SERGIO CABRAL QUER MANDAR OS
CORONÉIS PARA CASA MAIS CEDO O governador Sérgio Cabral vai enviar à Assembléia Legislativa mensagem propondo que o tempo necessário para a aposentadoria dos coronéis seja reduzido de seis para quatro anos. Com isso, o governo pretende se livras, sem processos administrativos ou criminais na Justiça Militar, das principais lideranças da Polícia Militar e do Corpo de bombeiros, que lideram a campanha salarial para equiparação de salários entre as Polícias Civil e a a PM e o Corpo de Bombeiros. Segundo justificativa do governador, a medida visa à oxigenação da Polícia Militar. Essa é uma tentativa canhestra do governador para tentar debelar a crise da Segurança Pública, onde meia centena de oficiais colocou seus cargos à disposição do governador depois da substituição do Comandante Geral da PM. "Nós entendemos que seis anos é um tempo desnecessário. O Rio de Janeiro tem um número de coronéis maior do que o de São Paulo. Isso é algo absolutamente incompreensível", disse o governador.
A confissão do chefe do Poder Executivo ocorre diante de fatos gravíssimos na área da Segurança Publica, onde a disputa por espaço político entre as Polícias Civil e Militar coloca em risco a segurança do cidadão fluminense, que hoje vive emparedado dentro da própria casa, enquanto marginais conhecidos desfilam nos camarotes do sambódromo ou comandam ações criminosas, mesmo que presos em penitenciárias ditas de “segurança máxima”. O governador não pode transformar a crise na Segurança Pública, gerada pela disparidade de vencimentos entre os policiais fluminenses e os de outros estados, como Brasília, numa crise política em que só os bandidos, fardados ou não, serão beneficiados. Não será com atos truculentos e violentos contra oficiais e praças que Sérgio Cabral vai conseguir debelar a crise, que já vem dos governos do Casal Garotinho, principalmente pelo congelamento das pensões e aposentadorias de PMs e Bombeiros. E dizer que o Estado não tem dinheiro para pagar salários decentes e compatíveis com o mercado de trabalho aos servidores públicos, sejam policiais, médicos, professores ou motoristas, é uma grande mentira. Basta ver os milhões que saem dos cofres públicos em decorrência da corrupção, como revelam as investigações em torno do esquema fraudulento de licitações na Prefeitura de Magé ou nas fraudes milionárias na Secretaria de Fazenda, comandada pela quadrilha que mandou mais de US $ 30 milhões de dólares para a Suíça.
PREFEITO ACUSADO
DE FRAUDES NO PAC
Além da CPI dos Cartões Corporativos, com a inevitável queda de braço entre tucanos e lulistas para ver quem mais desviou dinheiro do Tesouro Nacional, um outro assunto explodiu na mídia. Trata-se da tentativa de fraude com recurso do PAC, perpetrado pelo prefeito Silvio Barros, de Maringá, no Paraná, Numa foto-montagem, o prefeito transformou um barraco numa imensa favela, onde pretende “investir” recursos do PAC, numa cidade que não tem favelas. Segundo confessou na abertura do ano legislativo na Câmara de Vereadores, o prefeito Silvio Barros II (PP) falou que o projeto foi apresentado em outubro e, segundo ele, em "nenhum momento" ele escondeu do governo federal que Maringá não tinha favela. Silvio II afirmou que os moradores não sendo obrigados nem pressionados a deixar o Conjunto Santa Felicidade, um conjunto popular construído pelo extingo BNH na década de 80. O vídeo mostrando a tentativa de fraude no projeto do PAC de Marigá pode ser acessado em http://angelorigon.blogspot.com/2008/02/o-caso-santa-felicidade.html
• Só na segunda-feira a Corregedoria da PM vai anunciar se o tenente Melquisedec Nascimento, presidente da AMAE, cometeu, ou não, alguma infração ao regulamento disciplinar da corporação ao publicar no seu blog, “Militar Legal”, uma charge do governador Sérgio Cabral com nariz de pinóquio.
• O oficial, que participa a campanha salarial em favor da equiparação entre a PM do Rio e a do Distrito Federal, aguardou por mais de 3 horas para ser ouvido nesta quinta-feira sobre a sua atuação na recente passeata de PMs e Bombeiros Militares pela Zona Sul, quando pretendiam entregar um manifesto na cada do Governador, no Leblon. Por recomendação de oficiais superiores, eles não chegaram ao prédio onde morador Sérgio Cabral.
• Enquanto um soldado no Rio, em início de carreira, ganha menos de R$ 900 reais, seus colegas de Brasília ganha acima de R$ 4 mil.
• Aliás, a perseguição do governador ao tenente foi parar no site blogger for freedom editado em Londres e que defende a liberdade de expressão na rede mundial de computadores. Pelo jeito, o jovem tenente ainda acaba conquistando o “Nobel da Paz”!
• Ao anunciar a “Grande Rio” como a maior escola de samba do mundo, na presença do prefeito Farid Davi e do deputado Simão Sessim, cuja família, além de controlar há décadas a vida política de Nilópolis, também controla a Beija Flor, bicampeão do Carnaval, o locutor que virou Secretário de Comunicação de Caxias pode ter selado o seu destino.
• Segundo a rádio corredor, o publicitário Antônio Carapiá deverá retornar ao cargo, por ele ocupado no Governo Zito. E ele não deverá ser o único ex-integrante do Governo passado a ter posto importante sob o comando de Washington Reis, ex-vice de Zito (1996);
• A propósito da possível saída da professora Dalva Lazzaroni, comentada pelo blog na edição desta quinta-feira, um internauta lembrou o pioneirismo da biógrafa de Chiquinha Gonzaga na montagem da programação do Teatro Municipal Raul Cortês.
• No caso da ópera, por exemplo, além do fato inusitado de um teatro da Baixada abrigar o chamado “bel canto”, a iniciativa ainda teve o dom de lembrar o drama vivido pelo cientista que, em 2004, enfrentou as epidemias de Febre Amarela e Varíola, situação que volta a se repetir no País.
• Quadro que seria recebido com tapete vermelho e banda de musica em qualquer partido sério, Dalva Lazzaroni vem sendo hostilizada dentro do PSB/Caxias, mesmo tendo ingressado no partido a pedido do prefeito, pois pertencia ao PV, onde seu filho, André Lazzaroni, o André do PV, é deputado estadual.
• O lançamento do projeto “Baixada Digital”, de banda larga sem fio, em Caxias, por exemplo, mostrou que, na prática, o partido refundado por Miguel Arraes funciona com a mesma filosofia dos partidos tradicionais, onde um político assume o comando de todas as instâncias partidárias e decide, tal e qual um “Juvenal Antena”, quem será candidato ou apenas cabo eleitoral.
• No caso em questão, o PSB usou o Teatro Raul Cortês para o lançamento do projeto, enquanto ao lado, na Biblioteca Leonel Brizola, os 10 computadores comprados no Governo Zito continuam desligados, “em manutenção”, privando as centenas de pessoas que freqüentam a biblioteca a possibilidade de acesso à rede mundial de computadores e ao precioso acervo da Biblioteca Nacional.
• Outro nome que deverá deixar o Governo nos próximos dias é o Dr. Deo, para quem Washington Reis criou, sob medida, uma Secretaria de Ciência e Tecnologia, a pedido do deputado Alexandre Cardoso, presidente do PSB/RJ.
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