GOVERNO DO RIO
REFORÇA A
SEGURANÇA PARA AS ELEIÇÕES
O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, José
Mariano Beltrame, afirmou hoje (2) que há uma predisposição para ações
criminosas e confrontos no período eleitoral. Segundo o secretário, já estavam
previstas, para começar amanhã, ações de reforço à segurança para as eleições.
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"Há uma predisposição a isso. Não posso dizer que
[as ações criminosas] estão relacionadas às eleições, mas, se vocês fizerem uma
reflexão e acompanharem o que, em 2007, o tráfico fez aqui, inclusive botando
fogo com pessoas vivas dentro de um ônibus e metralhando delegacias. Que, em
2010, começou a espalhar focos de incêndio, e agora novamente nós temos essas
ações. Pode haver uma predisposição a isso", disse o secretário, que
participou de uma reunião que durou cerca de uma hora com o governador Luiz
Fernando Pezão, o chefe de Polícia Civil, Fernando Veloso, e o comandante-geral
da Polícia Militar, José Luís Castro Menezes. "Em 2007 [início do primeiro
mandato de Sérgio Cabral], quando anunciei que ia mandar 40 presos para um
presídio federal, seis pessoas barbarizaram a cidade. Em 2010, a mesma coisa,
porque nós poderíamos permanecer [no governo]".

A reunião ocorreu no Centro Integrado de Comando e
Controle do Estado do Rio e, segundo Beltrame, teve o objetivo de pôr o
governador a par das ações que estão planejadas. A partir de amanhã, a Polícia
Civil fará operações de repressão qualificada em vários pontos da cidade e
algumas delegacias serão reforçadas. Já a Polícia Militar terá o dobro de
policiais de batalhões de operações especiais nas ruas, com esquema especial de
folgas. "A inteligência vai procurar buscar informações bastante
detalhadas no sentido de antecipar qualquer tipo de ação".
Para o dia da eleição, Beltrame afirmou que haverá forte
policiamento na cidade: "Domingo, temos um trabalho especial, um número
muito grande de policiais. Onde tiver uma urna na cidade, vai ter um policial
militar".
Beltrame lembrou que há limitações legais para operações
policiais no período eleitoral. Nos cinco dias anteriores às eleições e nas 48
horas posteriores, a lei só permite realizar prisões em flagrante, em virtude
de sentença criminal condenatória por crime inafiançável ou por desrespeito a
salvo-conduto. Apesar disso, ele garantiu que a Polícia Civil está detectando
prisões que poderão ser feitas depois do pleito. "A resposta que temos que
dar tem que ser racional, pensada. Não é uma resposta à base de tiro e à base
de entrada em maneira inopinada em qualquer lugar". (ABr)
►O QUE FICA PROIBIDO ATÉ
DOMINGO
Segundo a Lei
Eleitoral, nesta sexta-feira (3) será a data limite para que se faça a
divulgação paga, na imprensa escrita, a reprodução na internet do jornal
impresso, de propaganda eleitoral. Ainda nesta sexta-feira, os presidentes de
mesa que não tiverem recebido o material destinado à votação deverão comunicar
a falha ao juiz eleitoral.
No sábado (4),
termina a propaganda eleitoral com uso de alto-falantes ou amplificadores de
som, entre as 8h e as 22h. Carreatas, caminhadas, passeatas e a distribuição de
material gráfico também só poderão ser feitos até as 22h deste sábado.
Desde
terça-feira (30), até 48 horas depois do encerramento da votação, nenhum
eleitor pode ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de
sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou ainda por desrespeito
a salvo-conduto. A proibição de prisão de candidatos está em vigor desde o
último dia 20. No entanto, quem concorre a cargo eletivo pode ser detido ou
preso em caso de flagrante delito.
Segundo o
Tribunal Superior Eleitoral, a competência para proibir a venda de bebidas
alcoólicas no dia da votação é da Secretaria de Segurança Pública de cada
estado, município ou do Distrito Federal.
►MARINA NO SEGUNDO
TURNO
Ainda que venha apresentando sinais de queda nas
pesquisas e reduzindo sua vantagem sobre o terceiro colocado, a ex-senadora
Marina Silva (PSB) ainda demonstra mais chances de ir ao segundo turno do que
seu adversário direto, o senador Aécio Neves (PSDB). É o que mostra a edição
desta quinta-feira de O Estado de S. Paulo
com base em levantamentos realizados pelo Estadão Dados que teve como
sustentação a pesquisa do Ibope divulgada na noite de terça-feira (30).
Em duas semanas, a vantagem relativa de Marina Silva
(PSB) sobre Aécio para passar ao segundo turno presidencial caiu pela metade.
Em 15 de setembro, ela tinha 3,8 vezes mais chances do que o tucano. Na
terça-feira, a diferença era menor: duas para uma. Sua vantagem caiu 46%, mas a
chance de Marina ainda é o dobro da de Aécio. É o que mostra um modelo
estatístico desenvolvido pelo Ibope e pelo Estadão Dados, com base no potencial
de votos.
“Se as curvas de intenção de votos dos dois candidatos
(Marina e Aécio) continuarem com as tendências recentes, há uma probabilidade
de elas se cruzarem em algum ponto no futuro próximo”, diz a CEO do Ibope
Inteligência, Márcia Cavallari. Mas não é possível prever se isso acontecerá
antes da eleição. O modelo estatístico desenvolvido pelo Ibope e pelo Estadão
Dados simula todas as combinações possíveis de votação de Marina e Aécio, e
depois calcula quantas dessas combinações beneficiam um ou outro candidato.
►GAROTINHO RESPONDE A MAIS 2 PROCESSOS
A Procuradoria Regional Eleitoral do Rio de Janeiro
(PRE/RJ) questiona em duas novas ações o uso indevido dos meios de comunicação
pelos candidatos a governador Anthony Garotinho e a vice-governador Márcio
Garcia, ambos do PR.

Em uma delas, também respondem o candidato a deputado federal Renatinho da
Construção (PR) e o representante do Jornal Regional, de Vassouras (RJ), Luiz
Fernando dos Santos. Na outra, responde o representante do Jornal Agora, de
Campos dos Goytacazes (RJ), Carlos Cunha.
A ação aponta que os dois jornais divulgaram amplamente a candidatura de Garotinho
e veicularam notícias para denegrir a imagem de seus adversários políticos,
especialmente Sérgio Cabral e Pezão.
No caso do Jornal Regional, seu uso indevido a favor de Garotinho e
Renatinho da Construção é ilustrado com trechos de matérias com títulos como
“Cabral gasta bilhões com os ricos e Garotinho ouve queixas dos pobres” e
“Renatinho é homenageado em Paraíba do Sul”. No caso do Jornal Agora, são
citadas manchetes como “Cabral roubou tudo, até a rejeição de Garotinho” e “Dá
pra levar esse candidato a sério?”, acompanhada de uma foto do candidato Pezão
apoiando os pés descalços sobre uma mesa.
“A gravidade da conduta é indiscutível, considerando-se que a imagem de Anthony
Garotinho foi intensamente privilegiada, não só pelo espaço que recebeu para
depreciar seus adversários, como pela forma como foi construída a redação da
reportagem pelos jornais e pela sua maciça divulgação da propaganda eleitoral
do candidato”, argumenta o procurador regional eleitoral, Paulo Roberto
Bérenger.
O uso indevido dos meios de comunicação acontece quando o conteúdo
divulgado tem potencial para influenciar no resultado das eleições. Se foram
condenados, os representados podem ter cassada a candidatura ou diploma (se
eleitos) e ficarem inelegíveis oito anos.
►COSTA RECEBEU US$ 23
MI DA ODEBRECHT
Autorizado a cumprir pena em regime domiciliar e já
instalado em sua casa no Rio de Janeiro, o ex-diretor de Abastecimento e Refino
da Petrobras, Paulo Roberto Costa voltou a ter trechos de sua delação
divulgados. O jornal Folha de S. Paulo
noticia, nesta quinta-feira, que o delator afirmou à Polícia Federal que a
Odebrecht realizou depósito de US$ 23 milhões em sua conta na Suíça.
Na época dos depósitos, Paulo Roberto era diretor de
abastecimento da Petrobras e responsável pela obra mais cara da estatal, a Refinaria
Abreu e Lima, em Pernambuco. O custo final do empreendimento deve passar de R$
45 bilhões. Em consórcio com a OAS, a Odebrecht ganhou o terceiro maior
contrato das obras de Abreu e Lima, de R$ 1,48 bilhão, em valores de 2010. A
OAS é acusada pelos procuradores de ter usado sua subsidiária na África para
enviar US$ 4,8 milhões para uma conta do doleiro Alberto Youssef, preso desde
março.
O doleiro e Paulo Roberto são acusados de participar de
uma quadrilha que desviou recursos públicos, pagou suborno a políticos e lavou
dinheiro, segundo as investigações. Em resposta à Folha, a Odebrecht nega ter feito qualquer pagamento para o
ex-dirigente da Petrobras. Auditoria do Tribunal de Contas da União divulgada
no último dia 24 aponta que a Camargo Corrêa, a Odebrecht e a OAS
superfaturaram seus contratos na obra de Abreu e Lima em R$ 367,9 milhões.
A Camargo Corrêa obteve o maior contrato da refinaria, de
R$ 3,4 bilhões. As empreiteiras negam que tenha havido sobrepreço nos contratos
e contestam critérios usados pelo TCU em suas análises. O pagamento acima do
valor contratado inicialmente foi feito por meio de reajustes irregulares,
segundo o tribunal de contas.
►DEPUTADO DO RJ É RÉU NO SUPREMO

A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu, por unanimidade, nesta
terça-feira (30) denúncia do Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado
federal Adrian Mussi (PMDB/RJ) por falsificar prestação de contas relativa à
campanha eleitoral de 2010 (Inquérito 3676). O deputado firmou com o MPF a
suspensão condicional do processo mediante a doação pessoal, a cada dois meses,
ao longo de dois anos, de um salário mínimo para a Associação dos Pais e Amigos
dos Excepcionais de Ceilândia, cidade de Brasília (DF).
De acordo com a denúncia do MPF, o parlamentar, que tenta a reeleição por
Brasília, incluiu na prestação de contas
doação no valor de R$ 130 mil, que teria sido realizada pela empresa Ser Rio
Construtora Ltda. No entanto, a empresa não teria realizado nenhuma doação à
campanha eleitoral do deputado.
O crime eleitoral está previsto no art. 350 do Código Eleitoral, que prevê pena
de até cinco anos de reclusão e o pagamento de 5 a 15 dias-multa por declaração
falsa ou diversa da que deveria ser escrita para fins eleitorais em documento
público.
►TRE NÃO DEVOLVE MATERIAL DE GAROTINHIO
O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro vai
permanecer com a guarda do material apreendido no centro de distribuição de
mercadorias da empresa Palavra de Paz Produções Ltda., que tem o candidato ao
governo Anthony Garotinho (PR) como sócio majoritário. Na sessão desta
segunda-feira (29), o plenário negou a devolução de seis torres de computador,
um notebook, documentos e oito caixas com produtos comerciais da loja virtual
da Palavra de Paz, com o argumento de que há indícios da distribuição de
brindes a eleitores nas "Caravanas de Paz", evento com "conotação
eleitoral" realizado pela empresa.

Em 22 de agosto, a fiscalização do TRE-RJ fez a operação no galpão da Palavra
de Paz, em São Cristóvão, Zona Norte, quando também foram apreendidas placas
com tiragem declarada inferior à quantidade encontrada, faixas em tamanho
superior aos 4m² permitidos, além de três carros de som da campanha de
Garotinho. O local armazena produtos da loja virtual "Palavra de
Paz", mas foi cedido para guardar e distribuir propaganda do candidato do
PR. Foram encontrados ainda agendas, livros infantis, chinelos e outros
produtos com o logotipo da loja Palavra de Paz. (Proc.: MS 395177)
►MAIS RIGOR COM AS COTAS NAS UNIVERSIDADES
A fim de garantir a efetividade das cotas no acesso às
universidades federais no estado do Rio de Janeiro, a Procuradoria Regional da
República da 2ª Região (PRR2) quer que essas instituições definam mecanismos de
controle sobre a autodeclaração nas seleções de ingresso. O pleito da PRR2
parte da análise do arquivamento de um procedimento onde o Ministério Público
Federal (MPF) apura o acesso por meio de cota à Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ).

Para subsidiar o debate da questão, a PRR2 sugere que a Procuradoria da
República no Rio de Janeiro (PR/RJ) realize audiência pública com
representantes das universidades federais, estudiosos do assunto e entidades da
sociedade civil engajadas no tema. A PR/RJ deverá ainda apurar a existência dos
mecanismos de controle sobre a autodeclaração e, se eles não existirem, adotar
as medidas judiciais e extrajudiciais pertinentes para institui-los.
Ao discordar do arquivamento, os membros do Naop-2ª Região (v. mais abaixo)
consideraram que "a autodeclaração deve ser concebida como condição
necessária, mas nem sempre suficiente, para fruição do benefício estabelecido
pelo legislador”. Na avaliação dos procuradores regionais, a autodeclaração é um
"dado importantíssimo" na ação afirmativa de viés étnico-racial, mas
precisa ser interpretado segundo a Constituição, para que "se reconheça a
necessidade de instituição de mecanismos de controle da autodeclaração para
casos duvidosos".
O voto do procurador regional da República Daniel Sarmento, acolhido pelo
Colegiado, reafirma a legitimidade constitucional das políticas de ação
afirmativa no acesso às universidades públicas e lembra que o Supremo Tribunal
Federal já reconheceu, no julgamento da ADPF nº 186, que tais políticas são
essenciais para promover a igualdade no acesso ao ensino superior e a
pluralidade no ambiente universitário. Mas, diante do alto grau de miscigenação
da população brasileira e de subjetividade na compreensão da identidade racial,
Sarmento considera que “quando se concebe a autodeclaração como critério
absoluto e incontestável para acesso ao benefício legal, cria-se uma blindagem
para ações de má-fé, que podem frustrar completamente os nobres objetivos da
política pública em questão.” Os mecanismos de controle evitariam, assim,
fraudes ou abusos.
Sarmento também argumenta que as ações afirmativas têm como objetivo o combate
à discriminação e ao racismo institucional. Desta forma, “os favorecidos pelas
políticas de ação afirmativa devem ser, antes de tudo, as vítimas potenciais
desta perversa prática social.”
O Núcleo de Apoio Operacional (Naop) à Procuradoria Federal dos Direitos do
Cidadão (PFDC) na 2ª Região funciona desde março de 2013 e tem, entre outras atribuições,
a de revisar as promoções de arquivamento e decisões de declínio de atribuição
nos inquéritos civis, procedimentos administrativos e peças informativas. Ele
também acompanha as políticas públicas na área de direitos humanos nos estados
que integram a 2ª Região (RJ e ES) e deve manter contato
►ÍNDICE DE CONFIANÇA DO COMÉRCIO CAI 0,7%
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec)
voltou cair (0,7%) em setembro na comparação com o mês anterior, depois de uma
alta de 2% em agosto. Na comparação com setembro do ano passado, a queda foi
ainda mais intensa (9%), segundo os dados divulgados hoje (2) pela Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Na comparação com agosto deste ano, a queda de 0,7% foi
provocada pelas condições atuais do empresário do comércio (-4,7%) e pelos
investimentos do empresário (-0,9%). Por outro lado, a avaliação do
empresariado sobre o futuro melhoraram 1,8%.
Na comparação com setembro do ano passado, houve piora
nos três componentes que integram o Icec: condições atuais (-17%),
investimentos (-7,1%) e expectativas (-5,5%).
►FUNCIONÁRIOS DEFENDEM AUTONOMIA DO BC
O
Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central regional Rio de Janeiro
(Sinal-RJ) encaminha hoje (2) à candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff,
resumo do projeto em defesa da autonomia orçamentária, operacional e
administrativa do Banco Central (BC). A proposta tramita há mais de um ano no
Congresso Nacional.
O
documento já foi entregue às coordenações das campanhas dos presidenciáveis
Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB) e também será endereçado à candidata do
PSOL, Luciana Genro.
Vice-presidente
do Sinal-RJ, João Marcus Monteiro informou à Agência Brasil que o projeto aborda o chamado “sistema
financeiro cidadão”. Assegurou que a autonomia defendida pelos funcionários é
diferente de tornar o BC independente. Segundo Monteiro, não se trata de
estabelecer um quarto poder no país. “O Congresso fiscalizará a atuação do
banco", assinalou.
A ideia
do Banco Central autônomo nos planos operacional, administrativo e orçamentário
objetiva permitir que a instituição possa defender a moeda nacional, sem sofrer
pressões do mercado financeiro ou outras ingerências externas. (Com Agência
Brasil)