sexta-feira, 19 de outubro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

Governo não liga para a
Passarela da Imprensa

Com a eletrificação do trehco entre Penha e Gramacho, nos anos 70, a Rede Ferroviária Federal fechou as duas passagens de níveis no Centro de Caxias, uma delas ligando as Avenidas Duque de Caxias e Plínio Casado, hoje interditada, o que está provocando engarrafamenos diários no centro do município. Os mais prejudicados pelo fechamento das travessias, os comerciantes da Av. Duque de Caxias, lideados pelo empresário Alóisio Campos Garcia, do ramo de papelaria, resolveram construir e doar ao goveno a Passarela da Imprensa, ligando a Av. Duque de Caxias à Plínio Casado, do outro lado da via férrea, local hoje dominada por camelôs. Agora, enquanto investe cerca de R$ 70 milhões na construção de um tunel sob os trilhos da extinta Leopoldina, o governo não tem tempo, nem dinheiro, para manter a passarela, com buracos em toda a sua extensão, o que representa uma ameaça à segurança dos pedestres, principalmente os idosos. (Foto: A. Ellobo)

Suspenso o empréstimo consignado

Depois da farra dos bancos com o empréstimo consignado, envolvendo mais de R$ 5 bilhões até agora, o Governo resolveu suspender, a partir de hoje e por 90 dias, a autorização para novos empréstimos. O negocio alavancou bancos pequenos, obrigando os grandes a se mexerem e pagarem “luvas” pelas carteiras de empréstimos dos “tamboretes”. Pior para o comércio e a indústria, que esperavam aumentar as vendas com esse tipo de financiamento, com juros superiores a 3% ao mês, mesmo com a taxa de risco de nível Zero, pois o servidor não tem como adiar o pagamento das prestações, que podem ir até 36 vezes. Sobre as fraudes e a punição para as emrpesas envolvidas, nenhuma palavra de Lula.

Senador Crivella saiu de mãos vazias

Na fugaz visita que fez a Duque de Caxias, semana passada, o bispo da Igreja Universal e senador da República Marcelo Crivella, chegou cheio de ambições e mesuras, mas voltou para sua casa, na Zona Sul, de mãos vazias. A reunião era para definir a opção nas eleições de 2008 do PR, ex-Partido Liberal do católico e diplomata de carreira Álvaro Vale, entregue de mão beijado por seu fundador ao Bispo Edir Macedo, adversário implacável da Igreja Católica. O PL participou da eleição de Washington Reis, em 2004, conquistando, por isso, a Secretaria de Habitação, que era ocupada por um tio do senador, o ex-deputado Eraldo Macedo, além de contar com o voto da vereadora Leide no apoio ao prefeito. Com isso, o senador Crivella esperava fazer uma reunião tão rápida quanto decisiva, ao final da qual anunciaria que o PR apoiaria a reeleição do prefeito. O afoito senador não contava com a persistência do ex-vereador Marquinhos Pessanha (que teve mais de 28 mil votos para deputado federal em 2002), rompido com o prefeito e que sonha ser o vice do Zito. Para tanto, Marquinhos levou a tiracolo a ex-prefeita de Magé, Narriman Zito. Curiosamente, Crivella repetiu na Câmara a mesma e desastrada estratégia que Zito utilizara na escolha do candidato à sua sucessão, numa reunião no SESI. Ao invés de seguir os conselhos de seu tio e fundador da Universal, Crivella deveria reservar algum tempo para ler as biografias dos principais políticos de Minas Gerais, onde veria que sua estratégia – discutir apoio político diante de torcidas organizadas – não daria certo. Além de conduzir o PR para o redil do prefeito, Crivella pretendia levar, como prêmio antecipado de consolação, mais uma Secretaria, de preferência a de Educação ou de Saúde, já que a de Habitação não tem dinheiro nem para trocar luminárias nas favelas! O manual não escrito dos políticos mineiros recomenda que se negocie antes e se faça a convenção partidária, para homologar o acordo, depois. Em 2004, Zito não negociou o apoio que daria a um dos pretendentes, o então vereador Laury Villar Filho, antes de atropelar as ambições políticas (legítimas e que Zito insuflara) do deputado federal Doutor Heleno e da Secretária de Educação, Roberta Barreto. O resultado foi a dispersão dos seguidores dos candidatos derrotados e na vitória de Washington Reis, ex-vice de Zito em 96. Agora, é reunir Marquinhos Pessanha e a vereadora Leide, mostrar, francamente, o que o partido terá a ganhar ou a perder e, só então, anunciar quem o PR vai apoiar em 2008: Zito ou Washington Reis.

• A organização do Processo Apell de 2007 promove, na manhã deste sábado, a partir das 9 horas, um exercício simulado de um acidente numa esfera de gás da Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras, onde estarão envolvidos cerca de 800 voluntários e 200 profissionais que irão ajudar na evacuação de aproximadamente cinco mil moradores dos bairros de Campos Elíseos e Vila Serafim.
Dez ambulâncias e dois helicópteros serão utilizados no simulado que envolverá 26 órgãos e entidades federais, estaduais e municipais de segurança, meio ambiente, socorro médico e trânsito e empresas do Pólo Petroquímico de Campos Elíseos. A simulação começará às 9h pontualmente.
• Devido ao mau tempo, a Secretaria de Educação de Duque de Caxias cancelou a solenidade de inauguração de sua nova sede, na Rua Sebastião de Oliveira, ao lado do Mercado Municipal, que ocorreria nesta sexta-feira (19/10).
• O governador vetou o projeto de Zito, que trocava o nome do Presidente Kennedy pelo do governador Leonel Brizola na antiga Estrada Rio Petrópolis, no trecho entre Vigário Geral e Campos Elíseos, que passa também por Belford Roxo..
• Como Sergio Cabral não dá nenhum motivo de ordem técnica ou jurídica para o veto, conclui-se que, na verdade, ele estava vetando a candidatura de Zito a prefeito de Duque de Caxias contra Washington Reis. Por quê?
• A Ampla agora pagará multa de R$ 1 mil por hora se não cumprir ordem da Justiça para restabelecer o fornecimento de energia, mesmo dos consumidores com contas atrasadas. Eletricidade é bem de consumo essencial, no entender da Justiça. Ainda bem!
• O movimento Espírita e a Imprensa da Baixada acabam de perder um dos seus mais combativos defensores. A morte do jornalista Carlos Mendonça, no dia 2 de setembro, em conseqüência de um AVC, encerrou a carreira do fundador e presidente da Associação Caxiense de Imprensa, assessor de imprensa a Prefeitura e presidente da Associação Espírita de Duque de Caxias.
• O vereador Chiquinho Grandão foi no papo dos dirigentes do PT, que apóiam o prefeito, e deixou o PV. Ocorre que a Direção nacional do partido de Lula não aceitou a sua inscrição. Nos últimos minutos do prazo, ele conseguiu se inscrever no PTB de Roberto Jéferson. Faz sentido. Se destino político, agora, depende do PV, que ele abandonou.
• A professora Dalva Lazaroni, Secretária de Cultura, trocou o PV, onde seu filho é deputado (André do PV) e se filiou ao PSB. Como a resistência entre os concorrentes em Caxias era muito grande, Alexandre Cardoso decidiu incluir a autora de “Chiquinha Gonzaga” (o livro que inspirou a mini-série da TV-Globo) na chapa de candidatos à Câmara do Rio.
• Se não for efetivado como vice de Washington Reis (numa negociação com outros partidos), o ex-deputado Gilberto Silva será candidato a vereador. Com isso, Orlando Silva, seu irmão e Secretário de Administração, terá de deixar o cargo e reassumir o mandato de vereador (ele foi eleito em 2004), para não tornar o Giba inelegível. E a professora Selma da Silva terá de deixar a Secretaria de Educação, pelo mesmo motivo. Talvez aí esteja a explicação para o senador Crivella pedir o cargo para o PR.
• Washington Reis está numa enrascada. Ele prometeu à direção da Polícia Rodoviária Federal doar um terreno ao lado da Rodovia Washington Luis, próximo à Prefeitura, para servir como depósito dos veículos apreendidos pela PRF, que tem uma delegacia no marco Zero da Rio-Magé, mas não tem espaço para colocar os veículos apreendidos nas duas rodovias.
• O terreno pretendido pela PRF é o extinto “Espaço Canaã”, objeto de desejo de 10 entre 10 dos principais auxiliares do prefeito, todos com projetos mirabolantes para tentar instalar ali um negócio milionário, daqueles de provocar a inveja até de banqueiros!
• Em troca do terreno, a PRF cederia nada menos que 1.000 veículos apreendidos, que seriam vendidos em leilão pela Prefeitura e cujo re$ultado seria investido na preparação do terreno do novo depósito. Um bom negócio para ambos, não fosse as ambições pessoais que poluem os corredores da Prefeitura, em Jardim Primavera.
• Em declarações recentes, o prefeito disse que não há impedimento legal para as obras da Kennedy entre o Gramacho e a Rua Otávio Áscoli, no Centenário. Já no quarteirão da antiga fábrica de tecidos resta uma clínica, cujo prédio invadiu a faixa de domínio da antiga Estrada Rio-Petrópolis, onde funcionava uma creche mantida pela CAPEMI. O que fazer?

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