segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

BAIXADA URGENTE

NA OPERAÇÃO GUILHOTINA, PF
FAZ EXPURGO NA SEGURANÇA

Em menos de seis meses, o Governo Federal intervém pela segunda vez na Secretaria de Segurança Pública do Rio, hoje chefiada por um delegado da própria PF, José Mariano Beltrame. No final do ano passado, depois que bandidos iniciaram uma série de ataques a ônibus na região metropolitana, sem que o Governo do Estado adotasse qualquer metida efetiva para enfrentar a situação, o Governo Federal exigiu que o comando das operações policiais de combate ao crime organizado fosse assumido pelo Exército e a Marinha, o que resultou na invasão dos complexo da Penha e do Alemão. Na última semana, a Polícia Federal desencadeou a “Operação Guilhotina”, que resultou na prisão de 39 pessoas, sendo 29 policiais militares e civis, inclusive delegados do primeiro escalão do sistema de segurança do Rio.
Foi constrangedor assistir à entrevista do Superintendente da Polícia Federal do Rio de Janeiro, Angelo Gioia, ao lado do Secretário de Segurança, que se limitou a dizer que os problemas envolvendo a banda podre da Polícia fluminense vem de muito tempo. Como o governador já está no segundo mandato, Beltrame acabou colocando num mesmo saco Garotinho, Benedita, Rosinha e Sérgio Cabral. Aliás, exatamente como aconteceu nas tragédias de Angra dos Reis (2009), do Morro do Bumba (2010) e, agora, da Região Serrana, o grande ausente foi o governador fluminense. No caso de Angra, ele estava passando o “Reveillon” em Mangaratiba, mas levou dois dias para chegar a Angra. No caso de Nova Friburgo, o governador estava de ferais na Europa e só apareceu no dia em que a Presidente Dilma Rousseff programou uma visita à região para ver os estragos provocados pelas chuvas e pelo deslizamento de encostas. (Foto: Fábio Gonçalves/Agência O Dia by r7)

PARA MÉDICOS, O PROBLEMA
DO SUS É DE GERENCIAMENTO

RÁPIDAS A falta de médicos no Sistema Único de Saúde (SUS) está ligada à ausência de uma carreira única e estável e à carência de especialistas na rede pública. A opinião é do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco Batista, ao comentar o resultado da pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que avaliou a percepção do brasileiro sobre os serviços do SUS. A pesquisa divulgada pela entidade constatou que quase a metade dos entrevistados (46,9%) reclamou da falta de médicos na rede pública de saúde, 37,3% apontaram o número reduzido de especialistas e 33% falaram da necessidade de mais médicos nos serviços de urgência e emergência.
Segundo o presidente do CNS, o atendimento especializado passou, na última década, a ser ofertado, em sua maioria, por meio de clínicas particulares conveniadas ao SUS e pelos planos de saúde, fazendo com que o maior número de profissionais se concentrasse na iniciativa privada. Além disso, de acordo com Francisco Batista, a falta de uma carreira única e a instabilidade profissional diminui os atrativos para o trabalho na rede pública.
“Apesar de várias secretarias oferecerem altos salários, os médicos não querem ir. A falta de estabilidade é mortal para o SUS. É mais cômodo e interessante trabalhar na rede privada”, disse Batista.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) também comentou, por meio de nota, os dados da pesquisa do Ipea. Para a entidade, o subfinanciamento do sistema de saúde e a falta de uma carreira médica estão na origem dos problemas do SUS. “Para o CFM, as principais queixas decorrem do crônico subfinanciamento que assola a saúde pública do país e da necessidade de modernização dos instrumentos de gestão. É fundamental a adoção de políticas efetivas de valorização dos profissionais da saúde e de investimentos em infraestrutura na rede de atendimento, entre outros pontos”, diz a nota.
Criado em 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS), previsto na Constituição Federal, é formado por uma rede de serviços médicos e hospitalares, que inclui consulta médica, cirurgia e distribuição de remédios.
A pesquisa do Ipea mostra também que grande parte dos entrevistados cobra redução no tempo de espera por atendimento nos postos de saúde e para marcar uma consulta na rede pública. Para Batista, o problema poderia ser amenizado se o atendimento no SUS deixasse de ser centrado na figura do médico. “Já passou da hora de a população ser atendida por outro profissional sem ser o médico, como enfermeiro, psicólogo e fonoaudiólogo”, afirmou.

RÁPIDAS

• O ex deputado Marcos Figueiredo assume nesta segunda (14) a Secretaria de Habitação, cuja tarefa deveria ser o resgate do déficit de habitação no município, principalmente na faixa de menor renda. Nem mesmo com recursos do PAC, o município consegue construir as casas que irão retirar das áreas de risco milhares de pessoas que moram em palafitas fincadas em barrancos ou nas margens dos rios, como o Sarapuí, ao lado da estação de Gramacho.
• No caso do PAC, os 1,3 mil apartamentos que seriam construídos no Governo anterior, na Av. Manoel Teles, só agora estão em fase de construção, num
a lentidão enervante. Além da lentidão das obas, o Governo não levou em conta que as famílias a serem beneficiadas moram em duas favelas vizinhas, mas sob o comando de traficantes rivais. Vila Nova, a antiga favela do Lixão, é separada da Vila Ideal, mais antiga, pelo valão dos Caboclos e a rivalidade entre as gangues que controlam as duas comunidades impedem uma convivência amistosas entre os moradores das duas comunidades..
• Como não há previsão de instalação de UPPs na região, será uma temeridade levar as famílias de uma ou de outra favela para morarem num conjunto construído num terreno dentro da Vila Ideal. A única ligação entre as duas favelas é pela Av. Dr. Manoel Teles, que passa ao lado das duas comunidades. Sem a instalação de uma UPP e a pacificação da área, será impossível a convivência pacífica entre as duas comunidades. Será que Marcos Figueiredo conseguirá esses dois milagres: concluir as obras do conjunto e transferir os moradores para as novas residências sem atropelos? • O presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, disse que dará prioridade à primeira instância e que realizará concurso para a magistratura. Segundo ele, há cerca de 8 milhões de processos em tramitação na primeira instância, onde as ações começam, e uma carência de 150 juízes. As metas de sua gestão, iniciada no dia 4, foram divulgadas na manhã de sexta-feira, dia 11, em entrevista à Rádio BandNews.
• “Nós estamos muito sobrecarregados. Só no ano passado, foram distribuídos 1.218.076 processos e julgados pelos juízes de primeira instância 1.233. 840. Mais de 100%. Nós estamos com uma produtividade hoje, no Tribunal de Justiça, de cerca de 130%. Isto significa dizer que de cada 100 processos que entram 130 são julgados. Nós temos na primeira instância 8 milhões de processos em tramitação”, ressaltou.
• Ainda de acordo com o desembargador Manoel Alberto Rebêlo, os Juizados Especiais vão receber atenção especial no biênio 2011/2012, período da sua gestão.
• A população, após a Constituição de 88, e com a implementação dos Juizados Especiais , está podendo realmente exercer a cidadania, tentando que a justiça decida questões que sejam do interesse dela. Nós temos que realmente priorizar os juizados com a informatização, a criação de condições materiais para que eles funcionem e, principalmente, com juízes”, finalizou o presidente do TJRJ.
• Um levantamento feito pelo Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp), ligado à Secretaria de Estado da Saúde e à Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), indica que 95% dos casos de câncer de testículo são verificados em pessoas com até 35 anos e que 60% dos pacientes chegam ao hospital com a doença em estágio avançado, tendo que passar por quimioterapia.
• O instituto atende por ano 200 pacientes com a doença, cujos principais sintomas são a dor e o aumento do volume dos testículos. Para combatê-la de forma eficaz, é necessário o diagnóstico precoce. O primeiro passo é o autoexame. Esse tipo de câncer pode aparecer a partir dos 15 anos em homens com problemas crônicos de atrofia ou de testículos que não tenham descido para a bolsa escrotal.
• “Essas anomalias levam a alterações celulares que podem gerar a doença. É preciso alertar os homens que, quando há esse tipo de alteração, o melhor é procurar o urologista, que vai conseguir avaliar com segurança para ver se o problema é benigno ou pode ser grave”, disse o coordenador do Setor de Urologia do Icesp, Marcos Dall’Oglio.
• Segundo ele, a doença pode causar a morte, mas, se descoberta no estágio inicial, as chances de cura são de 100%. “Tudo depende do estágio do tumor. Em estágios mais avançados, a chance de cura chega a 50%, com tratamento cirúrgico e quimioterapia.”
• Com o objetivo de promover um debate sobre os Direitos Humanos nas escolas da rede e provocar uma reflexão sobre as práticas que podem contribuir para a melhoria da realidade educativa, a Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias (SME) realizará, de 16 a 18, no Teatro Raul Cortez, o I Simpósio “Direitos Humanos na Educação que Transform@”. O evento será destinado aos profissionais da rede municipal e a convidados da SME.
• O Simpósio será aberto pelo professor, escritor e ex-ministro Arnaldo Niskier, que fará uma palestra sobre o tema. Niskier é membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e membro correspondente da Academia de Ciências de Lisboa, de Portugal. Estarão presentes, também, a escritora e cantora infantil Bia Bedran, o coordenador regional/Sudeste da UNICEF (TEPIR – Territórios de Educação para a Igualdade Racial), além de representantes de várias instituições que lutam em favor dos Direitos Humanos.
• Durante os três dias de evento, serão debatidas questões relacionadas ao respeito, à diversidade e à igualdade de direitos. Serão abordadas, também, a incorporação de novas tecnologias de informação e comunicação no universo escolar, do letramento até o processo de avaliação do conhecimento.
• Quem perdeu a exposição fotográfica “Monte Roraima, a Montanha Sagrada”, de Fred Schiffer, no Forte Copacabana, no Rio, tem nova oportunidade para se encantar com o trabalho do diretor de Maketing da Unigranrio, que estará na Biblioteca Euclides da Cunha, no “campus” da rua Professor de Souza Herdy, em Duque de Caxias, a partir desta segunda (14) e o horário de visitação Será das 8 às 20h, de segunda a sexta, A cerimônia inaugurar será às 19 horas desta segunda, no campus d Unigranrio, ao lado da 59ª DP/Caxias
• Com entrada franca, a Exposição reúne 27 trabalhos de Fred Shiffer na viagem de 10 dias que o conhecido fotógrafo fez ao Monte Roraima, entre a Guiana e a Venezuela, chegando de Zero a 38o graus com intervalo de algumas horas. Do alto dos quase 3 mil metros de altura, o ar no Monte Roraima é rarefeito, porém, sobram imagens recortadas por rochas que lembram ruínas, cachoeiras, rios, piscinas naturais, igarapés, terrenos acidentados, aldeias, lagos, savanas, bromélias, flores das mais variadas e, naturalmente, turistas

SOBE O CONSUMO DE
BEBIDAS ALCOÓLICAS

Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre álcool, divulgado no fim de semana, mostra o Brasil entre os países com aumento do uso excessivo de bebida alcoólica, que pode levar à consequências graves, como lesões e risco de acidentes. A OMS considera consumo abusivo quem bebe 60 gramas ou mais de álcool puro, pelo menos uma vez por semana. De acordo com levantamento da OMS, em 2003, dos brasileiros que bebiam, 32,4% dos homens e 10,1% das mulheres abusaram da bebida alcoólica. Nos dois sexos, a faixa etária analisada é a partir de 15 anos. No mundo, 11,5% dos consumidores de álcool bebem em excesso em situações semanais. A proporção é de quatro homens para uma mulher. “Homens praticam constantemente um consumo de risco em níveis muito mais elevados do que as mulheres em todas as regiões [do mundo]”, diz o relatório.
De acordo com o documento, o consumo de álcool puro no Brasil foi de 6,2 litros por pessoa, em 2005. A média mundial, no mesmo ano, foi de 6,13 litros de álcool per capita. A cerveja é a bebida mais consumida pelos brasileiros, seguida por destilados e vinhos. Pelo menos 2,5 milhões de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, por causa do consumo inadequado de álcool, segundo o estudo da OMS, que avaliou a ingestão de álcool em 100 países. No ano passado, uma pesquisa do Ministério da Saúde revelou que aumentou de 16,2% para 18,9% o percentual de brasileiros que declararam ter abusado do álcool, entre 2006 e 2009.
No relatório, a OMS cita a Lei Seca, que tornou mais rigorosa a punição para quem dirige embriagado, como exemplo de política pública para reduzir o uso abusivo de álcool. Para o motorista que consumir uma lata de cerveja ou uma taça de vinho antes de pegar a direção de um veículo a lei prevê multa, perda da carteira de habilitação e apreensão do carro. Se a pessoa ingerir quantidade superior, como duas ou três doses, responde a crime de trânsito, com pena de prisão de seis meses a três anos.

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