Passarela da Imprensa
Suspenso o empréstimo consignado
Depois da farra dos bancos com o empréstimo consignado, envolvendo mais de R$ 5 bilhões até agora, o Governo resolveu suspender, a partir de hoje e por 90 dias, a autorização para novos empréstimos. O negocio alavancou bancos pequenos, obrigando os grandes a se mexerem e pagarem “luvas” pelas carteiras de empréstimos dos “tamboretes”. Pior para o comércio e a indústria, que esperavam aumentar as vendas com esse tipo de financiamento, com juros superiores a 3% ao mês, mesmo com a taxa de risco de nível Zero, pois o servidor não tem como adiar o pagamento das prestações, que podem ir até 36 vezes. Sobre as fraudes e a punição para as emrpesas envolvidas, nenhuma palavra de Lula.
Senador Crivella saiu de mãos vazias
Na fugaz visita que fez a Duque de Caxias, semana passada, o bispo da Igreja Universal e senador da República Marcelo Crivella, chegou cheio de ambições e mesuras, mas voltou para sua casa, na Zona Sul, de mãos vazias. A reunião era para definir a opção nas eleições de 2008 do PR, ex-Partido Liberal do católico e diplomata de carreira Álvaro Vale, entregue de mão beijado por seu fundador ao Bispo Edir Macedo, adversário implacável da Igreja Católica. O PL participou da eleição de Washington Reis, em 2004, conquistando, por isso, a Secretaria de Habitação, que era ocupada por um tio do senador, o ex-deputado Eraldo Macedo, além de contar com o voto da vereadora Leide no apoio ao prefeito. Com isso, o senador Crivella esperava fazer uma reunião tão rápida quanto decisiva, ao final da qual anunciaria que o PR apoiaria a reeleição do prefeito. O afoito senador não contava com a persistência do ex-vereador Marquinhos Pessanha (que teve mais de 28 mil votos para deputado federal em 2002), rompido com o prefeito e que sonha ser o vice do Zito. Para tanto, Marquinhos levou a tiracolo a ex-prefeita de Magé, Narriman Zito. Curiosamente, Crivella repetiu na Câmara a mesma e desastrada estratégia que Zito utilizara na escolha do candidato à sua sucessão, numa reunião no SESI. Ao invés de seguir os conselhos de seu tio e fundador da Universal, Crivella deveria reservar algum tempo para ler as biografias dos principais políticos de Minas Gerais, onde veria que sua estratégia – discutir apoio político diante de torcidas organizadas – não daria certo. Além de conduzir o PR para o redil do prefeito, Crivella pretendia levar, como prêmio antecipado de consolação, mais uma Secretaria, de preferência a de Educação ou de Saúde, já que a de Habitação não tem dinheiro nem para trocar luminárias nas favelas! O manual não escrito dos políticos mineiros recomenda que se negocie antes e se faça a convenção partidária, para homologar o acordo, depois. Em 2004, Zito não negociou o apoio que daria a um dos pretendentes, o então vereador Laury Villar Filho, antes de atropelar as ambições políticas (legítimas e que Zito insuflara) do deputado federal Doutor Heleno e da Secretária de Educação, Roberta Barreto. O resultado foi a dispersão dos seguidores dos candidatos derrotados e na vitória de Washington Reis, ex-vice de Zito em 96. Agora, é reunir Marquinhos Pessanha e a vereadora Leide, mostrar, francamente, o que o partido terá a ganhar ou a perder e, só então, anunciar quem o PR vai apoiar em 2008: Zito ou Washington Reis.
• A organização do Processo Apell de 2007 promove, na manhã deste sábado, a partir das 9 horas, um exercício simulado de um acidente numa esfera de gás da Refinaria Duque de Caxias, da Petrobras, onde estarão envolvidos cerca de 800 voluntários e 200 profissionais que irão ajudar na evacuação de aproximadamente cinco mil moradores dos bairros de Campos Elíseos e Vila Serafim.
Dez ambulâncias e dois helicópteros serão utilizados no simulado que envolverá 26 órgãos e entidades federais, estaduais e municipais de segurança, meio ambiente, socorro médico e trânsito e empresas do Pólo Petroquímico de Campos Elíseos. A simulação começará às 9h pontualmente.
• Devido ao mau tempo, a Secretaria de Educação de Duque de Caxias cancelou a solenidade de inauguração de sua nova sede, na Rua Sebastião de Oliveira, ao lado do Mercado Municipal, que ocorreria nesta sexta-feira (19/10).
• O governador vetou o projeto de Zito, que trocava o nome do Presidente Kennedy pelo do governador Leonel Brizola na antiga Estrada Rio Petrópolis, no trecho entre Vigário Geral e Campos Elíseos, que passa também por Belford Roxo..
• Como Sergio Cabral não dá nenhum motivo de ordem técnica ou jurídica para o veto, conclui-se que, na verdade, ele estava vetando a candidatura de Zito a prefeito de Duque de Caxias contra Washington Reis. Por quê?
• A Ampla agora pagará multa de R$ 1 mil por hora se não cumprir ordem da Justiça para restabelecer o fornecimento de energia, mesmo dos consumidores com contas atrasadas. Eletricidade é bem de consumo essencial, no entender da Justiça. Ainda bem!
• O movimento Espírita e a Imprensa da Baixada acabam de perder um dos seus mais combativos defensores. A morte do jornalista Carlos Mendonça, no dia 2 de setembro, em conseqüência de um AVC, encerrou a carreira do fundador e presidente da Associação Caxiense de Imprensa, assessor de imprensa a Prefeitura e presidente da Associação Espírita de Duque de Caxias.
• O vereador Chiquinho Grandão foi no papo dos dirigentes do PT, que apóiam o prefeito, e deixou o PV. Ocorre que a Direção nacional do partido de Lula não aceitou a sua inscrição. Nos últimos minutos do prazo, ele conseguiu se inscrever no PTB de Roberto Jéferson. Faz sentido. Se destino político, agora, depende do PV, que ele abandonou.
• A professora Dalva Lazaroni, Secretária de Cultura, trocou o PV, onde seu filho é deputado (André do PV) e se filiou ao PSB. Como a resistência entre os concorrentes em Caxias era muito grande, Alexandre Cardoso decidiu incluir a autora de “Chiquinha Gonzaga” (o livro que inspirou a mini-série da TV-Globo) na chapa de candidatos à Câmara do Rio.
• Se não for efetivado como vice de Washington Reis (numa negociação com outros partidos), o ex-deputado Gilberto Silva será candidato a vereador. Com isso, Orlando Silva, seu irmão e Secretário de Administração, terá de deixar o cargo e reassumir o mandato de vereador (ele foi eleito em 2004), para não tornar o Giba inelegível. E a professora Selma da Silva terá de deixar a Secretaria de Educação, pelo mesmo motivo. Talvez aí esteja a explicação para o senador Crivella pedir o cargo para o PR.
• Washington Reis está numa enrascada. Ele prometeu à direção da Polícia Rodoviária Federal doar um terreno ao lado da Rodovia Washington Luis, próximo à Prefeitura, para servir como depósito dos veículos apreendidos pela PRF, que tem uma delegacia no marco Zero da Rio-Magé, mas não tem espaço para colocar os veículos apreendidos nas duas rodovias.
• O terreno pretendido pela PRF é o extinto “Espaço Canaã”, objeto de desejo de 10 entre 10 dos principais auxiliares do prefeito, todos com projetos mirabolantes para tentar instalar ali um negócio milionário, daqueles de provocar a inveja até de banqueiros!
• Em troca do terreno, a PRF cederia nada menos que 1.000 veículos apreendidos, que seriam vendidos em leilão pela Prefeitura e cujo re$ultado seria investido na preparação do terreno do novo depósito. Um bom negócio para ambos, não fosse as ambições pessoais que poluem os corredores da Prefeitura, em Jardim Primavera.
• Em declarações recentes, o prefeito disse que não há impedimento legal para as obras da Kennedy entre o Gramacho e a Rua Otávio Áscoli, no Centenário. Já no quarteirão da antiga fábrica de tecidos resta uma clínica, cujo prédio invadiu a faixa de domínio da antiga Estrada Rio-Petrópolis, onde funcionava uma creche mantida pela CAPEMI. O que fazer?
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