quinta-feira, 18 de outubro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA


SECA TOTAL EM CAXIAS

Há uma semana persiste a lei seca em Duque de Caxias, sem que a Cedae dê qualquer explicação para tal situação. Os donos de carros-pipas não estão danço conta de tantos pedidos ao mesmo tempo. Enquanto isso, uma antiga adutora, que agora leva água para o São Bento e o Parque Fluminense, continua jogando água tratada dentro do rio Sarapuí, ao lado da estação do Gramacho. A empresa acusa moradores das favelas vizinhas pelos furos nos canos, mas nada faz para evitar o desperdício.(Foto: Arquivo/Blog)

PROCURA-SE UM GOVERNO
COMPETENTE PARA CAXIAS

Os moradores e comerciantes de Duque de Caxias ainda estão atordoados com os transtornos causados pelo fechamento, desde segunda-feira, em pleno feriadão, da Av. Plínio Casado, que margeia a estação ferroviária e opera como uma via paralela à Av. Presidente Kennedy, criminosamente estreitada entre a Praça da Emancipação e a Igreja Metodista. Ao longo dos anos, as autoridades permitiram que a faixa de domínio da antiga Estrada Rio-Petrópolis, vinculada ao Ministério de Viação e Obras Públicas, sucedido depois pelo DNER, fossem invadidas para a construção de “fortalezas”, hotéis de alta rotatividade, prédios comerciais e até um shopping. Agora, para construir uma modesta passagem subterrânea sob os trilhos da antiga Leopoldina, fecha-se a Av. Plínio Casado e abre-se, ou melhor, escancara-se as portas do Inferno para motoristas, passageiros, lojistas e consumidores. Na terça-feira, primeiro dia do festival de incompetência, o engarrafamento na Av. Presidente Kennedy, no sentido Gramacho-Centro, chegou a aproximadamente 6 Km. Nem durante a “Feira da Comunidade” ou no Carnaval, quando a Kennedy fica fechada por dias, o trânsito ficava tão caótico. Os transtornos atingiram, inclusive, as avenidas do outro lado da estrada de ferro, como Duque de Caxias e Tancredo Neves, que liga o centro ao bairro Itatiaia, e Brigadeiro Lima de Silva, entrada para a cidade pela Rodovia Washington Luis. Tudo isso para a realização de uma obra que não era prioridade da cidade: reformar uma estação totalmente reconstruída em 1974, quando da inauguração dos trens elétricos. Apenas para o Governo inaugurar uma simples escada rolante, enquanto os passageiros dos trens continuam viajando em composições desconfortáveis e velhas, sem conservação e manutenção adequadas, como o acidente em Austin demonstrou. O mais grave é que os governos do Estado e a Prefeitura, associados nessa obra, de discutível utilidade e com um custo assustador – a previsão é de superar os R$ 70 milhões – cooptaram (ou silenciaram) a Associação Comercial e o Sindicato dos Lojistas, cujos associados estão sofrendo com a queda nas vendas, a invasão de suas lojas pelo pó e a lama, gerados durante a obra, que já foram interrompidas até por falta de pagamento dos modestos salários dos peões. Por tudo isso, procura-se, desesperadamente, por governantes honestos e eficientes, que queiram administrar uma cidade que tem um orçamento de R$ 1 bilhão. O concurso público para a contratação de um Prefeito será realizado no dia 5 de outubro de 2008. Quem se habilita? (Foto: Elllobo)

• Agora, os lojistas da Av. Plínio Casado temem perder, novamente, as vendas de fim de ano, pois, quando as obras foram interrompidas, faltava cerca de 80% do túnel entre a Av. Presidente Vargas e a Praça da Emancipação. E não haverá tempo útil para concluir as escavações, impermeabilizar o túnel e instalar o sistema de ventilação e pavimentar o piso nos próximos 60 dias.
• Isso significa mais prejuízos para o comércio, que sustenta boa parte da receita de cerca de R$ 1 bilhão que entrará nos cofies da Prefeitura até o final do ano, com ou sem túnel sob a via férrea.
• O curioso é que Duque de Caxias se formou em torno da velha estação de Vila Meriti (primeiro bairro, onde está situada a Catedral de Santo Antônio). Agora, em função de um governo divorciado da opinião publica, a cidade vê uma obra, que seria apenas o enfeito do bolo, provocando tantos transtornos para todos. Menos para quem mora em Xerém, Petrópolis ou na Barra da Tijuca e só vem à cidade por força do emprego na Prefeitura!
• Quanto ao engarrafamento que atormenta a cidade, a Secretaria de Transportes, como sempre, nada tem a declarar.
• Washington Reis prometeu à Secretária de Cultura, Dalva Lazaroni, candidata a vereadora no Rio pelo PSB, que vai trabalhar pela sua eleição. Como a maioria dos auxiliares do Prefeito (inclusive os fantasmas) mora no Rio, a autora de “Chiquinha Gonzaga”, o livro, sai com uma boa vantagem.
• A candidata-escritora, que deixou o PV na ‘Hora H" do prazo de filiação, foi recusada no PSB de Caxias por ameaçar lideranças paroquiais. Ponto para ela!
• Apesar do furdunço na cidade depois do feriadão, a assessoria de imprensa da Prefeitura não divulgou uma só nota, nem antes, prevenindo sobre o fechamento da avenida, nem depois da tragédia.
• Em compensação, o jornal de campanha de Washington Reis deu matéria de capa, garantindo que a cidade está tomada pelo lixo. O novo hebdomadário da cidade só pisou na bola ao colocar na primeira página, recentemente, a foto colorida de um corpo decapitado, que seria de um estuprador.
• A Justiça decretou a prisão preventiva de mais 17 PMs do 15º Batalhão da PM, cujo efetivo tem pouco mais de 600 policiais, suspeitos de envolvimento com o tráfico de drogas nas favelas de Santa Lúcia e Imbariê, no 3º Distrito. Com isso, já supera 10% do seu efetivo a parcela de policiais afastados pela Justiça, sem contar as baixas provocadas por confrontos com bandidos ou simplesmente assassinados.
• O delegado que chefiava e i comandante do 15º, que ajudou nas investigações, firam afastados de seus cargos. A Secretaria de Segurança disse que foi para preservar os dois servidores. De quê?
• O Ministério da Defesa está envolvido numa nebulosa compra de tecidos para confecção de uniformes camuflados para o Exército. As duas maiores empresas têxteis que produzem esse tipo de produto no país, ambas situadas em Santa Catarina, ficaram de fora. Quem vai fornecer o tecido será a Coteminas, empresa do vice-presidente José Alencar e dirigida por um dos seus filhos.
• Tudo seria normal se a empresa mineira não usasse de um subterfúgio: como não fabrica esse tipo de tecido, a Coteminas vai importa-lo... da China.
• Esse procedimento – importar produtos acabados da China para vendê-lo no Brasil – já vem sendo adotado por diversas empresas, como Estrela (brinquedos), GE (telefones), como forma de enfrentar a concorrência dos produtos piratas, também feitos na China. O que chama a atenção é que, num governo comandado pelo PT de Lula e o PRB do Bispo Edir Macedo, o governo incentive, com suas compras, a geração de empregos na China, enquanto fábricas tradicionais, que geram milhares de empregos, como a indústria têxtil, estão fechando as portas no Brasil.
• O Ministro Jobim, do PMDB, terá de explicar ao governador de Santa Catarina, o bravo Luiz Henrique, também do PMDB, a razão do Exército comprar tecidos na China.

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