quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

NOVO COMANDANTE GERAL DA PM
TOMOU POSSE A PORTAS FECHADAS

Nunca na história da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que está completando 200 anos de fundação, a posse do seu Comandante Geral ocorreu a portas fechadas, sem a presença da Imprensa e do povo. Com a sua proverbial inabilidade, o governador Sério Cabral conseguiu aprofunda o fosso entre comando e comandados, com frase do tipo “não são meia dúzia que vão prejudicar o nosso trabalho”. Político jovem que trocou o Senado pelo Governo do Estado com apoio do casal Garotinho, Sérgio Cabral, como “novo rico da política”, resolveu por sua própria conta e risco, romper com os seus patrocinadores de campanha e disputar o comando do PMDB. Além de passar a integrar o séquito oficial em torno do Presidente Lula, Sérgio Cabral não deixou “pedra sobre pedra” do governo anterior, fazendo questão de demonstrar distanciamento de Anthony e Rosinha Matheus. As trapalhadas em torno do reajuste dos servidores, com a proposta indecorosa de 25% para PMs e Bombeiros militares, a ser paga em 24 meses, foi o primeiro sinal de que as relações do governador com os quartéis seria conflituosa. Embora, oficialmente, a Secretaria de Segurança controle as Polícias Civil e Militar, o sistema operacional é estanque, na medida em que delegados e coronéis disputam o controle do aparato policial, com delegados “vazando” notícias sobre desvio de conduta de PMs e Bombeiros, ao mesmo tempo em que a Polícia Militar é “jogada para escanteio” quando efetua prisões em flagrante. E o pedido de afastando de cerca de 50 oficiais, decidido na noite desta “quarta-feira quente”, e mais um capítulo dessa novela em que os interesses pessoais e paroquiais ficou acima do interesse público. Como diria a impagável e inesquecível Nadia Maria, em matéria de Segurança Pública no Estado do Rio, o (interesse do) povo é apenas uma questão de detalhe.

SUPERCRECHE VAI SUBSTITUIR
CENTRO SOCIAL NO DR. LAURANO

Em mais um lance na disputa pessoal com o ex-prefeito Zito, Washington Reis usou a sua experiência na área da construção civil e comprou o prédio onde funcionava o Centro Social da deputada Andréa Zito, no bairro Dr. Laureano, bem em frente à casa onde o ex-prefeito morava. O imóvel era alugado, o contrato venceu e Washington Reis, ex-vice de Zito em 96, conseguiu, através de amigos, compra-lo. Desta forma, sai o centro social da deputada Andréia Zito e entra em cena uma supercreche e um poderoso instrumento de captação de votos visando a reeleição do atual prefeito. Enquanto se dedica a minar o território inimigo, Washington Reis mantém abandonado um valioso terreno ao lado da Creche João de Oliveira, no bairro Centenário. A área fora desapropriada pelo então prefeito Juberlan de Oliveira, filho do fundador do Colégio Casimiro de Abreu, sendo parte utilizada para a construção da creche. O resto do terreno está abandonado, tomado pelo mato e pode ser invadido por “sem terras” a qualquer momento.

• Na entrevista que concedeu á revista “Veja” de 23 de janeiro, o produtor musical João Guilherme Estrela, protagonista do livro-depoimento “Meu Nome não é Johnny”, sucesso também no cinema, revela que teve em mãos, trazido por um advogado que nada tinha a ver com ele, o depoimento de um delator, que fora convencido pela Polícia carioca a colaborar nas investigações do esquema de venda de drogas de João Estrela, em troca de redução de pena e até a absolvição.
• Nos termos da lei, os depoimentos dos envolvidos em crimes, que resolvam colaborar com as investigações e delatar comparsas, devem ser mantidos sob sigilo, mas João Estrela entrega: “Recebi o depoimento de um preso que aceitou me delatar. Cada vírgula da delação estava ali, na minha frente”.
• Passada mais de uma semana da publicação da explosiva entrevista, nenhuma autoridade se manifestou, nem a OAB – sempre tão zelosa dos direitos humanos quando a Polícia invade favelas – muito menos a Secretaria de Segurança, responsável pela investigação e a segurança dos presos e das testemunhas até o julgamento e condenação dos réus.
• E se o denunciado resolvesse se vingar do delator?
• Segunda-feira, no final da cerimônia de lançamento do Baixada Digital, no Teatro Raul Cortês, o Secretário de Comunicação do Município, que nas horas vagas é locutor de campanha, anunciou uma apresentação especial da maior escola de samba do País. Todo mundo pensava que seria a “Portelinha”, de Juvenal Antena. Era a Grande Rio, vice-campeã de 2007.
• Ocorre que, na platéia, estavam o prefeito de Nilópolis, Farid Abrahão David, e o deputado Simão Sessim, todos ligadíssimos, inclusive pelo fator sanguíneo, à Beija Flor. Diplomaticamente, os dois políticos nilopolitanos subiram ao palco e beijaram a bandeira da Grande Rio, numa demonstração de respeito ao símbolo maior da co-irmã. Apesar de constrangido pela gafe do seu locutor, Washington Reis repetiu o gesto dos seus ilustres convidados.
• A rádio corredor de Jardim Primavera confirma para depois do Carnaval a mudança de Secretariado de Washington Reis. Nem Momo conseguiu amainar a crise no PDT, cujas correntes internas se devoram na disputa dos 90 cargos oferecidos por Washington Reis.
• O Duque de Caxias, jogando no campinho do antigo Tamoio, em Xerém, perdeu por 2 x1 para o modestíssimo Cardoso Moreira. Sem comentários!

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