segunda-feira, 7 de agosto de 2006

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO
TORNA EX-PREFEITO INELEGÍVEL

Numa reunião na sede da ONG “Viva a Vida”, semana passada, um dos convidados, o prefeito Washington Reis, surpreendeu a todos ao revelar que as contas de 2004 do ex-prefeito José Camilo Zito, de quem fora vice no primeiro mandato, em 1996, foram recusadas pelo Tribunal de Contas do Estado e, por isso mesmo, a diplomação do ex-prefeito a deputado estadual seria impugnada pelo Ministério Público junto ao TRE. O ex-prefeito já enfrentara problemas na prestação de contas relativas a 2003, pois empenhara irregularmente em janeiro de 2004 a última folha de pagamento do ano anterior, ampliando, assim, de 12 para 13 meses o exercício de 2003. Em 2004, Zito pagou o 13º em dezembro, como constava do calendário distribuído aos servidores no início do ano, mas deixou o governo no dia 31 sem pagar a folha de dezembro, o que só foi feito, parcialmente, por Washington Reis na segunda quinzena de 2005. Em julho de 2004, quando alguns prefeitos da Baixada anunciaram a antecipação de metade do 13º salário, Zito afirmara que não iria antecipar o pagamento, pois fizera uma consulta e os servidores, em sua maioria, preferiam receber a gratificação às vésperas do Natal, mas garantiu que tinha dinheiro para tal despesa, pois a Secretaria de Fazenda vinha fazendo provisões mensais de 8% da folha de pagamento. No final de dezembro de 2004, quando foram ao banco, os servidores descobriram que a Prefeitura não liberara a folha do último salário do ano por falta de verba. Só na segunda quinzena de janeiro de 2005 é que a folha foi liberada, mas com um grande corte, pois Washington Reis excluiu da folha todos os cargos em comissão, cerca de 2.000, sob o argumento de que todos eram ocupados por apaniguados do ex-prefeito. Até hoje, tem ex-servidor, exonerado em 31 de dezembro de 2004 pelo novo prefeito, sem ver a cor do salário de dezembro. Como o prazo para impugnação do registro já venceu, Washington Reis explicou, didaticamente, que só resta ao Ministério Público Eleitoral usar a informação do TCE para impugnar a diplomação, se Zito vier a ser eleito deputado estadual.

► Ao anunciar que o Tribunal recusara as contas de 2004, último ano do mandato de Zito, Washington Reis assumiu o compromisso tácito de conseguir que a Câmara, presidida por sei irmão Junior Reis, recuse as contas do ex-prefeito que, assim, ficaria inelegível e não poderia, se vier a ser eleito, assumir o mandato de deputado estadual em janeiro, muito menos disputar a eleição para prefeito em 2008, fato que abriria o caminho para a reeleição do atual prefeito, ex-vice de Zito.
► Todos os ocupantes de cargos de chefia na Prefeitura foram convocados por ordem de Washington Ries para uma reunião nesta segunda-feira (07/08), às 19 horas, num conhecido clube de Xerém, com a participação de Garotinho. Será para “sacudir” a campanha de Sérgio Cabral, que anda assustado com o crescimento do também senador Marcelo Crivella, do PRB, e da deputada Denise Frossard, do PPS e de César Maia, o que poderia levar o pleito para um arriscado e imprevisível segundo turno.
► Washington Reis não atentou, no entanto, para uma situação real: o medo dos moradores de Xerém de transporem a cabine da PM no acesso à Rodovia Washington Luis, depois das 18 horas. Nem os doentes se arriscam a sair de Xerém à noite. Como exigir dos Secretários e assessores que moram na Zona Sul e na Barra tal sacrifício? Por muito menos, um grupo de bandidos matou um ex-presidente to Tribunal Regional do Trabalho, primo do ex-presidente Collor.
► A prefeitura de Duque de Caxias acaba de contratar uma empresa de seguro-saúde para ampliar a cobertura aos servidores efetivos, cônjuges e seus dependentes (estes, até 24 anos). Acontece que, além do desconto de 11% para o IPMDC, que restringiu a assistência médica, o servidor que aderir ao plano terá que pagar a sua parte. Uma professora, casada e com um filho de 10 anos, fez as contas e descobriu que teria de começar pagando R$ 250 reais por mês para ter direito ao plano básico, que conta com apenas duas casas de saúde no município. Ela pegou a carta que recebeu da Secretaria de Administração e jogou no lixo. Prefere ir para as filas do Fundão, Getúlio Vargas, Bonsucesso e Souza Aguiar e reservar os R$ 250 para pagar o plano de saúde do filho em uma grande empresa, com maior cobertura.
► Diante do bordão de campanha do deputado Alexandre Cardoso (o único político da Baixada que não está envolvido nas maracutaias de Brasília), o também deputado Doutor Heleno, citado nas primeiras listas dos sanguessugas, resolveu contra-atacar, distribuindo aos jornalista uma cópia do ofício encaminhado à Presidência da Câmara, esclarecendo a razão do envolvimento do seu nome no chamado “Escândalo dos Sanguessugas”.
► No documente, o Doutor Heleno, seu nome político, esclareceu que houve equívoco da Polícia Federal ao fazer a degravação de escutas telefônicas, autorizadas pela Justiça Federal de Mato Groso, envolvendo parlamentares e diretores da empresa Planam, acusados de integrarem o esquema das ambulâncias superfaturadas.
► Para o ex-juiz de paz caxiense, o “Doutor Heleno” citado nas gravações telefônicas é, na verdade, o seu homônimo Heleno Silva, bispo evangélico em Sergipe, pois as emendas por ele apresentadas eram destinadas ao município de Poço Redondo, naquele estado. O “Doutor Heleno” de Caxias tem o nome civil de Heleno Augusto de Lima.
Na sexta-feira, o prefeito Washington Reis re-inaugurou a praça do bairro Mantiquira, em Xerém, que voltará a ser ponto de encontro dos moradores da região. Ela recebeu o nome de José Barreto, que por décadas foi o representante do 4º Distrito na Câmara de Vereadores.
► Plantador de bananas, mas que tinha muito prestigio entre os empregados da FNM, José Barreto era o único vereador de Duque de Caxias que tinha um carro oficial, um teimoso fusca, à sua disposição 24 horas por dia, de segunda a segunda, utilizado no transporte dos doentes do Distrito de Xerém para os hospitais de Petrópolis, pois até a eleição do Dr. Moacyr do Carmo, em 1966, Duque de Caxias não dispunha de um Hospital. Passados 40 anos, a cidade continua a depender dos hospitais Getúlio Vargas, de Bonsucesso e Souza Aguiar, no Rio.
► Ao contrário do que se vê no noticiário político de hoje, misturado ao noticiário policial, o vereador José Barreto morreu como sempre viveu: pobre. E sem direito à incorporação da gratificação de Secretário (R$12 mil), pois nunca foi servidor público, pois sempre se recusou a prestar concurso para Guarda Municipal, ou qualquer outro cargo, como hoje ocorre nos município da Baixada.

ATENÇÃO CIDADÃO:

Você sabia que, ao votar NULO, estará ajudando a reeleger novos sanguessugas, mensaleiros e usuários do valerioduto? Esses é que serão os “NULOS” eleitos pela sua omissão! NÃO SE OMITA! VOTE!

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