GOVERNADOR AGORA MANDA
ARROMBAR CASAS NA BARRA
Depois de brigar pela indicação do Ministro da Saúde, o governador Sérgio Cabral não sabe como explicar o crescimento dos casos de Dengue no Estado, principalmente na Região Metropolitana, apesar dos milhões gastos na campanha de combate ao mosquito transmissor da doença. Na falta de uma idéia salvadora, Sérgio Cabral revolver abrir o seu “saco de maldades” e investiu contra a população, que seria a principal ou única responsável pelo crescimento da doença. E a classe media, que apostou em Sérgio Cabral em 2006, acabou sendo culpada por resistir, por questões de segurança, a abrir as portas de casa para os agentes de saúde. Realmente, onde até na Polícia encontramos bandidos, é difícil alguém, em seu perfeito juízo, abrir a porta de sua casa para um “agente de Saúde”, pois muitos bandidos se disfarçam de entregadores de pizzas, de flores e até de carteiros para invadirem prédios e roubarem. Agora, o governador resolveu determinar que os agentes de saúde atuem acompanhados de policiais, com autorização para arrombarem residências onde a sua entrada não for permitida. Depois da “Guerra do Tráfico”, com dezenas de mortes nos confrontos no Complexo do Alemão e na Rocinha, os próximos alvos da PM não serão mais os barracos nas favelas, mas as mansões da Barra, com suas piscinas olímpicas e suntuosos jardins. Enquanto isso, os mosquitos continuam se multiplicando em vazadouros de lixo ou depósitos de veículos do Detran, como o da foto, ao lado do viaduto do Centenário, ou na Praça do Pacificador, ao lado da Biblioteca Municipal Leonel Brizola. Semana passada, a PM retirou as carcaças de duas patrulhinhas que estavam empilhadas no local, fato denunciado pelo blog. Os outros carros, porém, continuam como berçários do “Aedes Aegypti”, que também transmite a febre amarela. (Fotos: Beto Dias)
• Um grupo de eleitores deverá ter um peso decisivo nas eleições municipais deste ano. Trata-se dos ex-empregados da WKR e da Locanty, empresas que forneciam mão de obra para a Prefeitura e faziam a coleta de lixo em Duque de Caxias.
• Num decreto assinado em dezembro de 2004, o então prefeito Zito rescindiu os contratos com ambas as empresas, que pertencem a um mesmo grupo. Com a rescisão do contrato, mais de 5.000 chefes de famílias perderam o emprego, que garantia, ao menos, um salário-mínimo.
• Ao assumir o cargo, o prefeito Washington Reis tranqüilizou os desempregados, garantindo que todos seriam recontratados. Uma boa parte foi convocada pelas empresas Delta e Service Clean, substitutas da Locanty e da WKR, respectivamente.
• Como sempre, as duas antigas prestadoras de serviço, que não recolhiam corretamente as contribuições previdenciárias e o FGTS por omissão da própria Prefeitura, condicionaram o pagamento das indenizações aos ex-empregados ao recebimento da dívida do município pelos serviços prestados até 31 de dezembro de 2004.
• Ocorre que 2008 é ano de eleição e o prefeito está arrebanhando apoios em todos os partidos. Para isso, ele conta com os empregos na Delta e na Service Clean, que não exigem concurso, nem qualificação para os contratos, bastando o Q.I. (Quem Indica). Para agradar aos novos amigos, WR está descartando quem estava trabalhando em 2007. Embora indenizados pelas duas empregadoras, os ex-empregados da Prefeitura nada receberam da Locanty ou da WKR.
• Esta semana, um ex-empregado da Prefeitura recebeu uma triste notícia da seu advogado. Alegando que a Prefeitura está sem dinheiro e este é um ano de eleições, a dívida com a Locanty e a WKR só será paga em 2009, pelo próximo prefeito.
• Agora, Zito e WR que tratem de correr atrás do prejuízo, pois a turma que levou trambique da WKR e da Locanty está disposta a ir para as ruas, denunciar o logro. Se houver um candidato disposto a encampar as reivindicações desses ex-funcionários, a chapa vai esquentar para o lado do ex-prefeito e do seu ex-vice.
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