reis, a pretexto de facilitar a duplicação da antiga estrada, derrubou a antiga Fábrica de Tecidos União, no Corte Oito, símbolo do desenvolvimento industrial de Duque de Caxias nas décadas de 50/60.

CÂMARA VAI CUSTAR R$
38,5 MILHÕES EM 2009
Quando o Orçamento de Duque de Caxias entrar em vigor nesta quinta-feira (1º), a Câmara Municipal estará autorizada a gastar R$ 38,5 milhões em apenas um ano, dinheiro que sairá do Orçamento do Município, estimado em R$ 1.781.255.533,10 e aprovado pelo legislativo no início do mês. Isto significa que cada voto dos nobres vereadores custará R$ 1,833 milhão em 2009, ou R$ 152,75 mil por mês, valor equivalente a 368 salários-mínimos mensais. O papel do Legislativo é votar o Orçamento e fiscalizar a sua execução. Lamentavelmente, nossos vereadores abandoaram a sua principal missão constitucional, preferindo se dedicar a outras atividades, principalmente na implantação de Centro Sociais, que desviam recursos e pessoal das áreas de Saúde e Educação para projetos estritamente eleitoreiros. A derrota de alguns vereadores que terminam seu mandato nesta quarta-feira se deveu, basicamente, à decisão da Justiça Eleitoral de impedir que os Centros Sociais fossem utilizados como escritórios eleitorais. Impedidos de trocar por votos pequenos favores, como uma consulta médica ou a extração de um dente, muitos candidatos viram o sonho do Poder se esfumaçar.
A subserviência com que a Câmara se comportou na atual Legislatura pode ser avaliada pela pauta das sessões de votação, quando os vereadores da bancada governista chegavam ao plenário sem saber qual era a Ordem do Dia e votavam projetos sem maiores discussões, como foi o caso do aumento das passagens de ônibus, que subiram 15,78% este mês, apesar da promessa solene do prefeito, feita em 2007, de que não daria aumento das tarifas dos ônibus até o final do seu mandato, o que ocorrerá nesta quarta-feira. Foi esse comportamento descuidado da Câmara que provocou vaias na cerimônia de diplomação dos vereadores eleitos, realizada no Teatro Raul Cortez. E a vaia não foi maior porque a platéia era formada, basicamente, por cabos eleitorais e candidatos a cargos comissionados tanto na Prefeitura, como na Câmara, a partir desta quinta-feira.
Com os RE 38,5 milhões, é possível que a Câmara, que não pagou os salários dos servidores de dezembro, consiga restaurar em 2009 o letreiro (incompleto) da Sala de Leitura Moacyr do Carmo e do Instituto Histórico Vereador Thomé de Siqueira Barreto.

RÁPIDAS
• No encaminhamento da votação do veto de Sérgio Cabral ao projeto denominando Av. Governador Leonel Brizola o trecho da RJ/101, em Duque de Caxias, o líder do PDT, Paulo Ramos, sugeriu ao então deputado Zito que aproveitasse a data de 22 de janeiro de 2008, data em que, se vivo fosse, Brizola estaria completando o 82º aniversário, para inauguração da placa simbólica.
• Agora, como prefeito, Zito poderá fazer a mudança da placa comemorativa, transformando, em definitivo, o nome da antia Rio-Petrópolis.
• Para o eleitor-contribuinte ter uma pequena idéia do quanto pesa a manutenção da Câmara Municipal, basta somar as verbas reservadas para as Secretarias de Segurança Municipal (R$ 13,333 milhões), Esporte e Lazer (R$ 10,543 milhões), Meio Ambiente (R$ 2,561 milhões), Defesa Civil (R$ 929 mil), de Agricultura (R$ R$ 1,275 milhão) e comparar com os gastos com a Câmara, que é muito maior.
• No caso do Esporte e Lazer, de interesse pessoal de Washington Reis, ele, autor do projeto do Orçamento para 2009, reservou apenas R$ 10,543 milhões, muito embora sabendo que o campo do “Marrentão”, construído ao custo de cerca de R$ 4,8 milhões pelo DER, não pode ser utilizado no Campeonato Carioca nem pelo “Duque”, nem pelo “Tigres do Brasil”, ambos de Xerém e patrocinado por W. Reis.
• O prefeito que se despede, embora dono de construtora, já demonstrou incompetência para executar grandes obras, mas a suas Secretarias de Fazenda e de Obras têm pessoal técnico capaz de prever quanto a Prefeitura terá de investir para reformar e ampliar o Estádio Telê Santana. Ou construir um novo estádio em outro local.
• Nesta segunda-feira, numa roda no “Lá Guimarães”, uma felpuda raposa política sugeria que Zito desapropriasse a Fazenda Penha-Caixão, no bairro Amapá, menina dos olhos de W. Reis, para ali construísse o novo Estádio de Duque de Caxias.
• Tomando por base o valor do ITR da área, a desapropriação não chegaria a R$ 1 milhões, sobrando dinheiro para a construção do Estádio, que poderia ser uma cortesia da Petrobrás, que, no Governo FHC negou o patrocínio de um projeto de recuperação do manguezal da Baia de Guanabara, elaborado por uma ONG ligada ao ex-ministro Gilberto Gil e encaminhado ao Planalto por Zito, através do então deputado Doutor Heleno, vice-líder do Governo.
• O projeto, que seria executado pela UFRJ, iria recuperar toda a faixa marinha entre as calhas dos rios Meriti, na divisa com a Capital, e Estrela, na divisa com Magé, incluindo uma ponte ligando os dois municípios e livrando os moradores da praia de Mauá do pedágio na Rio-Magé.
• O custo do projeto, na época, era de R$ 90 milhões e poderia ser abatido das multas devidas pela estatal do petróleo pelos diversos crimes ambientais na baia, inclusive o derramamento de óleo no terminal da Ilha D’Água, onde atracam os petroleiros da empresa para abastecer a Reduc.
• Será que Zito aceitará o conselho e partirá para a construção do novo estádio ao lado da Rodovia Trans-Amapá, antiga Rj-109, também conhecida como Anel Viário Metropolitano, incluída no PAC da Baixada?
• Segundo sua assessoria, Zito vai fazer um comício na Praça Roberto Silveira, logo depois da posse, que será quinta-feira (1â) na Câmara, às 17:00 horas. No comício, ele promete anunciar, finalmente, os nomes dos seus novos (e velhos) Secretários. Até lá, muita gente estará roendo unhas e fazendo figa para não ser esquecido. No primeiro mandato, Zito trocou um ex-deputado por um vereador eleito, sem que o ex-parlamentar convidado por ele fosse avisado da mudança de rota e de nomes.

domingo, 28 de dezembro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

VIAÇÃO REGINAS BOICOTA
NOVO SHOPPING DE CAXIAS
Embora a Secretaria de Serviços Públicos tenha determinado que os veículos da linha “Variante-Periquitos” fizessem o retorno no viaduto de entrada de Duque de Caxias, próximo à Linha Vermelha, os ônibus da Viação Reginas estão deixando a pé os passageiros que se dirigem ao Caxias Shopping, pois estão fazendo o retorno no viaduto em frente à gráfica de “O Globo”. Assim, quem sai daquele centro comercial precisa atravessar as perigosas pistas da Rodovia Washington Luis, onde a velocidade autorizada é de 110 Km para automóveis, para embarcarem de volta no ponto em frente ao Hospital Moacyr do Carmo. A Reginas é a única empresa de Duque de Caixas a boicotar o novo shopping, pois as demais modificaram os itinerários de seus ônibus para garantir o embarque e o desembarque sem risco para os passageiros.

CAXIAS FAZ ANIVERSÁRIO
TOMADA POR LAMA E LIXO
Nesta quarta-feira (31) Duque de Caxias estará completando 65 anos de emancipado de Nova Iguaçu. Em pouco mais de Meio Século, o município deixou de ser um grande produtor de laranja, café e cana de açúcar para se tornar um dos mais importantes pólos industriais do País, com quase um milhão de habitantes e a segunda cidade do Estado em arrecadação, em que fecha o exercício de 2008 com mais de R$ 1,2 bilhão de arrecadação. Ao invés de motivos para comemorar, a população tem vergonha de viver numa cidade que se transforma em caos depois de uma chuva de apenas 30 minutos, como ocorreu neste Natal. Consultada por jornalistas, diante das toneladas de lixo e lama nos principais bairros do Centro, a Secretaria de Obras, omissa na prevenção de enchentes, anunciou que somente nesta segunda-feira iria iniciar a limpeza da cidade. Afinal, era Natal e os servidores daquele órgão tinham o direito de continuar festejando, não se sabe bem o quê.
Nem o bairro Itatiaia, que ficara livre das enchentes depois da canalização do canal do Jacatirão, escapou do drama da água invadindo casas e lojas. O mesmo ocorreu no calçadão das ruas José de Alvarenga e Nilo Peçanha, tomados pelo lixo deixado pelos camelôs, situação agravada pela falta de dragagem do canal dos Caboclos, que corta os bairros de Parque Lafaiete, Engenho do Porto e Vila Ideal para desaguar no rio Meriti, apesar dos Caboclos, por mais de um Século, serviu de acesso à Igreja de São João Batista de Trairaponga, a atual Igreja de Santa Terezinha, no Parque Lafaiete!

• Apesar do favoritismo do vereador Mazinho, do PSDB, a eleição da nova Mesa da Câmara será decidida no voto. Isto porque seu colega Samuquinha também pretende ocupar a principal cadeira do Legislativo, conquistando o poder de administrar um orçamento de R$ 38,5 milhões, que é quanto vai custar ao contribuinte o trabalho dos 21 vereadores e assessores em 2009.
• Na chapa de Mazinho está o vereador Moacyr da Ambulância, que conseguiu recuperar o mandato perdido em 2004. Ele é candidato à Secretaria da Câmara, cargo que administra o Legislativo.
• De acordo com o Orçamento aprovado pela Câmara, cada vereador vai custar ao contribuinte nada menos que R$ 1,833 milhão por ano, ou R$ 152,75 mil por mês. Ou 368 salários-mínimos mensais.
• A propósito, o vereador Adrião Nogueira, que não se reelegeu, pediu para retificarmos a nota do blog, sobre o “despejo” do seu Gabinete. O vereador do Gramacho diz que havia cedido o gabinete para o Moacyr da Ambulância, que acabou cedendo aquele espaço para a novata vereadora Fatinha, de Imbariê.
• O desembargador aposentado Giuseppe Vitagliano vai ocupar a estratégica Corregedoria Geral Unificada da Secretaria de Segurança do Estado. Com a experiência adquirida como integrante do Ministério Público Estadual (foi Promotor de Justiça em Duque de Caxias nos anos 70), ele deverá agir com rigor na investigação sobre a conduta dos policiais.
• E sua nomeação ocorre logo depois que policiais civis mataram três assaltantes e dois reféns numa desastrosa operação em Braz de Pina, semana passada, e da absolvição pelo Tribunal do Júri de um dos PMs responsáveis pela morte do menino João Roberto Amorim, de apenas 3 anos.
• Apesar da situação crítica da Educação no Município, os professores não perdem a piada. A propósito da nova Secretária, eles garantem, brincando, que é a volta da “Lurdinha”, uma referência à amiga inseparável do deputado Tenório Cavalcante, ao lado da capa preta. A “Lurdinha”, que passou à História política de Caxias e do País, era uma metralhadora, que o criador da “Vila São José” exibia como sua arma de defesa, embora nunca a tenha utilizado como tal.
• Diante do grande número de ex-quase-futuros secretários de Zito descartados antes da posse, nenhum dos nomes da lista de futuros secretários concordou em dar entrevistas, antecipando o que pretende fazer a partir do dia 1º. Nem a garantia de sigilo quanto à fonte foi suficiente para convencer um dos secretários, particularmente bem falante, a conversar com jornalistas.
• O publicitário Antonio Carapiá deverá retornar o comando da Secretaria de Comunicação, cargo que ocupou no primeiro Governo Zito. Ele integra a cota dos antigos secretários que assumem neste dia 1º, como é o caso de Raslan Abbas, no Planejamento, e Danilo Gomes, na Saúde.
• É grande a expectativa em torno da presença, ou não, do ainda prefeito Washington Reis na posse de Zito, marcada para esta quinta-feira, às 17 horas, na Câmara de Vereadores. A assessoria do prefeito eleito não desmentiu a informação de que ele convidara pessoalmente o seu ex-vice (em 96) e agora adversário para a posse. Resta saber ainda se W. Reis estará no Gabinete, no final da tarde desta quinta-feira, para a transmissão do cargo, uma praxe republicana e sinal de educação política.
• A ida de Washington Reis para a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer,
muito badalada por seus assessores, pode se transformar numa arma de dois (le)gumes. Afinal, o hoje prefeito tem no seu passivo dois clubes de futebol, o Duque e o Tigres, na 1ª Divisão do Campeonato Carioca, mas a cidade não dispõe de um estádio à altura da competição, que exige, entre outras coisas, um mínimo de 10 mil cadeiras para os torcedores, em condições de segurança. O estádio "Marrentão", em Xerém, só comporta 4 mil pagantes.
• Com o fracasso em obras mais simples, como a duplicação da antiga Rio-Petrópolis, a passagem subterrânea sob a estação ferroviária, ou da revitalização do Centro, incluindo a demolição do Shopping Center, apesar dos R$ 300 milhões do PAC do Lula, será muito difícil que o atual prefeito consiga construir um estádio em Caxias em apenas 16 meses.
• Afinal, Washington Reis terá de deixar o cargo em abril de 2010 para disputar uma cadeira de deputado federal, onde enfrentará nada menos que Andréia Zito e Alexandre Cardoso, além dos candidatos forasteiros da “Copa”, que só aparecem de 4 em 4 anos.