quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

O DRAMA DE UM PAI EM MEIO À
CRISE NA SEGURANÇA PÚBLICA

O comportamento autoritário do governador Sérgio Cabral contrasta não só com a postura serena, mas firme dele enquanto presidente da ALERJL e como senador, mas também constrange uma figura de fundamental importância na campanha eleitoral de 2006. Deve ser muito difícil ao jornalista Sergio Cabral, o pai, um batalhador durante a Ditadura pelos direitos humanos e pela liberdade – quando esses princípios ainda não rendiam exposição na mídia e convites para entrevistas e palestras muito bem remuneradas, inclusive no exterior – ver seu filho se enrolar na bandeira do totalitarismo, embriagado pelo Poder. Hoje, como governador, Sérgio Cabral Filho reedita, a nível estadual, a Ditadura vivida pelo País entre 64 e 85, mandando prender os líderes da campanha salarial de PMs e Bombeiros, esquecendo-se, por mero oportunismo, dos compromissos públicos e espontâneos assumidos em 2006, como candidato, perante os policiais em mais de uma “reunião de campanha”, a que comparecia ao lado da governadora Rosinha Matheus e do ex-Secretário de Segurança, Anthony Garotinho.
Como candidato da situação e ex-presidente da ALERJ, que tudo aprovava e sem discussão, Sério Cabral FILHHO tinha pleno conhecimento das condições precárias do Tesouro do Estado. Não é justo que, agora no Poder, o candidato invoque “razões de Estado” para aplicar a mordaça na PM e mandar prender ou colocar na “geladeira” os integrantes da PM que, publicamente, apresentaram as reivindicações da tropa. Ao invés de assumir o comando das negociações, o governador se escondeu por trás do Secretário de Fazenda, Sério Rui Barbosa, um frio e protocolar “técnico em finanças”, que pretende fazer carreira como administrador público cassando direitos de servidores, como tentou fazer em Duque de Caxias, onde era Secretário de Fazenda por imposição de Sérgio Cabral, patrocinador da candidatura do então deputado Washington Reis. Como qualquer pai e avô, tenho certeza de que o combativo cronista Sérgio Cabral vive hoje o drama de muitos pais que vêem, pela TV, seus filhos violarem os conceitos de família, ética e respeito às leis que ensinaram. Sérgio Cabral, o pai, não merece o filho que têm. Ao contrário de um ex-governador de Minas, diante da greve dos servidores provocada pelo atraso do pagamento, que preferiu mandar o trem-pagador para resolver o problema, Sérgio Cabral manda a Polícia prender policiais e silenciar os líderes da campanha salarial da tropa. Em outras palavras, o “bombeiro” Sérgio Cabral usa gasolina para apagar o incêndio que ameaça a Segurança da população fluminense.


CARROS OFICIAIS DE CAXIAS
FIZERAM FARRA NO CANAVAL

Uma Kombi da Secretaria de Educação de Duque de Caxias, placa LOK-8267, adquirida com verba do FUNDEB e destinada, por lei, para o transporte escolar, foi flagrada na manhã desta terça-feira gorda de Carnaval no Centro do Rio (Cinelândia e Av. Rio Branco), embora a Prefeitura tenha declarado ponto facultativo na segunda, enquanto na terça-feira de Carnaval é feriado nacional.
Como não há desfile de escolas, mesmo de samba, na terça-feira, certamente o veículo prestava serviços que não são da Prefeitura, como, por exemplo, transportar mercadorias para camelôs, queimando combustível pago
pelo contribuinte.
O que o carnavalesco prefeito tem a dizer sobre esse “desvio de conduta” do motorista do veículo oficial?
Antes que alguém reclame, um aviso importante: motorista do serviço público, dirigindo carro chapa branca, apenas cumpre ordens. No presente caso, para circular fora do expediente, seria preciso um autorização da Secretaria de Serviços Públicos, a quem cabe autorizar o reabastecimento dos veículos. E agora, prefeito?


A crise na PM do Rio está didaticamente resumida no vídeo disponível no seguinte endereço:
http://militarlegal.blogspot.com/2008/02/um-vdeo-histrico-sobre-os-militares.html
• O tenente Melquisedec Nascimento, presidente da AMAE – entidade de classe dos policiais que lidera a campanha pela equiparação com a PM do Distrito Federal – deve se apresentar nesta quinta-feira perante a Corregedoria da PM para explicar o noticiário do blog "Militar Legal".
• O mais novo colunista de “O Municipal”, o mais antigo jornal em circulação em Duque de Caxias, deverá ficar preso por 30 dias, por exigência do governador, irritado com a foto-montagem em que o governador aparece com nariz de Pinóquio.
• Em 2005, o Melquisedec foi preso por ter ido a Brasília pedir uma CPI para investigar porque morriam tantos PMs no Rio de Janeiro, em relação a outros estados igualmente violentos.
• Além dos problemas em campo, com apenas uma vitória sobre o América, o Duque de Caxias está ameaçado de ficar sem Viola para os próximos jogos. Ao saber que estava sendo procurado por oficiais de Justiça, Viola desapareceu da concentração do Duque de Caxias, faltando ao treino de sexta-feira e também não viajou com o time que enfrentou e perdeu para o Macaé, por 2 x 0, no sábado, pelo Campeonato Carioca.
• Por ser alvo de um mandado de prisão preventiva por agressão a um torcedor vascaíno e que mora em Duque de Caxias, o jogador Viola só pretende aparecer em público depois desta quinta-feira, quando seu advogado entrará com um pedido de revogação do mandado de prisão.
• Passada a ressaca do Carnaval, é hora de começar a trabalhar. Para alguns Secretários do prefeito Washington Reis, é hora de arrumar as gavetas, preparar relatórios e o pedido de demissão.
• Apesar do prazo fatal para a desincompatibilização ser 4 de abril, o prefeito tem pressa em organizar a equipe que o ajudará na campanha pela reeleição.
• Por enquanto e pelos mais diversos motivos, devem deixar os seus cargos os Secretários de Cultura (Dalva Lazzaroni), Serviços Públicos (Antonio de Freitas Lima), de Administração (Orlando Silva), de Transporte Público (o ex-vereador Abdul Haikal) e de Ciência e Tecnologia (Dr. Deo).
• A lista poderá crescer nos próximos dias, pois a ambição por um mandato de vereador (e as mordomias e vantagens que ele permite) é muito grande na equipe que apóia o prefeito, principalmente por parte dos que estão chegando agora ao Poder em virtude da “anexação” de legendas, que WR vem fazendo a torto e a direito, inclusive a conturbada entrada do PDT no secretariado, que provocou um novo racha no partido fundado por Leonel Brizola.
• Por este motivo, o Ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, estará em Duque de Caxias nesta quinta-feira, embora, oficialmente, ele venha a trabalho (com direito a usar o cartão corporativo e as mordomias aderentes ao cargo). A visita do presidente nacional do PDT visa encontrar uma saída para a crise no partido desde que surgiu a possibilidade de participação no Governo do Município.
• Afinal, são 90 cargos na Secretaria Municipal de Trabalho e Emprego postos à disposição do PDT, mas o diretório de Duque de Caxias só terá direito a 15 vagas. As demais vagas ficarão à disposição do diretório regional, inclusive os disputados cargos de Secretário (SS) e Sub (CC/1), os mais rentáveis em termos de remuneração (em torno de R$ 10 mil por mês sem precisar bater cartão ou assinar ponto), que serão ocupados por “estrangeiros”, inclusive por ex-prefeitos da Baixada.

2 comentários:

Anônimo disse...

é incrível isso! Eu tambpem vi essa kombi nos mesmos locais e até outros carros com o slogan da prefeitura circulando pelo carnaval carioca. é assim que o governo gasta nosso dinheiro? parabéns pela denúncia

Anônimo disse...

Ola pessoal... admiro muito o trabalho informativo que realizam.

Se alguém puder me responder, gostaria de saber quanto recebe em Duque de Caxias o trabalhador (se é que podemos chamá-lo assim?) de Cargo Comissionado Nível 1, ou simplemente CC1?

Desde já agradeço!