BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

ELEIÇÕES NA BAIXADA SERÃO
DECIDIDAS 1º NOS TRIBUNAIS
Ao decidir impugnar a candidatura do ex-prefeito Zito, Washington Reis tomou um perigoso caminho sem volta. Afinal, ao invés de esperar pelo julgamento do eleitor, o atual prefeito, que foi vice de Zito em 96 e rompeu por conta de uma obra irregular em Xerém embargada por Zito, preferiu apelar para os tribunais sob a alegação de que o deputado tucano tem uma vida pregressa não recomendável a quem deseja gerir dinheiros públicos. À primeira vista, parece que o atual prefeito se guia por um viés ético ao cobrar do seu adversário a origem da sua atual fortuna. Como diz o dito popular, “o pau que bate em Chico, também bate em Francisco”. Em outras palavras, não se pode descartar que vem retaliação por aí e, com a tradicional lentidão da Justiça, poderemos ver de novo o drama do saudoso Messias Soares, que entrou no PDT pelas mãos de Leonel Brizola para ser candidato a prefeito de Duque de Caxias. Por picuinha das diversas correntes em que o partido sempre se dividiu, surgiu uma candidatura pirata, a filha de um assessor de Brizola, e o assunto acabou em Brasília. Messias garantiu a candidatura, mas não teve tempo para disputar os votos. Essa situação pode se repetir e, neste caso, com Zito e Washington Reis fora do páreo, a candidata do PSOL correrá sozinha na raia. Isso não garante a vitória, mas deixa a candidata como livre atiradora e, dependendo da competência dos dirigentes do partido da ex-senadora Heloísa Helena, poderemos ter uma grata surpresa: eleger uma mulher como prefeita da segunda cidade mais rica do Estado!
Diante de tantos escândalos, o eleitor desiste de votar, ou apela para o voto nulo, como neste cartaz afixado na parede de um movimentado bar no centro de Caxias.

ALUGA-SE UMA CIDADE (II) Apesar da propaganda irregular da Prefeitura, que foi recolhida pela Justiça Eleitoral, anunciar que o Município construiu um “Centro de Comércio Popular” para retirar os camelôs das ruas, quem circula pela ciade, o que não e o caso do prefeito, nem de seus principais auxiliares, encontra dezenas de camelôs vendendo de tudo, desde cachorro-quente, até ferramentas e DVDs piratas. No terminal rodoviário Plínio Casado, por exemplo, uma área que deveria prestar serviços aos passageiros, é ocupada, irregularmente, por camelôs. E não deve ser por seus belos olhos(?) ou simpatia (?)

• A situação política na Baixada está caminhando célere para o terreno da galhofa, depois de freqüentar por muito tempo o noticiário policial.
• Em Magé, o MP impugnou as candidaturas da prefeita Núbia Cozzolino (PMDB) e da ex-prefeita Narriman Zito (PRB). Ambas estão às voltas com prestações de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.
• Contra Núbia ainda pesa denúncia, feita pela Procuradoria Geral de Justiça perante o Tribunal de Justiça (ela tem foro privilegiado por conta do cargo) como suspeita de fraude em licitações na compra de uniformes para os alunos da rede municipal, crime em que também está envolvido o ex-prefeito Charles Cozzolino, irmão de Núbia.
• Em Nova Iguaçu, a Procuradoria Geral de Justiça também protocolou uma ação de improbidade contra o prefeito Lindberg Farias (PT), suspeito de fraudar licitação para contratação de uma empresa de publicidade. A suspeita do MP se baseia no fato da referida empresa haver feito a campanha eleitoral do prefeito, que ficou devendo R$ 250 mil reais. No contrato com a Prefeitura de Nova Iguaçu, no início de 2005, a empresa foi contratada, por R$ 600 mil, para fazer uma campanha de “promoção da Prefeitura”.
• Um segundo candidato, o deputado e ex-prefeito Nelson Bornier (PMDB) responde a 15 ações por improbidade administrativa, além de processo por conta de falhas nas prestações de contas ao TCE.
• No caso de Nova Iguaçu, o beneficiário dessa “guerra nos tribunais” entre os principais candidatos é o deputado e ex-prefeito Mário Marques, que assumiu o cargo com a renuncia de Bornier em 2004.
• Para variar, em Campos também estão na mira do Ministério Público o ex-prefeito Arnaldo Viana (PDT) e a ex-Governadora Rosinha Garotinho (PMDB), ambos respondendo a processos na Justiça sob suspeita de desvio de dinheiros públicos através de repasse para ONGs de fundo de quintal.
• A situação de muitos candidatos deve se complicar nos próximos dias, em decorrência da operação “Pecado Capital”, do Ministério Público Estadual, que apura desvio de recursos da Secretaria de Saúde do Estrado, através de convênios com ONGs. Uma delas, a Fundação PROCEFET. foi contratada sem licitação e teria recebido mais de R$ 200 milhões.
• Durante a operação do MP e da PF, foram presos os ex-secretários Gilson Cantarino e Marco Antônio Lucidi e a ex-subsecretária e ex-deputada Alcione Athayde, parente de Anthony Garotinho, além de outras 9 pessoas integrantes da quadrilha, segundo informações do MP.
• A bancada do PMDF fluminense já botou preço para manter o apoio ao Ministro da Saúde, José Gomes Temporão: entregar ao biólogo Oscar Berro (foto) o controle de todos os hospitais federais no Rio de Janeiro. Tem gente achando que a idéia da indicação do Secretário Municipal de Saúde saiu de algum gabinete de Jardim Primavera, onde Berro só tem feito inimigos.
• Se Temporão resolver “pagar” pelo cargo, iremos ter uma situação curiosa e perigosa: Sérgio Cortes, o mais novo inimigo de infância de Oscar Berro, passará de chefe a subordinado. Já há apostas no café do “La Guimarães” para ver quanto tempo o Secretário de Saúde do estado vai suportar a pressão de Berro.
• Outra cabeça a prêmio é a do Coronel Pita, Comandante Geral da PM. Ele deverá ser responsabilizado pelo caixeiro-viajante pelas trapalhadas de alguns PMs nos últimos dias, principalmente depois que o Palácio Guanabara “vazou” a informação de que Pita mandou suspender os cursos de treinamento dos PMs, a pretexto de que precisava botar mais soldados na rua.
• Ao invés de pedir de volta os PMs que estão disposição de Juizes, Desembargadores, da Alerj (inclusive no gabinete do deputado Álvaro Lins) e do Tribunal de Contas, o governo prefere jogar a culpa da ineficiência e das falhas operacionais da PM nas costa do Comandante.
• Do fato do 15º Batalhão só dispor de veículos velhos e de metade do efetivo necessário para policiar Duque de Caxis, por exemplo, ninguém fala. Nem o prefeito, nem a Câmara de Vereadores (que também têm PMs como assessores) tocam no assunto.