quarta-feira, 21 de novembro de 2007

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

SERLA VAI DRAGAR
VALÕES EM CAXIAS

A SERLA deixou de fora o canal dos Caboclos, que provoca enchentes no Parque Lafaiete, Engenho do Porto e até na área do Shopping Center (Foto: Beto Dias)

Finalmente, a SERLA acordou de longa hibernação (desde o Governo Marcello Alencar) e decidiu retomar os projetos de dragagem dos rios e canais da Baixada. Em Duque de Caxias, técnicos do órgão programaram obras de desassoreamento em trechos do Canal Jacatirão, um dos afluentes do Sarapuí e que inferniza a vida de moradores dos bairros Itatiaia, Vila Leopoldina e Doutor Laureano, e do Valão Guanabara, responsável pelas enchentes na Vila São Luis, Guanabara e na Chacrinha.
Os rios e canais estão assoreados, principalmente devido ao lançamento de lixo, garrafas PET, pneus, carcaças de carros - constatou a superintendente da Serla, Marilene Ramos, que anunciou ainda que o órgão está intensificando uma de campanha de Educação Ambiental para conscientizar a população de que lançar lixo nos rios é extremamente prejudicial. “Infelizmente, isso ainda acontece com freqüência. Nossa luta é promover cada vez mais as campanhas educacionais e temos muitos projetos neste sentido”, concluiu.


CAXIAS EXPORTA DEFUNTOS
Duque de Caxias é, realmente, uma cidade curiosa. Fornece água para o Rio de Janeiro, mas sua população ainda toma banho de cumbuca, tem um vistoso parque industrial, mas os melhores empregos vão para os moradores da Barra, principalmente espanhóis, italianos, chineses, ingleses e norte-americanos. Agora, um novo produto entra na pauta de exportação: defuntos! Essa situação é decorrente da falta de pulso do prefeito, que fez campanha prometendo estatizar, novamente, os cemitérios e acabar com o monopólio de uma empresa privada, que surgiu em 1972, durante a intervenção federal no Município. Ao invés de uma solução para os serviços funerários, explorados (no sentido mais amplo da expressão) por uma empresa privada, o prefeito preferiu enveredar pelo caminho fácil do assistencialismo, criando uma funerária municipal (foto) para atender às famílias de baixa renda. Quanto à ampliação dos cemitérios existentes ou criar novos, função exclusiva da Prefeitura, Washington Reis prefere deixar para depois da reeleição. Afinal, ninguém quer ser vizinho de um “Campo Santo!”
E a reação à concorrência da funerária municipal não se fez esperar: por decisão da concessionária, os cemitérios do Core Oito e do Tanque do Anil, que pertencem ao Patrimônio Municipal, mas são administrados, irregularmente, por uma empresa privada, não recebem mais corpos, que só podem ser sepultados em Xerém ou Taquara, distantes muitos quilômetros do Centro. A versão da Funerária é a de que não há mais espaço nos dois cemitérios do 1º Distrito, onde, agora só são sepultados os corpos de famílias que tenham jazigos perpétuos. Com isso, as pessoas de baixa renda, que deveriam ser beneficiadas pela funerária municipal, acabam sendo prejudicadas. Já os ricos, que ajudaram a financiar as campanhas eleitorais, têm um “Plano B”: os cemitérios do Rio de Janeiro, principalmente os do grupo “Jardim da Saudade”, no melhor estilo norte-americano, sem sepulturas visíveis. Por isso, soa como falsa a informação, divulgada por um jornal carioca, de que, finalmente, o prefeito vai assumir os cemitérios, embora a concessão tenha expirado em 1997! (Foto: PMDC/Divulgaça)

• Terça-feira da semana passada, houve um intenso entra-e-sai numa mansão da Rua Tarce Freitas Lima, antiga Piauí, na divisa dos bairros 25 de Agosto e Paulicéia, em Duque de Caxias. Havia carros de todo o estado, mas a maioria tinha placas de Campos. Era mais uma reunião de trabalho da direção do PMDB/RJ, sob a batuta do ex-governador Anthony Garotinho. Pelo visto, Garotinho está afiando as garras para conquistar as prefeituras, mesmo que tenha que apoiar candidatos de outros partidos (leia-se: Zito). O fundamental para o ex-governador é mostrar a Sérgio Cabral quem realmente manda no Estado. Já o Povo... Bem, o povo, como dizia a saudosa “ministra Nádia Maria”, é um mero detalhe.
• Por intermédio do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, representantes do governo e empresários do Haiti visitaram o INMETRO para conhecer o programa brasileiro de certificação de etanol e biocombustíveis e as atividades dos laboratórios de Metrologia Química nessa área. A delegação do Haiti teve o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que atua no desenvolvimento da infra-estrutura e do uso de biocombustíveis (e outras fontes de energia limpa), em beneficio dos países latino-americanos
• No caso especifico Haiti, o BID respalda o interesse do Brasil em promover investimentos em áreas impulsionadoras de desenvolvimento econômico, de forma a criar condições favoráveis para a estabilidade política daquele país. Também é levado em conta o interesse do governo brasileiro e do empresariado haitiano no estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada brasileira, com foco na produção de etanol e outros biocombustíveis no Haiti, destinados, sobretudo, ao mercado norte-americano.
• O pesquisador e escrito Nelson Bohrer, radicado em Nova Friburgo, acaba de concluir o romance histórico “Conde de Avillez – O Cavaleiro e o Rei”, que será lançado simultaneamente no Brasil e em Portugal, dentro da programação do bicentenário da vinda da Família Real portuguesa e a transformação do Rio de Janeiro em capital do Reino de Portugal e Algarves. Trata-se de um romance ambientado no Rio de Janeiro, cujo contexto se dá nos fatos que antecederam a Independência do Brasil
• Agora Nelson Bohrer está finalizando o próximo livro, uma cronologia de contos, que tem início em 1567 a vai até 1822, também, ambientado na cidade do Rio de Janeiro e arredores, cujo contexto refere-se aos fatos históricos que marcaram o desenvolvimento da cidade durante este período. Num dos contos, “Santa Misericórdia!”, situado em 1792, a narrativa nos leva ao Vale do Piabanha, no povoado de Santo Antônio do Piabanha (atual Juiz de Fora), no caminho que levava para as Minas Gerais. O ponto de partida é o antigo Porto Estrela, localizado às margens do Rio Estrela, atual Inhomirim, o primeiro rio do Brasil a ser percorrido por navios a vapor.
• Chico Anísio voltará a Duque de Caxias, nesta sexta-feira. A apresentação do espetáculo “De Pai p’ra filho”, que estreou no “Raul Cortez” há poucas semanas, será no Clube Recreativo Caxiense, nos altos da Rua Manoel Vieira. É uma tentativa do novo presidente do “Jóia da Colina”, o multimídia Paulo Apocalipse, de recuperar o prestígio do tricolor caxiense, que andava meio por baixo e longe da mídia. Chico Anísio é mais um cearense que se derrama em gestos de paixão por esta cidade, onde boa parte de sua grande família viveu nos anos 50/60, num sítio em Jardim Primavera, usado como parte da locação do filme "Terra em Transe", de Glauber Rocha.

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