segunda-feira, 13 de outubro de 2008

BAIXADA URGENTE - DENÚNCIA

O PERIGO ANDA DE ELEVADORCom apenas dois elevadores, a direção do Hospital Moacyr do Carmo não tem como impedir que os elevadores transportem carrinhos com lixo hospitalar e com quentinhas para os doentes, fato observado por um dos médicos que acompanhava o deputado Zito na visita feita ao novo hospital pela Comissão de Saúde da Assembléia Legislativa. (Foto: Beto Dias)

NÚBIA AGORA PROTESTA
CONTRA A IMPUNIDADE

A prefeita reeleita de Magé, Núbia Cozzolino (foto), vai comandar uma manifestação na manhã desta terça-feira, em frente à Secretaria de Segurança Pública, no Rio. O protesto está marcado para às 10 horas. O motivo da manifestação, segundo assessores da prefeita, é cobrar do governador Sérgio Cabral mais empenho da Polícia Civil nas investigações sobre o assassinato do namorado da prefeita, Orney Pereira dos Santos, conhecido como Ney da Núbia, que era candidato a vereador em Magé. Ele foi assassinado a tiros em frente a casa onde mora o casal, na localidade de Fragoso, em plena luz do dia. O namorado da prefeita foi morto na tarde do dia 17 de julho, quando começava a campanha para vereador. Segundo o 34º BPM (Magé), Orney, conhecido pelo nome eleitoral de “Ney da Núbia”, estava na rua quando ocupantes de um carro passaram atirando. Atingido por oito tiros, ele chegou a ser encaminhado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos. Após o crime, os criminosos fugiram.
A prefeita de Magé tem uma vida política atribulada. Em plena campanha pela reeleição, Núbia Cozzolino, foi impugnada pelo Ministério Público Eleitoral, pois responde a mais de 20 processos na Justiça por improbidade administrativa, mas acabou conseguindo o registro por não haver sido julgada em nenhum dos processos movidos pela Procuradoria Gral de Justiça. No ano passado, a Assembléia Legislativa do Estado, por 48 votos a favor, 15 contra e cinco abstenções, cassou o mandato da deputada Jane Cozzolino, do PTC e irmã da prefeita. Ela ainda responde a processo por suspeita de envolvimento no esquema de fraudes do auxílio-educação, pago a servidores da Alerj. O golpe rendeu aos envolvidos mais de R$ 3,5 milhões.

ENCONTRO ENTRE ZITO E W. REIS
INICIA A TRANSIÇÃO EM CAXIAS

O primeiro passo para uma transição tranqüila entre o governo do prefeito Washington Reis e do seu sucessor, foi dado nesta segunda-feira, num encontro entre Zito e seu ex-vice-prefeito no Centro Empresarial ao lado do viaduto de “O Globo”, na Rodovia Washington Luis. Zito preferiu não anunciar o que foi conversado nesse primeiro passo, pois a transição começa, na verdade, no dia 1º de dezembro, para que o atual Governo possa continuar trabalhando livremente e prepare um balanço da situação econômico-financeira do Município, bem como das obras em andamento, em especial as que são tocadas com verbas do PAC. Por recomendação de Zito, a sua assessoria não divulgou os temas tratados, informando apenas que esse foi o primeiro de uma série de encontros entre os dois que serão realizados até o final de novembro. Apesar da tensão antes do encontro, ele se desenvolveu em clima ameno, principalmente pelo fato de Washington Reis ter sido vereador e deputado ao mesmo tempo que Zito, inclusive tendo sido seu vice na eleição de 96.

• A prisão de cerca de 100 pessoas, acusadas de fazerem boca de urna nas eleições do dia 5, não inibiu uma outra prática comum em tal situação: a compra de votos. Ao invés de gastar o dinheiro de campanha com santinhos, os candidatos a vereador preferiram entesourar o que conseguiram arrecadar com amigos e patrocinadores para o “Dia D”.
• Segundo freqüentadores do ‘La Guimarães”, um candidato a vereador levou um susto quando um eleitor pediu R$ 60 reais pelo seu voto. Na boca de urna, os candidatos pagavam entre R$ 30 e R$ 50 por 8 horas de serviço. O candidato preferiu a sombra de uma frondosa “jaqueira”.
• Com a volta de Zito, o “La Guimarães” está perdendo espaço para o velho “Mira Serra”. No domingo, apesar do fraco movimento na feira, no bar vizinho à Câmara a conversa rolava solta e muitos “castelos” eram erguidos. Um grupo, por exemplo, garantia que até Zito concorda com a recriação da Secretaria da Baixada, que Sérgio Cabral prometeu para Washington Reis.
• Além de ter o apoio tanto do atual, quanto do próximo prefeito, essa formula afastaria Washington Reis do “olho do furacão”, quando tomar posse a nova Câmara, onde apenas 8 vereadores conseguiram se reeleger.
• Um dos presentes levantou a hipótese do prefeito levar seu irmão, Júnior Reis, para a nova Secretaria, pois há um temor na família Reis do que possa acontecer, a partir de janeiro, pois muita gente se queixa de que foi abandonada por Washington Reis na reta final da campanha.
• Há um natural temor de que Júnior Reis seja transformado num típico “saco de pancadas” para aqueles que querem fazer um “acerto de contas” com o atual governo.
• O motivo da aceitação, por parte de Zito, para esse “Plano B” é o fato de que, se aceitar acompanhar o irmão no novo cargo, o vereador Júnior Reis se licenciaria da Câmara, abrindo espaço para o primeiro suplente da coligação, Nivan de Almeida, uma figura querida no Legislativo e por quem Zito tem um alto apreço.
• Aliás, se há um consenso no Legislativo sobre as perdas ocorrida nestas eleições, é sobre a derrota de Nivan de Almeida, tido por todos como um político de palavra, equilibrado e experiente, que seria de grande valia a Zito numa Câmara que terá 12 novatos, já que o 13º do grupo é o ex-vereador Moacir da Ambulância.
• No sábado, Zito repetiu o que fizera em 2004, quando realizou uma carreata por toda a cidade para agradecer aos eleitores que votaram em Laury Villar. Desta vez, Zito foi agradecer a quem confirmou a sua confiança no deputado tucano.
• A novidade da carreata foi a participação de dois vereadores, Gaete e Marquinhos do Oi, eleitos pelo DEM, o que eleva a bancada de apoio ao novo prefeito para 10, já que a coligação vitoriosa na eleição majoritária só conseguiu eleger 8. Embora o DEM tenha firmado acordo de apoio ao presidente regional do PSDB, Gaete e Marquinho do Oi fizeram campanha isolada, sem indicar o candidato a prefeito.
• Agora, para conseguir a maioria na Câmara, Zito só precisa de mais um aliado, que poderia ser Nivan de Almeida, do PDT. Por isso a aprovação de Zito à ida de Washington Reis para a Secretaria da Baixada, de preferência levando Júnior Reis como chefe de Gabinete.
• Enquanto os dirigentes do PDT de Caxias brigavam por cargos na Prefeitura, os candidatos a vereador do partido fundado por Brizola ficavam entregues à própria sorte. Agora, no Rio, o PDT se alia a Sérgio Cabral no apoio a Eduardo Paes reivindicando apenas que o candidato do PMDB não utilize a guarda municipal para perseguir os camelôs.
• Por falar em Brizola: ele foi anistiado ontem. Só falta o governador Sérgio Cabral e o prefeito Washington Reis marcarem a data para inaugurar uma placa, no início da antiga Rio-Petrópolis, dando o nome do ex-governador à Av. Presidente Kennedy, como o prefeito insiste em chamar a velha estrada, responsável pelo progresso de Duque de Caxias a partir de 1928, quando ela foi inaugurada pelo Presidente Washington Luiz.
• Teimosia igual só a do bispo Edir Macedo, que insiste em chamar de Av. Suburbana (nome antigo) a atual Av. D. Helder Câmara, apenas porque o homenageado era um sacerdote católico.
• Se conseguir se eleger, Eduardo Paes tomará posse perante a Câmara de Vereadores prometendo cumprir fielmente a Constituição e a Lei Orgânica do Município. Se resolver cumprir o trato com o PDT, estará violando a lei e praticando um crime chamado de prevaricação, que é o ato de omissão de um servidor em executar um ato de sua responsabilidade. Pelo visto, para Eduardo Paes vale tudo para conseguir ganhar uma eleição! Até mentir!
• Ontem, no Mira Serra, a novidade era a informação de que o jovem Hugo Neto, presidente do DEM/Caxias, seria o novo presidente do IPMDC, a partir de janeiro. Membro da juventude dos Democratas, Hugo Neto tem um perfil adequado para tirar o IPMDC da atual situação, em que a autarquia se limita a pagar a folha de aposentados e pensionistas, já que recebe apenas uma “mesada” de R$ 500 mil para prestar algum tipo de assistência médica aos servidores e seus dependentes.
• Como Zito prometeu instituir uma parceria com uma empresa para garantir um plano de saúde para os servidores, Hugo Neto poderia ser o responsável por essa inovação. No Rio, a Prefeitura banca 93% do custo dos planos de saúde, cabendo aos servidores apenas 3%. Para 99% dos servidores, essa fórmula é melhor do que esperar na fila do SUS, como hoje ocorre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como caxiense e blogueira iniciante,que se assustou com ameaças politiqueiras na última campanha, gostaria de lhe dizer por este que sou sua fã e leitora. Seu blog é meu " Jornal do dia". Adoro seu estilo e coerência. Por ele acompanho os assuntos que mais me interessam em Caxias.
Parabéns e obrigada.

Mirian.